Regulamentados e com regras a cumprir, os aplicativos que oferecem transporte em carros particulares estão autorizados a operar na cidade de São Paulo. O que começou com o Uber já há algum tempo, se expandiu para outros apps, inclusive aqueles que começaram trabalhando apenas com táxis tradicionais. A gente experimentou cinco deles esta semana e fez um panorama do serviço na capital paulista.
Todos oferecem categorias diferentes de carros e preços. Em época que ninguém está a fim de gastar muito, a gente escolheu a mais econômica de cada serviço. Já que ele chegou primeiro na cidade, começamos com o Uber. No aplicativo, pouca coisa mudou desde seu lançamento. Uma das últimas mudanças no Uber foi que eles passaram a aceitar também dinheiro para pagamento das corridas. Na versão para Android, ainda não existe a opção de agendar a corrida – por enquanto a função só está disponível para iPhones. O uso é bastante fácil e intuitivo – cá entre nós – porque a gente também já estava bem acostumado com o serviço.
Chamamos um UberX; o que sempre surpreende é a alta disponibilidade de carros. O motorista, um senhor bastante simpático, chegou em menos de três minutos desde que aceitou nossa corrida. Aquela história de água e balinha ficou no passado. O carro, um Toyota Corolla, estava limpo por dentro e por fora, ar condicionado ligado e o som em volume baixo – nada que chamasse nossa atenção ou incomodasse. A viagem curta, de cerca de dois quilômetros e meio de distância, saiu por 9 reais e 45 centavos.
Outro que chegou à cidade já faz quase um ano é o espanhol Cabify. No app, ainda antes de chamar o carro, o mais legal – além da possibilidade de reservar um horário – são as opções para escolher, por exemplo, se você deseja que o motorista abra a porta do carro, se prefere o ar condicionado ligado ou desligado e até dizer qual sua estação de rádio favorita. Detalhes fazem diferença. Pegamos a versão Lite – a mais barata. O Cabify não aceita pagamento em dinheiro. Só cartão de crédito ou via PayPal. Na hora do chamado, a disponibilidade não era tão alta como do Uber. Mas em cerca de 10 minutos nosso motorista já apontava na esquina.
O carro, um Chevrolet Spin, também estava bastante limpo e até cheiroso. O motorista, vestido mais formalmente; de camisa social e tudo. O ar condicionado estava ligado e, como não havíamos elegido nenhuma estação de rádio, o som ficou desligado. A diferença, além da cordialidade do motorista, foi ele ter oferecido logo de cara, uma garrafa d’água e balas caso nosso repórter quisesse adoçar um pouco o dia. Bacana...isso ainda existe: água e balinha. Fizemos exatamente o mesmo trajeto e o preço da corrida foi pouca coisa mais barato: 8 reais e 66 centavos.
De volta ao nosso QG, mais uma corrida – agora com o 99. O aplicativo é bastante simples, mas depois de definir o trajeto, existe opções para pedir uma motorista mulher, um carro com porta-malas grande e até um que permita levar animais. O 99 é o serviço que aceita mais formas de pagamentos; seja pelo aplicativo ou direto para o motorista: cartão de crédito, débito, dinheiro, Paypal, etc... Por oferecer diversas opções de categorias – inclusive táxis comuns – a disponibilidade de carros é similar à do Uber. Escolhemos a versão 99POP e, desde o clique para confirmar a corrida, foram menos de cinco minutos para outro Chevrolet Spin aparecer.
O motorista era um rapaz mais calado – sem muita conversa; normal. O carro também estava, além de limpo, bastante cheiroso. Nada de água ou bala desta vez. Mas o que chamou bastante nossa atenção foi a preocupação do motorista em puxar o banco do passageiro todo para frente para deixar mais espaço para quem anda no banco traseiro. No som, bem baixinho e discreto, uma música ambiente; ar condicionado ligado e em temperatura agradável. C
Por acaso, não podemos generalizar, nossa experiência menos legal foi com o aplicativo Easy. O serviço também aceita dinheiro além do cartão de crédito, mas não existe outras opções além desta no app. Por operar com carros particulares e taxis comuns, a disponibilidade também é alta. Escolhemos a categoria mais econômica do serviço; o EasyGo. Não demorou muito também para o motorista chegar em seu Chevrolet Prisma preto – cinco minutos desde a chamada. O motorista não ofereceu, mas como havia balinhas à mostra e um copo d’água à vista, nosso repórter resolveu pedir.
A parte chata foi que o carro já chegou com os vidros abertos, ar condicionado, claro, desligado e o som alto o bastante para incomodar e até dificultar qualquer tentativa de conversa com o motorista. Sorte que a nossa corrida era curta. O valor final, bem parecido com as duas primeiras: 8 reais e 33 centavos.
A gente também tentou por mais de meia hora experimentar o aplicativo indiano WillGo. Ainda que a gente esteja em uma região bem movimentada da cidade, não conseguimos um carro que pudesse nos atender. E olha que a gente esperou, hein?!
Cada aplicativo adota tarifas e calcula o valor da viagem de maneira diferente. O Cabify, por exemplo, cobra somente pela distância da corrida, sem levar o tempo gasto em consideração – o que, certamente, se torna uma vantagem em viagens com mais trânsito, já que os serviços de carros particulares não podem usar as faixas exclusivas de ônibus como os táxis. O Uber é o único que adota o sistema de tarifa dinâmica, que aumenta os preços quando a demanda é muito alta para garantir a disponibilidade de motoristas na região.
O Uber já foi muito melhor. Com exceção da experiência que tivemos com o Easy, todas foram bem parecidas – um detalhe ou outro fez pequena diferença. Mas é notório que o Uber perdeu um pouco o controle quando começou a cadastrar motoristas à revelia no serviço – nós, que usamos o app, já tivemos experiências muito ruins com o UberX. Mas no final desse passeio, o mais interessante é que a concorrência só traz benefícios; para passageiros e motoristas. Agora você tem opção. E se ficar na dúvida, existe até um aplicativo que compara, em tempo real, os preços de todos os serviços disponíveis no local que você estiver. Esta dica do nosso time online, a gente deixou no link logo abaixo do vídeo desta matéria...dá uma olhada.
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