A Gambit Esports pode até parecer um time novo e que está demonstrando seu potencial apenas agora. Porém, há uma história por trás do nome, onde cinco jogadores, vestindo essa camisa, foram capazes de revolucionar a forma como se jogava League of Legends e inspirar jogadores casuais e profissionais anos atrás.

A histórica line up, que começou como Moscow 5 e continuou a se destacar com a organização Gambit Gaming, ficou famosa em meados de 2012 por ter jogadores que inovaram o meta da época e também por ser um dos poucos times do ocidente capazes de bater de frente contra os sul-coreanos, como a antiga Azubu Frost, do suporte Hong “Madlife” Min-gi.

Embora tenham sofrido algumas mudanças até a venda de sua vaga na LCS Europeia em 2015, os cinco jogadores ficaram marcados como um dos quintetos mais famosos que já passaram pelo competitivo de League of Legends. Vamos ver agora quem são esses jogadores:

Top: Eugene “Darien” Mazaev

Darien revolucionou o topo do League of Legends (Foto: Reprodução/Gamepedia)

Hoje aposentado, Darien sempre se mostrou um jogador sem medo de inovar, de testar novos campeões e provar a viabilidade dos mesmos. Talvez, seu campeão mais famoso tenha sido o Renekton, após popularizá-lo no meta da época e mostrar que ele era o campeão que, se bem jogado, era capaz de vencer qualquer oponente na top lane.

Um momento marcante e bizarro foi quando, em plena LCS EU 2014, Darien fez a façanha de comprar Manamune, um item para campeões que utilizam mana, para o campeão Aatrox, que não utiliza de mana. Tal com

... pra foi assunto na internet e até na entrevista pós vitória da Gambit.

Na LCS Europa de 2014, Darien sacou um Warwick, bem antes do remake do campeão, para jogar na top lane. (Foto: Reprodução/YouTube)

Caçador: Daniel “Diamondprox” Reshetnikov

Diamondprox é um dos melhores junglers da história do LoL (Foto: Divulgação/Riot Games)

Presente na line up atual, Diamondprox sempre será uma referência para sua rota. Além de ser considerado um dos melhores Lee Sins da história, ele foi o jogador que popularizou aquilo que chamamos de “counter jungle”. Ou seja, invadir a jungle inimiga atrás de seu ouro, sua experiência e da morte de seu oponente de rota. Tal tática é utilizada até hoje, desde jogos casuais na SoloQ até em jogos profissionais.

Com escolhas nada convencionais em sua rota que fazia antigamente, o jogador seguia o exemplo de Darien. Por exemplo, Karma e Nasus, personagens que não eram considerados fortes na Season 2 e Season 3, mas que, nas mãos dele, simplesmente funcionavam na selva.

Sem esquecer, claro, de sua temida Evelynn, que quase sempre forçava um banimento por parte do time adversário.

No evento Allstars 2013, Diamondprox enfrentou Choi “Insec” In-seok em um confronto 1v1 de Lee sin, sendo ambos considerados os melhores jogadores com o campeão na época. (Foto: Reprodução/YouTube)

Mid: Alex “Alex Ich” Ichetovkin

Alex Ich foi um dos melhores mids no começo da história competitiva do LoL (Foto: Reprodução/Gamepedia)

Alex Ich foi um jogador considerado um dos melhores mid laners do mundo entre 2012 e 2013, período em que competia contra fortes nomes como Lau “Toyz” Wai kin, Jung “Rapidstar” Min-sung, Enrique “xPeke” Martínez e Yu “Misaya” Jing-Xi.

Ele ficou conhecido pela sua habilidade com os campeões Zed e Kha’zix, e, assim como seus parceiros, por escolhas pouco convencionais para o competitivo. Também era admirado por ser casado e conseguir manter o alto nível de jogo, mesmo tendo que conciliar o tempo de jogador profissional com sua família.

Hoje, após tentar a sorte na LCS NA, Alex Ich está sem time e procura oportunidades como treinador ou analista.

Na IEM Hanover em 2013, Alex Ich colocou seu Zed contra o brasileiro Gabriel “Kami” Santos, da paiN Gaming (Foto: Reprodução/YouTube)

AD Carry: Eugene “Genja” Andryushin

Genja mudou a forma de se criar builds para ADC no LoL (Foto: Reprodução/Gamepedia)

Em questão de inovação, ou loucura, talvez esse jogador em particular se destaque. Também aposentado, Genja ficou conhecido não por escolhas de campeões diferentes, mas por comprar itens diferentes que se baseavam mais em seu estilo de jogo, não naquilo que estava mais forte.

