A arquiteta e criadora do Orelhão Chu Ming Silveira é tema, nesta terça-feira, 4 de abril, dia em que completaria 76 anos, de uma homenagem do Google em forma de Doodle. Apesar dos primeiros nomes orientais, a mulher por trás do Orelhão mudou-se para o Brasil quando ainda era criança e foi responsável, em 1971, pelo projeto de cabines ovais para telefones públicos, ideia que colaborou para a durabilidade dos aparelhos, além de melhorar a acústica durante as ligações. Formada pela Universidade Mackenzie, dedicou a carreira também à programação visual e morreu em São Paulo, em 1997, aos 56 anos.

Chu Ming Silveira criou o projeto do Orelhão em 1971 e marcou o mobiliário urbano do Brasil (Foto: Reprodução/Google)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Chu nasceu em Shangai, na China, em 1941. Seu pai Chu Chen serviu às forças armadas nacionalistas durante a guerra e, após a vitória dos comunistas, foi obrigado a se mudar com a família. Com 10 anos de idade, Chu chegou ao Brasil acompanhada dos pais e dos três irmãos. Na cidade de São Paulo ela estudou Arquitetura, casou-se e teve dois filhos.

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A necessidade de uma ideia como a do Orelhão chegou até Chu quando ela chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira, em 1971. Até então os telefones públicos eram instalados sem nenhuma proteção dentro de bares, farmácias e postos de serviços, o que gerava desconforto dos usuários ao fazer ligações particulares.

Chu se inspirou na forma de um ovo por conta da acústica e design (Foto: Reprodução/orelhao.arq.br)

Com o desafio de criar um protetor que oferecesse design agradável, baixo custo e durabilidade, Chu se inspirou em um ovo para criar o Orelhão, pois, segundo relatos da época, a forma oferece acústica adequada com um desenho agradável. Primeiramente instalados em São Paulo e no Rio de Janeiro, o projeto conquistou o público e passou a fazer parte do mobiliário urbano brasileiro com o Orelhinha, de acrílico feito para locais fechados, e o Orelhão para áreas externas resistente à diferentes temperaturas e condições.

O Orelhão hoje

Apesar de ser cada vez mais difícil encontrar alguém usando um Orelhão no Brasil por cont

... a do crescimento no número de celulares, ainda há cerca de 50 mil protetores telefônicos instalados no país. Com a popularidade do projeto, a ideia ganhou ao longo dos anos adaptações no Peru, Colômbia, Angola, Moçambique e na China, país onde a arquiteta nasceu.

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Via Google e Orelhão Arquivo 


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