Antes de comparar diretamente os dois produtos, é preciso ter em mente que a Bose não revela detalhes técnicos de seus produtos na mesma extensão que a JBL. Especificações importantes, como faixa de frequência e relação sinal-ruído, por exemplo, são omitidos pela marca norte-americana.

Apesar disso, considerando o que é público sobre a Soundlink e a Xtreme, é possível ter uma ideia de como ambas se comparam na qualidade de som. A caixa da Bose leva vantagem porque oferece quatro transdutores, contra dois da JBL. Os componentes produzem áudio no interior do equipamento e, em geral, quanto mais, melhor. Com isso, a Soundlink tende a ter uma capacidade superior de reproduzir nuances das músicas – com maior nível de detalhe e qualidade do som.

Outro ponto que dá vantagem à Soundlink 3 está na presença de dois radiadores passivos, contra um da JBL Xtreme. A característica tem como função enfatizar a reprodução de sons do tipo grave. Na Soundlink 3, portanto, a batida do baixo e da bateria devem ser mais pronunciadas.

Segundo a Bose, a Soundlink 3 pode operar por até 14 horas de uso sem necessidade de uma recarga.

Por isso, a Xtreme leva vantagem neste quesito. A JBL afirma que sua caixa pode funcionar por até 15 horas, dependendo do nível de volume usado na reprodução de música.

A Xtreme da JBL é compatível com o JBL Connect, um aplicativo disponível para celulares Android ou iPhone (iOS) que permite combinar a reprodução de áudio de várias caixas de som da marca em uma única rede Bluetooth. Com isso, é possível criar um sistema de som poderoso.

Além disso, a Xtreme é à prova de respingos de água e pode usar sua bateria de 10.000 mAh para recarregar smartphones via conexão USB. Uma ausência na caixa da Bose são botões para controlar a reprodução de som pela caixa – as ações de pular, pausar e continuar as músicas só podem ser realizadas por meio do celular. Outra vantagem da Xtreme é a possibilidade de atender chamadas telefônicas em viva-voz – recurso ausente na Bose.

A Soundlink 3, por outro lado, dispensa todas as funções extras. A caixa da Bose não é à prova d’água e, além de não poder ser usada como bateria externa, sequer pode ser carregada via microUSB. Para isso, você precisa conectar a fonte própria da Soundlink 3 na entrada de energia.

Uma possibilidade interessante da Soundlink envolve customização, desde que você adquira os capinhas de diversas cores oferecidas pela Bose. De resto, ambas permitem conexão com dispositivos USB e Bluetooth, além de saídas para fones de ouvido.

Os quatro drivers de som e dupla de radiadores passivos se manifestam no preço praticado na caixa da Bose, que está disponível no Brasil por cerca de R$ 2.425. Apesar disso, é possível você encontrar o produto por preços mais baixos nas mãos de importadores independentes.

A caixa da JBL tem valor bem mais baixo, embora não seja tão em conta: a top de linha pode sair por R$ 1.150, em média.

Se os preços fossem mais próximos, seria possível traçar um equilíbrio entre as duas caixas. Dessa forma, o ideal seria indicar a JBL para quem deseja usá-la na borda da piscina e a Bose para quem exige alta qualidade de som e dispensa um estilo de vida mais aventureiro.

Entretanto, o preço da Soundlink 3 é muito mais alto do que o da JBL Xtreme. Além disso, a ausência de ficha técnica completa divulgada pela Bose torna ingrata a tarefa de decidir por uma ou por outra. A Soundlink 3 promete boa qualidade de som, potência e clareza de reprodução. No entanto, é difícil justificar um preço que, no fim das contas, é praticamente o dobro do valor cobrado pela Xtreme.