Ele já afirmou que não gostava tanto de fazer itens para conceder velocidade de ataque, porque sua preferência era causar o máximo de dano com as habilidades. Tanto que era muito raro vê-lo jogar de Caitlyn e Vayne, por exemplo. Campeões como Varus e Miss Fortune eram escolhas que ele se sentia confortável jogando.

Mesmo não dando preferência para a velocidade de ataque, ele ficou marcado por causa de um item com esse atributo. Às vezes, ele comprava o falecido Zéfiro, um item que lhe dava velocidade de ataque, velocidade de movimento, dano de ataque e tenacidade. Por quê? Porque esse era o Genja. Não havia outra razão.

No jogo contra a WE na IEM Katowice 2014, Genja tinha um Cetro Vampírico, mas preferiu por comprar um Zéfiro para seu Varus (Foto: Reprodução/YouTube)

Support: Edward “Edward” Abgaryan

Edward ainda joga na Gambit (Foto: Divulgação/Riot Games)

Também conhecido como Gosu Pepper, Edward era o único jogador dessa lineup que não era russo, sendo ele armênio. Ao lado de Diamondprox, ele continua a jogar na Gambit Esports como suporte em 2018.

Em 2013, suas atuações ao lado de Genja chamaram a atenção da norte-americana Team Curse, hoje Team Liquid, que o contratou para jogar a LCS NA 2013. Após uma temporada razoável, muitos começaram a afirmar que Edward só sabia jogar ao lado de Genja, sendo essa uma das explicações dadas para atuações abaixo do esperado. Devido a isso, ele retornou para a Gambit Gaming no ano seguinte.

Apesar dos comentários, Edward já provou seu valor e mostrou que é um excelente suporte, independentemente do AD Carry ao seu lado.

E seguindo o exemplo de seus parceiros, ele também arriscava com escolhas bem diferentes como suporte. Por exemplo, Kennen e Amumu já foram mostrados em suas partidas competitivas. Apesar disso, Edward tinha como marca o Thresh, que se tornou seu campeão favorito desde o lançamento.

No Battle of Atlantic em 2013, Edward mostrou o seu Amumu support (Foto: Reprodução/YouTube)

Com isso, é formado o quinteto que marcou época nos primeiros anos de competições no League of Legends. E, claro, não são só atuações bonitas que fazem desse time ser lembrado. Seus títulos e atuações excelentes nos maiores torneios da época mostram que o respeito que eles possuem é merecido.

Entre os principais títulos da line up, está a IEM Katowice em 2013. Após conseguir se classificar para os playoffs com uma única vitória na fase de grupos, a Gambit Gaming teve que enfrentar as equipes irmãs sul-coreanas, Azubu Frost e Azubu Blaze. Surpreendentemente, a Gambit venceu a Frost na semifinal e a Blaze na grande final sem perder um único jogo sequer e se sagrou campeã.

Evelyn contra Kha’Zix na mid, o antigo Graves AD Carry, Amumu na Jungle, Renekton sendo a melhor escolha na top, Sona sendo um support viável para o competitivo. (Foto: Reprodução/YouTube)

Outro momento que marcou a Gambit Gaming foi a vitória contra seus grandes rivais da Evil Geniuses em uma partida que valia a última vaga europeia para o mundial de 2013. Nesse período, Edward havia sido contratado pela Team Curse, dando lugar ao jogador estoniano Erih “Voidle” Sommermann.

Foi uma partida dramática, que terminou em 2 x 1 para a Gambit e que resultou no fim da line up original do lendário time europeu da EG.

Na imagem, Mike “Wickd” Petersen, com seu Kennen, e Stephen “Snoopeh” Ellis, com seu Jarvan IV, tentam segurar a última oportunidade ir para o mundial de 2013 (Foto: Reprodução/YouTube)

Após muitas mudanças, resultados abaixo do esperado depois de 2013 e a venda de sua vaga na LCS EU para a Team Vitality, a Gambit Gaming começou do zero em 2016, mudando o nome para Gambit Esports e jogando na região da Comunidade dos Estados Independentes, a liga chamada LCL (LoL Continental League).



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