O polêmico recorte na tela do iPhone X – presente também no iPhone XS, iPhone XS Max e iPhone XR – chama a atenção no smartphone da Motorola. Executivos da indústria de telefonia costumam dizer que é a forma mais eficiente de aumentar a superfície da tela, ainda que ao custo de reproduzir um design criticado por uma parcela dos consumidores.

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No caso do Motorola One, a tela em LCD tem 5,9 polegadas e resolução HD+. Suas especificações a colocam atrás do display do Zenfone 5, outro celular lançado neste ano com visual bastante associado ao produto da Apple. A Asus emprega painel de 6,2 polegadas e resolução Full HD+. O preço é maior, acima de R$ 2.000.

As extremidades da parte superior da tela exibem o horário e ícones dos serviços ativos (como Wi-Fi e Não Perturbe, por exemplo). A marca “Motorola” continua no queixo do smartphone, fazendo com aquela borda específica não seja tão “mínima” quanto a fabricante gostaria. Em relação ao design, chama a atenção a presença do leitor de digitais e biometria na traseira do aparelho, onde fica o símbolo circular da Motorola, e também as lentes da câmera dupla – elas ficam separadas pelo flash LED.

No interior do telefone está o processador intermediário Snapdragon 625 funcionando à velocidade máxima de 2 GHz. Ele opera em conjunto com memória RAM de 4 GB. De acordo com a Motorola, a experiência de uso é mais fluida, apesar de não abrir mão de algumas características exclusivas de smartphones da empresa, como o gesto de chacoalhar o produto para ativar a câmera e o sistema de controle do dual chip.

A câmera principal tem 13 megapixels e abertura f/2.0, normalmente pouco indicada para quem gosta de tirar fotos durante a noite ou em ambientes pouco iluminados. Como parte da dual câmera, há também um sensor secundário de 2 megapixels. Ele é usado exclusivamente para o efeito bokeh, em que o protagonista da cena fica em primeiro plano e a paisagem acaba embaçada.

Enquanto isso, a câmera frontal faz selfies de 8 megapixels, também com Modo Retrato. Nenhuma das lentes segue o padrão grande angular, em que é possível capturar mais pessoas ou uma parcela maior da paisagem.

Dirigentes do Google e da Motorola não foram claros quanto ao processo de atualização do Android na nova linha de produtos. O One sai de fábrica com o Android O e receberá o P até o fim do ano. No entanto, não se sabe qual será a janela para que ele receba a geração seguinte, supostamente chamada de Android Q.

Atualmente, consumidores se queixam da demora para receber novas edições do sistema do Google, que levam tempo demais para chegar aos smartphones. Normalmente elas trazem novidades como a Bateria Adaptativa do Android Pie, capaz de aumentar a autonomia de uso com auxílio de inteligência artificial.

O jornalista viajou para São Paulo a convite da Motorola