A Microsoft começou a liberar nesta semana uma atualização para Windows com o objetivo de corrigir problemas causados pelo último update da Intel. O pacote da fabricante de processadores, que pretendia mitigar as vulnerabilidades Spectre e Meltdown, causou instabilidade no sistema em alguns computadores, como travamentos, reinicializações inesperadas e "tela azul da morte".
A correção da Microsoft devolve a estabilidade a máquinas afetadas pela atualização da Intel. O patch KB4078130 está disponível no catálogo de update da Microsoft e deve ser baixado manualmente apenas por quem sentiu instabilidades no PC.
O download da atualização da Microsoft pode ser feito nas versões Windows 10, Windows 10 LTSB, Windows 7, Windows 8.1, Windows Embedded Standard 7, Windows Server 2008, Windows Server 2008 R2, Windows Server 2012 R2 e Windows Server 2016.
Entenda o problema
A Intel disponibilizou, na segunda semana de janeiro via Windows Update, uma atualização de correção para uma segunda variante da falha Spectre (CVE-2017-5715). No entanto, após a instalação, alguns usuários começaram a relatar dificuldades no funcionamento do sistema, causando reinicializações do PC.
No dia 23 de janeiro, a fabricante de chips se pronunciou de forma oficial sobre o caso. A companhia confirmou a instabilidade e cancelando o update, recomendando que os usuários não fizessem a atualização. O problema é que, por se tratar de uma correção emergencial, muitas máquinas já tinham sido modificadas.
Por conta disso, na última sexta-feira (26), a Microsoft lançou o pacote que desabilita a atualização da Intel. De acordo com a empresa, testes mostraram que o update da fabricante de processadores, além de corromper o sistema, poderia causar a perda de dados. Assim, o patch KB4078130 cancela a proteção contra o CVE-2017-5715. Vale lembrar que ainda não há relatos de que essa vulnerabilidade tenha sido usada em algum tipo de ataque. Uma nova atualização da Intel é aguradada para os próximos dias.
As vulnerabilidades Spectre e Meltdown assustaram o mundo no início do ano. Descobertas em junho de 2017, as falhas podem permitir que um hacker mal-intencionado tenha acesso a dados de memórias protegidos. O principal problema é que as duas brechas atacam justamente a construção dos processadores, obrigando as fabricantes a repensarem todo o design. A expectativa é que próximos chips a serem lançados em 2018 já venham imunes a essa instabilidade.
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