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inal do qualificatório sul-americano para a ESL One Katowice, após derrota para os peruanos da Infamous. Mas a equipe se recuperou com a conquista da vaga para o The Bucharest Major, depois de uma revanche sobre a própria Infamous na final do qualificatório sul-americano. O segundo torneio internacional do ano foi o Galaxy Battles II: Emerging Worlds, Minor com mais de US$ 500 mil (R$1,8 milhão em conversão direta) em premiação e a participação de oito equipes, que marcou a estreia oficial de w33 pela paiN. No primeiro jogo, a equipe acabou derrotada por 2 a 1 para a OG e foi enviada para a chave dos perdedores. Logo na sequência, paiN bateu os poloneses da PG.Barracx por 1 a 0.
O time majoritariamente brasileiro acabou eliminado após derrota por 1 a 0 para a Team Spirit, fechando a campanha no top 6 e levando para casa o prêmio de US$ 35 mil (R$131 mil em conversão direta). Em seguida, a equipe acabaria precisando substituir w33 para participar do qualificatório sul-americano da WESG, competição com premiação total de US$ 1,5 milhão (R$5,6 milhões em conversão direta) e que só permitia times formados por jogadores do mesmo país.
A equipe acabou trazendo Danilo "Arms" Silva, companheiro de Duster nos tempos de Midas Club e que veio por empréstimo, para completar a equipe no qualificatório conquistado pela paiN de forma invicta, com quatro vitórias em quatro jogos e nenhum round perdido.
Em fevereiro, Gabriel "Rayuur" Pinheiro substituiu Arms nos qualificatórios regionais da Dream League Season 9, Epicenter XL e Dota 2 Asia Championships, todos vencidos pela paiN, mas acabou não permanecendo na equipe para a disputa dessas competições.
Antes da disputa da WESG, a paiN trouxe w33 de volta para a disputa do The Bucharest Major, campeonato onde a equipe acabou na 12ª posição entre os 16 participantes, com uma vitória, sobre a Vici Gaming, e três derrotas, para Evil Geniuses, Team Secret e Natus Vincere.
A grande campanha na WESG
Após uma campanha perfeita no qualificatório sul-americano, a paiN foi para a disputa da WESG confiante na busca por um bom resultado. Como a maior parte das principais organizações de DotA 2 são formadas por jogadores de vários países diferentes, o entrosamento dos brasileiros acabaria se mostrando um diferencial na competição.
Sorteada no grupo B, a paiN caiu na mesma chave que a HappyFeet, das Filipinas, Team Leviathan, dos Estados Unidos, e a Team Russia, composta por quatro jogadores da Virtus.pro (Roman "RAMZES666" Kushnarev, Pavel "9pasha" Khvastunov, Vladimir "RodjER" Nikogosyan e Alexei "Solo" Berezin), atual líder do Dota Pro Circuit, e Igor "iLTW" Filatov, da Team Effect.
Na estreia, a paiN conseguiu uma vitória tranquila sobre a HappyFeet por 2 a 0. Na sequência, os brasileiros surpreenderam a Team Russia e conseguiram um bom empate por 1 a 1, e encerraram a campanha na primeira fase na liderança, após nova vitória por 2 a 0 sobre a Team Leviathan.
Nas quartas-de-final, os brasileiros venceram de virada os chineses da Keen Gamng por 2 a 1, e chegaram à grande decisão após nova vitória por 2 a 1 sobre a também chinesa Rock.Y. A campanha histórica da paiN acabou com o vice-campeonato, numa derrota por 2 a 1 para a Team Russia. Além do prêmio de US$ 300 mil (R$ 987 mil, na cotação da época), os brasileiros saíram da competição com o melhor resultado de um time brasileiro na história de uma competição internacional do DotA 2, e iniciaram ali sua ascensão no cenário.
Após a grande campanha na WESG, ainda com Arms na equipe, a paiN teve outras duas competições internacionais em sequência: a DreamLeague Season 9 e o DotA 2 Asia Championships. No entanto, o desempenho da equipe brasileira foi decepcionante.
Na DreamLeague, a paiN teve uma estreia difícil contra a Team Liquid, atual campeã mundial, e acabou sendo enviada à chave dos perdedores após uma derrota por 2 a 0. Na sequência, os brasileiros acabaram sendo atropelados pela OG em mais uma derrota por 2 a 0.
No DotA 2 Asia Championships, segundo Major da temporada da paiN, o desempenho do time foi ainda pior. Com impresssionantes sete derrotas em sete jogos, os brasileiros tiveram sua pior participação desde a criação da nova equipe e se despediram do torneio com mudanças em mente.
A volta definitiva de w33
Em abril deste ano, a paiN finalmente confirmou a contratação em definitivo de w33 para a sequência da temporada para o lugar Arms. O objetivo passava a ser não apenas conquistar a vaga nos principais eventos do Dota Pro Circuit, como também enfrentar de igual para igual os melhores times do mundo e fazer melhores campanhas nos Majors.
O primeiro compromisso da nova formação, agora com w33 como membro fixo, foi o qualificatório sul-americano China Dota 2 Supermajor, competição mais importante do calendário depois do The International.
