O WhatsApp tem sido usado com principal canal de divulgação de notícias falsas, as fake news, principalmente, durante as Eleições de 2018. Para combater a prática, o mensageiro confirmou o banimento de milhares de contas suspeitas nesta sexta-feira (19). Essa medida veio ao encontro de quatro outros esforços da rede social desde julho: o limite de encaminhamento de mensagens, aviso sobre quando um texto ou arquivo é encaminhado, denúncia de usuário ou conteúdo impróprio e incentivo a pesquisadores para estudarem o fenômeno.

A atenção da plataforma ao Brasil se deve ao pleito presidencial, a ser definido no segundo turno de votação, no dia 28 de outubro. Para entender os investimentos em segurança do WhatsApp, o TechTudo listou cada uma dessas medidas para evitar as perigosas fake news.

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A suspensão dos perfis nesta semana vem após a cobrança pública dos professores Fabrício Benevenuto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Pablo Ortellado da Universidade de São Paulo (USP), da ONG Safer Net, e de Cristina Tardáguila, diretora da Lupa, uma das agências contratadas pelo Facebook para checar fatos publicados na plataforma. A rede social também está envolvida em uma polêmica eleitoral, publicada no jornal Folha de São Paulo nesta quinta-feira (18). O texto denuncia a contratação ilegal de disparos de mensagens contra o Partido dos Trabalhadores (PT) por meio do aplicativo.

1. Restrição de compartilhamento de mensagens no Brasil

Em julho deste ano, o mensageiro anunciou que, para combater as fake news, iria limitar o número de pessoas para o qual uma mesma mensagem poderia ser encaminhada. No Brasil, a novidade chegou em agosto, inicialmente, para usuários Android, web e PC (Windows) e passou a restringir o redirecionamento de conteúdos para, no máximo, 20 pessoas simultaneamente. Antes, esse limite era de mais de 200 contatos.

À época, o WhatsApp informou em nota que a medida visava melhorar a segurança e privacidade dos usuários e que ajudaria a "manter o WhatsApp do jeito que ele deve ser: um app para conversas privadas". A medida teve início na Índia, após o registro de mais de 20 mortes nos últimos meses em decorrência de boatos espalhados por meio da aplicação.

2. Aviso de encaminhamento

Também em julho deste ano, o app começou a avisar aos usuários de celulares com sistema Android e iPhone (iOS) quando recebiam um conteúdo encaminhado de outra conversa. A etiqueta "Encaminhado" passou a ser exibida no topo do balão de diálogo e tornou mais fácil identificar se o contato realmente era o autor da mensagem ou o arquivo era proveniente de outra pessoa. Na nota de divulgação da novidade, a companhia relembrou a importância de ponderar antes de enviar para outros materiais produzidos por terceiros. "Encorajamos você a pensar com cuidado antes de compartilhar mensagens encaminhadas", explicou em comunicado oficial.

3. Denúncia de conteúdos impróprios e contatos

Com o foco na segurança de seus usuários, o WhatsApp fornece uma função para denunciar fake news por meio do próprio app. Além disso, o usuário também pode entrar em contato com o serviço para reportar o comportamento indevido. Então, a rede social solicita que sejam enviadas informações completas e prints sobre o ocorrido, para facilitar a comprovação do caso. Essas exigências são necessárias, pois a plataforma não tem acesso às mensagens, por conta da criptografadas de ponta a ponta. Esse processo é feito de forma distinta em cada sistema:

  • Android: WhatsApp > Botão de Menu > Configurações > Ajuda > Contate-nos.
  • iOS: WhatsApp > Ajustes > Ajuda > Contate-nos.
  • Windows Phone: WhatsApp > mais > Conf
... igurações > Sobre > suporte.

O mensageiro também disponibiliza a opção de denunciar um número desconhecido ao receber um recado dele pela primeira vez. Um contato ou um grupo podem ser acusados de spam a qualquer momento. Para isso, basta tocar no número do contato ou no nome do grupo para abrir os dados do perfil, rolar a tela até o fim e, por fim, ir em "Denunciar contato" ou "Denunciar grupo".

4. Incentivo a pesquisas

Outra medida foi tomada pelos responsáveis do mensageiro para combater notícias falsas. A companhia ofereceu 20 bolsas de US$ 50 mil (cerca de R$ 200 mil) para pesquisadores desenvolverem estudos a fim de evitar a proliferação de boatos. Os interessados deveriam enviar até 12 de agosto ideias de alternativas que dificultem o compartilhamento de conteúdos do gênero, sem prejudicar a privacidade dos usuários.

Dicas do WhatsApp

Além de todas as ações acima citadas, a página de perguntas e respostas no mensageiro reúne dicas de como evitar cair em mensagens falsas, que tentam ludibriar o usuário e influenciar seu comportamento. "Se a mensagem parecer suspeita ou se seu conteúdo for bom demais para ser verdade, não toque, compartilhe ou encaminhe a mesma", explica o mensageiro em seu portal.

Confira abaixo seis dicas simples da plataforma para identificar possíveis fake news e spams. Para isso, os usuários devem tomar cuidado com mensagens que:

  • Contenham erros ortográficos ou gramaticais.
  • Peçam que você clique em um determinado link.
  • Solicitem que você encaminhe informações pessoais, tais como: número de cartão de crédito, conta bancária, data de aniversário, senha etc.
  • Peçam que você repasse a mensagem em questão.
  • Digam para você você abrir um link a fim de ativar um suposto novo recurso.
  • Afirmem que que você vai precisar pagar para usar o WhatsApp.

Via WhatsApp

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