A AMD revelou os detalhes dos novos processadores Ryzen, que usam a aguardada arquitetura Zen, na última terça (13). O primeiro chip da nova geração da marca foi revelado com uma série de especificações técnicas que prometem colocar uma CPU da AMD em pé de igualdade, em termos de desempenho, com a Intel depois de mais de uma década. Os destaques são a contagem de núcleos, o aumento de 40% de instruções por ciclo (clock) do processador e comparações positivas com alternativas da Intel.

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AMD batiza novo processador de Ryzen e promete competição acirrada com a Intel (Foto: Divulgação/AMD)

O Ryzen deve desembarcar no mercado já nos primeiros três meses de 2017. O chip apresentado pela AMD usa os núcleos Summit Ridge (são oito deles), possui velocidade de 3,4 GHz, pode rodar com 16 núcleos simulados via hyper threading, tem 20 MB de cache, além de uma série de novas tecnologias criadas pela AMD para fazer com que seus processadores sejam mais eficientes.

Comparando com a Intel

No momento, existem algumas tabelas com resultados de benchmarks circulando na Internet, que apresentam o novo Ryzen em comparações muito positivas com alguns dos principais processadores da Intel na atualidade. Em relação aos registros divulgados pela AMD, o Ryzen se equipara em performance ao Core i7 6900K, uma das principais CPUs da linha de sexta geração da concorrente.

É claro que o desempenho é só metade da equação. Para que a AMD seja interessante ao consumidor, é preciso que seus produtos mantenham a tradição dos preços mais em conta, algo que não foi mencionado durante a apresentação e deixa questões em aberto sobre o custo-benefício do AMD Ryzen.

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Baixo consumo e calor

Ao longo dos últimos anos, os processadores da AMD ganharam má fama em uma série de departamentos, em especial no que tange o consumo e aquecimento. A AMD parece ter se conscientizado do problema porque o Ryzen de oito núcleos demonstrado roda com 100 watts, número bem menor do que os 140 watts atingidos pelas CPUs octa-core Broadwell-E da Intel.

O que é o SenseMI?

SenseMI conta com uma série de ferramentas que racionalizam o consumo e funcionamento do novo processador da AMD (Foto: Divulgação/AMD)

Uma das novidades divulgadas pela AMD em seu novo processador é o SenseMI, um conjunto de tecnologias que racionaliza o consumo de energia e eleva a performance do processador. Esse conjunto contempla: Pure Power, que envolve componentes especializados para diminuir desperdício na entrega de energia ao processador; Precision Boost, usa a informação do regime de alimentação oferecida pelo Pure Power para ajustar o turbo do processador sem gargalos. Mas não acaba aí.

Há o Extended Frequency Range (XFR), função de aceleração que eleva a velocidade acima do limite teórico do chip, caso o usuário tenha um sistema de refrigeração bem robusto. Na prática, isso significa que o overclock será automatizado e acessível mesmo para iniciantes.

Por fim, o SenseMI conta com o Neural Net Prediction e Smart Prefetch, funções que servem para mover dados em processamento pela CPU de forma mais eficiente, contribuindo para os tais 40% de aumento no número de instruções p

... or ciclo do processador.

O que falta saber sobre o Ryzen?

Ryzen deve chegar ao mercado nos primeiros três meses de 2017 (Foto: Divulgação/AMD)

A AMD mostrou um processador, não toda a linha. É preciso, ainda, conhecer preços dessa unidade e das outras versões dos novos processadores para entender onde eles se encaixam no mercado atual e, crucialmente, em que medida essa nova série de CPUs da AMD se compara, positiva ou negativamente, com as alternativas da Intel.

Outra omissão da apresentação foi uma data cravada para o lançamento dos processadores. Ao se referir ao primeiro trimestre de 2017, a AMD deixa a data em aberto por 90 dias, período em que as placas-mãe AM4 precisam ser lançadas pelos fabricantes e em que a Intel deverá por no mercado os processadores Kaby Lake para desktops.

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Via PCWorld, Ars Technica


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