É possível saber a quantidade de megapixels, memória RAM e armazenamento, velocidade de processador, entre outras especificações, pela ficha técnica do celular. Essas informações, no entanto, tendem a não ser tão simples de serem entendidas, o que pode confundir o consumidor que não esteja a par do assunto. Confira, a seguir, um guia para compreender melhor as fichas técnicas de smartphones.
Tela
As especificações técnicas da tela se dividem em uma série de quesitos. Talvez os mais decisivos sejam o tamanho – a medida em polegadas da diagonal da tela, assim como nas televisões – e a resolução, que mostra o total de pixels que o display soma tanto na horizontal como na vertical.
A resolução nada mais é do que uma noção da quantidade de pixels transmitidas no display. Quanto mais pixels a tela possuir, maior será a riqueza de detalhes das imagens a serem exibidas.
A junção dessas duas especificações resulta na densidade de pixels, medida em "pixels per inch" (ppi). Este valor define o nível de nitidez da tela, já que, quanto maior o número, maior é a concentração de pixels por polegada quadrada.
Por fim, a tecnologia do painel é outro elemento central para definir a qualidade das imagens. Atualmente, os padrões LCD, OLED e Super AMOLED são os mais utilizados pela indústria.
Ambos têm as suas vantagens e desvantagens. Em geral, uma tela LCD está associada a cores mais precisas. Já as tecnologias Super AMOLED e OLED são historicamente conhecidas pelos contrastes mais intensos, assim como as cores vivas.
Memória RAM
A memória RAM para celulares tem funcionamento similar aos computadores. O componente é responsável por guardar dados em uso pelo sistema enquanto o dispositivo está em operação. Temporária, essa memória não fica salva para sempre e é apagada toda vez que você desliga o smartphone, por exemplo.
Na prática, este número é traduzido em megabytes (MB) e gigabytes (GB) e atua direto no desempenho durante a multitarefa, ao abrir apps, entre outros casos. Além disso, como a memória RAM também tem efeitos práticos na performance do dispositivo, quanto maior, melhor.
Processador
Processadores são componentes centrais em um celular e definem a performance que o dispositivo entrega. Mais complexo, são inúmeros fatores que medem o desempenho do processador, como a frequência, a quantidade de núcleos e a arquitetura.
O conceito mais importante para medir a velocidade de processamento é a chamada frequência – também citada como "velocidade". Medida em gigahertz (GHz), essa unidade conta a quantidade ciclos que a CPU realiza em um segundo. Quanto mais ciclos, mais rápido será o processador.
Os processadores, no entanto, podem contar com mais de um núcleo, o que dá origem aos chips dual-core, quad-core, entre outros, que são compostos por vários processadores individuais que trabalham em conjunto. Um octa-core, por exemplo, tem oito núcleos e tende a ser mais rápido que modelos com apenas dois ou quatro núcleos.
É importante considerar que, no caso dos celulares, é comum que processadores multicore tenham núcleos que atingem velocidades diferentes. O Snapdragon 855 é um exemplo típico: o modelo tem oito núcleos, mas um deles roda a 2,84 GHz, enquanto três atingem 2,42 GHz e outros quatro, mais lentos, operam a 1,8 GHz, para economizar energia.
Outra característica técnica é a medida em nanômetros (nm). Aqui, ao contrário do que você está acostumado, quanto menor a numeração, mais eficiente é o processador. Recentemente, a Apple e a Huawei anunciaram celulares com chips de 7 nm.
Câmeras
Uma das principais especificaç
A abertura focal também tem bastante importância. Essa medida define a quantidade de luz que será capturada na foto. Um celular com diafragma em f/1.7, por exemplo, tende tirar fotos claras mesmo em ambientes com pouca iluminação se comparado com uma lente em f/2.2. Este valor também afeta a profundidade de campo, isto é, a visibilidade do objeto ou área em foco.
Estes, porém, não são os únicos conceitos importantes. Além de outras especificações que afetam o resultado das fotos, as fabricantes de celulares também apostam em soluções de software para incrementar a experiência e a qualidade das imagens.
Armazenamento
O armazenamento é a especificação responsável pela quantidade de arquivos, como fotos, músicas, vídeos, entre outros, que podem ser guardados no celular. O espaço é medido em megabytes (MB), gigabytes (GB) ou terabytes (TB).
Apesar de seguir a mesma lógica da memória RAM – quanto mais espaço, melhor –, não há como especificar uma medida ideal, uma vez que isto varia de usuário para usuário. O importante, porém, é considerar celulares com armazenamento a partir de 32 GB, para não haver muita limitação no dia a dia.
Os usuários também podem expandir o armazenamento com o uso de cartões de memória microSD, disponível na maioria dos celulares com Android. A solução, porém, não pode ser utilizada em nenhum iPhone, uma vez que os smartphones da Apple são incompatíveis com a tecnologia desde a primeira geração.
Bateria
As baterias dos celulares podem ser medidas em miliampère-hora (mAh). Essa unidade de medida tem relação com a capacidade do componente. Aqui, quanto maior, melhor: uma bateria de 4.000 mAh, por exemplo, tende a durar mais que uma de 3.000 mAh.
A autonomia, porém, depende do consumo de energia do processador, tela, entre outros componentes. Ou seja, de nada adianta ter uma bateria de alta capacidade caso a eficiência não seja o forte do celular.
Recursos extras
Há uma série de recursos extras que se tornaram padrões na indústria, como a biometria, que incrementa a segurança dos dispositivos. Atualmente, existem tanto leitores de impressões digitais – até mesmo sob a tela –, quanto scanners de íris e sistemas de reconhecimento facial.
Também é bom ficar de olho nas entradas. Celulares Android podem ser encontrados com portas tanto microUSB quanto USB-C, enquanto os iPhones são comercializados com Lightning. Outra variação importante é a presença ou não da saída de fones de ouvido, que, em alguns modelos, foi substituída por um adaptador.
Sistemas operacionais
Embora as duas plataformas tenham lá as suas diferenças, é preciso levar em conta que o iOS só está disponível para iPhone, iPad e iPod touch. Isto lhe rende uma vantagem bem importante diante do Android: quem compra celulares da Apple, por exemplo, tira proveito de atualizações mais ágeis, por exemplo.
No mundo do Android, isto varia bastante. Apesar de algumas serem mais ágeis na liberação de atualizações, outras podem demorar bastante, e até mesmo abandonam o suporte em pouco tempo. Há, também, iniciativas, como o Android One, que promete atualizações pontuais aos celulares que participam do programa.
Outra diferença está nas personalizações. No Android, cada fabricante pode implementar uma interface próprio, como é o caso da LG, Samsung e Xiaomi, por exemplo.
Design
O aspecto de tela é um dos termos que definem o formato do seu telefone. Em smartphones, telas com formato 18:9 têm se tornado bem populares e garantem um display proporcionalmente mais alto e mais estreito. Porém, também é possível encontrar celulares com formato 16:9, ainda que com menos incidência.
Outra novidade que vem ganhando bastante espaço na indústria é o notch. Popularizado pelo iPhone X, trata-se de um topete na parte superior para abrigar a câmera frontal e demais sensores, a fim de aproveitar melhor a área frontal do celular e descartar as bordas. A solução, porém, divide opiniões.
O tipo de material utilizado para construir o dispositivo também merece atenção. Atualmente, os celulares são comercializados, em sua maioria, com construção em metal ou vidro. Enquanto um promete mais resistência, o outro pode oferecer um acabamento mais elegante, por exemplo.
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