A notícia é boa para os produtores de vídeos que publicam conteúdos no Facebook, mas nem tanto para os usuários. A rede social estuda uma forma de permitir que os donos de vídeos possam receber dinheiro pelo seu material — como acontece no YouTube — por meio da veiculação de publicidade. O problema está no formato escolhido, pode incluir anúncios bem no meio do vídeo.
A receita gerada pela exibição de publicidade seria dividida entre a plataforma e o criador, de forma semelhante a que já é usada pelo site de vídeos do Google. O recurso ainda está em fase de testes, sem data programada para estar disponível para o público geral e já vem gerando polêmica na rede social.
Rede social de começar a exibir publicidade em vídeos de, no mínimo, 90 segundos. (Foto: Melissa Cosseti/TechTudo).
Anúncios no meio dos vídeos
Os novos anúncios só estariam disponíveis em vídeos com pelo menos 90 segundos de duração (ou seja, um minuto e mio), sendo exibidos apenas para usuários que o assistam por, no mínimo, 20 segundos. Esta decisão é uma forma de incentivar os criadores a produzir vídeos mais longos e só recompensar quem efetivamente conseguir atrair seu público.
A receita adquirida com publicidade seria repartida com os produtores, que ficariam com 55% do arrecadado – um número semelhante ao usado pelo YouTube. A possibilidade de ganhar dinheiro ao publicar vídeos é um grande atrativo de sites rivais do Facebook e um dos fatores que faz com que muitas grandes produtoras tenham evitado a plataforma para compartilhar conteúdo.
As condições de monetização também indicam que o Facebook dá mais importância ao tempo em que as pessoas passam assistindo vídeo e não ao número total de conteúdos assistidos.
... rve como uma resposta à controvérsia envolvendo as métricas da rede social, que considerava um vídeo como assistido se ele for visto por mais de três segundos — os números, até o ano passado, estavam inflados por autoplay.
O problema deste índice é que pode ser inflado artificialmente, uma vez que o aplicativo do Facebook reproduz conteúdo automaticamente. Este é um dos motivos que levou Mark Zuckerberg, CEO da plataforma, a proibir a exibição de propagandas no início de cada vídeo.