Hackers da Europa Oriental est?o roubando milh?es de mais de 100 bancos, em mais de 30 pa?ses. O roubo ? o resultado de uma s?rie de ataques que se aproveitam de informa??es obtidas atrav?s de computadores contaminados com malware de dentro de org?os governamentais e das pr?prias institui??es financeiras. Segundo especialista, tudo isso ocorre sem mexer no dinheiro dos clientes.?

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Kaspersky Lab alerta pra hackers tamb?m agiram no Brasil, em menor intensidade (Foto: Divulga??o/Kaspersky)

A informa??o vem dos pesquisadores do Kaspersky Lab, que apresentaram nesta semana, no evento Kaspersky Security Analyst Summit, detalhes sobre a gangue criminosa chamada Carbanak e uma lista de indicadores de comprometimento. Segundo eles, o grupo tamb?m tem como alvo organiza??es financeiras nos Estados Unidos, Alemanha e China, com uma poss?vel expans?o para a ?sia.

Carbanak

Diferente do que ocorre na maioria dos ataques contra bancos, onde a fraude consiste em encontrar meios de roubar valores das contas de clientes, a Carbanak ataca bancos diretamente. Coletam dados a partir de sua pr?pria investiga??o e de ag?ncias de aplica??o da lei, incluindo a Interpol e Europol.??

A Kaspersky estima as perdas em torno de U$$ 2,5 milh?es para U$$ 10 milh?es por banco. Os ataques est?o em curso, datam de dois anos e 100 bancos est?o na mira da quadrilha Carbanak, bem como sistemas de pagamento eletr?nico e outras organiza??es em cerca de 30 pa?ses.?

Os hackers estiveram escondidos nas redes banc?rias por meses, depois de ganharem acesso a algum ponto de apoio da rede, geralmente atrav?s de um e-mail Spear Phishing, com um anexo malicioso de extens?o .CPL (painel de controle do Windows) e, em alguns casos, documentos do Word.

O? Spear Phishing ? um e-mail que parece ter sido enviado por um indiv?duo ou empresa que voc? conhece, o que facilita a obten??o de informa??es ou at? mesmo a execu??o do anexo. Os anexos continham o backdoor chamado Carbanak que ? capaz de muitas das mesmas capacidades de roubo de dados comuns em ataques no estilo APT (Advanced Persistent Threat ou amea?a persistente avan?ada), incluindo controle remoto. Desse modo, quando backdoor j? estava instalado, os criminosos podiam instalar outras ferramentas nos computadores contaminados, para conseguirem se movimentar lateralmente na rede antes de escolher seus alvos. S? que neste caso, ao inv?s de dados, eles estavam era atr?s de dinheiro.?

Depois de conseguirem o devido acesso, os criminosos estudaram como os bancos operavam, possivelmente usando o grava??es de v?deo feitas em computadores comprometidos.

De acordo com o relat?rio do Kaspersky Lab: ?Mesmo que a qualidade dos v?deos fosse relativamente pobre, eles ainda eram bons o suficiente para os atacantes, que tamb?m usavam um keylog para obter dados de uma determinada m?quina para entender o que a v?tima estava fazendo. Isto deu-lhes o conhecimento de que precisavam para sacar o dinheiro?, explica o relat?rio.?

Caixas eletr?nicos

Os criminosos manipularam o acesso ?s respectivas redes banc?rias, a fim de roubar o dinheiro de v?rias maneiras. Em alguns casos, os ATM (terminais de caixa eletr?nico) foram instru?dos para distribuir dinheiro sem que um usu?rio precisasse interagir localmente com o terminal. Depois, um indiv?duo recolhia o dinheiro e transferia para as contas dos criminosos, atrav?s da rede SWIFT (transfer?ncia internacional).?

O grupo Carbanak foi t?o longe

... que alterou as bases de dados e aumentou os saldos das contas correntes existentes e embolsou a diferen?a sem o conhecimento do usu?rio, cujo saldo original ainda est? intacto.? O resumo do relat?rio do Kaspersky Lab ? que esse foi um roubo cibern?tico muito sofisticado e profissional, pois n?o fazia diferen?a para os criminosos que software os bancos estavam usando. Assim, depois que eles entraram na rede, aprenderam a esconder o seu enredo malicioso por tr?s das a??es leg?timas e fizeram tudo o que queriam.?

Entenda como funciona o golpe neste v?deo. Caso precise, ative legendas em portugu?s no YouTube.

Via Threatpost Kaspersky



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