Nos quatro primeiros jogos, a paiN venceu conseguiu quatro convincentes vitórias por 2 a 0 e chegou com a vantagem do empate contra a Infamous, maiores rivais do time brasileiro na região. Na partida, porém, a equipe peruana acabou vencendo por 2 a 0 e conquistou a única vaga sul-americana para o evento, frustrando as ambições da paiN.
Na sequência, a equipe brasileira se recuperou e conquistou a vaga para a ESL One Birmingham, após uma vitória apertada por 2 a 1 sobre a Thunder Predator, do Peru, na semifinal, e um triunfo tranquilo na final contra a Mad Kings, formada por três jogadores peruanos, um euatoriano e um colombiano. Passada a fase de eventos qualificatórios, era a hora de fazer as malas e disputar mais dois torneios do circuito Major.
Boa participação no EPICENTER XL
Agora com uma formação definitiva mais entrosada, a paiN finalmente começou a alçar voos mais altos nos principais campeonatos do mundo. Na EPICENTER XL, a equipe perdeu na estreia para a Virtus.pro, melhor time do mundo na atualidade, por 2 a 1, mas mostrou ali uma grande evolução em relação a eventos anteriores, com um time jogando mais agrupado e eficiente nos combates e controle das lanes.
Na sequência, nova derrota para a Team Secret, atual top 4 no DPC, dessa vez por 2 a 0. A primeira vitória no campeonato viria sobre os chineses da Newbee, sétima colocada no DPC, por 2 a 0. A equipe fechou a campanha na primeira fase com uma derrota por 2 a 0 para a OG e uma vitória pelo mesmo placar sobre os ucranianos da Natus Vincere.
Com o quarto lugar no grupo B, a paiN acabou avançando aos playoffs pela lower bracket, onde enfrentou os russos e ucranianos da FlyToMoon. A equipe acbou derrotada por 1 a 0 e deu adeus à competição, terminando sua participação no top 8.
Campanha histórica na ESL One: Birmingham
A boa participação no EPICENTER trouxe à paiN confiança para a disputa da ESL One: Birmingham, e a campanha da equipe superou as expectativas até mesmo dos torcedores mais otimistas. Logo na estreia pelo grupo B, o time majoritariamente brasileiro surpreendeu ninguém menos do que a Team Liquid por 1 a 0, campeã do The International 7, em uma peformance dominante do início ao fim.
Na sequência, a paiN enfrentou a OG em duelo que valia a vaga direta aos playoffs, mas acabou dominada pelos europeus e foi derrotada por 2 a 0. No terceiro e decisivo jogo da repescagem do grupo B, a equipe brasileira acabou enfrentando novamente a Team Liquid, e mais uma vez surpreendeu os atuais campeões do The International com uma emocionante vitória de virada por 2 a 1, garantindo a vaga nas quartas-de-final.
O duelo seguinte foi contra a Mineski, quinto melhor time do mundo no DPC e atual campeão do DotA 2 Asia Championships. No entanto, o time do sudeste asiático não foi páreo para uma inspirada paiN, que controlou o jogo quase o tempo inteiro e fechou a partida em 2 a 0. A vitória classificou os brasileiros à semifinal e garantiu a melhor campanha de um time sul-americano em um Major.
Na semifinal, a paiN enfentou uma Virtus.pro que vinha de uma campanha impecável, sem perder nenhum round. Com uma performance dominante, a equipe russa/ucraniana controlou bem o jogo e venceu por 2 a 0.
Mesmo com a derrota, a paiN ainda disputaria o terceiro lugar contra a Fnatic, e mostrou que a grande campanha não era obra do acaso. Em um duelo emocionante, especialmente na terceira e decisiva partida, a paiN venceu o duelo por 2 a 1 e encerrou a melhor campanha de sua história em um Major com um lugar no pódio e um prêmio de US$ 100 mil (R$ 366 mil).
Mesmo com o terceiro lugar na ESL One: Birmingham, a paiN ocupa apenas a 16ª posição no Dota Pro Circuit, o que inviabiliza uma classificação direta para o The International. Como não conseguiu a vaga para o DotA 2 Supermajor, que distribui 2.250 pontos para o DPC, sendo 1.125 para o campeão, a equipe foca todos os seus esforços em conseguir a vaga para o mundial da modalidade através do qualificatório aberto da América do Sul.
Na busca por uma vaga no TI 8, a paiN terá com principais rivais a Infamous, que se revezou ao longo de toda a temporada com a organização brasileira para representar a América do Sul nos Majors, e a SG, que embora não tenha participado de nenhum Major em 2018, é uma equipe que pode surpreender tanto a Infamous quanto a paiN em um dia inspirado.
Outra equipe que merece ser observada é a Thunder Predator, que mesmo não se classificando para nenhum Major na temporada, já eliminou a Infamous em em qualificatório regional e se mostrou um adversário duro para a própria paiN no começo do ano.
Embora pensar em um eventual título do The International ainda pareça um sonho distante, a paiN já mostrou que é capaz de enfrentar de igual para igual, e vencer, algumas das melhores equipes do mundo. E hoje não parece absurdo pensar em mais uma campanha histórica da equipe no mundial de maior premiação dos esports, principalmente se não pegar a Virtus.pro pelo caminho.