O notebook gamer 2 A.M. Challenger E500 é a aposta da fabricante brasileira 2 A.M. (subsidiária da Positivo) para o mercado de computadores portáteis de alta performance voltados para jogos. Equipado com uma placa de vídeo GeForce GTX 1050 de 4GB, processador Intel i5-8300H de oitava geração e 8 GB de memória RAM, o aparelho promete entregar bons gráficos e reproduzir até mesmo jogos mais recentes. A tela de 15,6 polegadas com resolução Full HD reproduz imagens com bom contraste e cores vivas.
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O preço do notebook é inferior se comparado com os intermediários de marcas conhecidas, como Avell e Samsung, mas a fabricante precisou abrir mão de algumas características para chegar aos R$ 3.959 praticados pela loja. Confira, no review a seguir, a análise de prós e contras do portátil.
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Desempenho nos jogos
O 2 A.M. Challenger E500 tem processador Intel Core i5 de 8ª geração que trabalha em conjunto com memória RAM DDR4 de 8 GB, que pode ser expandida em até 32 GB. O armazenamento fica por conta de um HD SATA de 1 TB, mas também é possível encontrar versões com SSD de 256 GB ou com a tecnologia Intel Optane. Vale ressaltar que essas mudanças também interferem no preço. A ficha técnica ainda inclui uma placa de vídeo GeForce GTX 1050, da Nvidia, com memória de 4 GB GDDR5.
Durante os testes de performance em jogos, o 2 A.M. Challenger conseguiu rodar tanto games antigos quanto mais recentes. No League of Legends, o portátil reproduziu os gráficos nas configurações mais altas a 60 frames por segundo. Em Overwatch também foi possível alcançar a mesma quantidade de frames, mas com a qualidade gráfica no nível médio.
Já em jogos recentes, como Assassin’s Creed Odyssey e Monster Hunter: World, o notebook não reproduziu os gráficos da melhor forma. Em ambos, foi possível alcançar a marca de 30 fps com a qualidade no mínimo, mas travamentos ainda aconteciam durante a gameplay. Por ser um intermediário, é recomendado que ele seja usado para executar games mais leves e otimizados.
Em tarefas diárias, como acessar o Google Chrome com várias abas, assistir vídeos e digitar textos, o desempenho foi muito bom. Não houve travamentos ou engasgos. Até mesmo em atividades que precisam de um pouco mais de processamento, como edições básicas de fotos e vídeos usando softwares da Adobe, o notebook conseguiu executar os programas sem problemas.
Para entregar uma performance parecida com a dos concorrentes e ainda ser mais barato, a fabricante precisou sacrificar algumas características, como a reprodução de áudio nos alto-falantes externos, que deixou deixa a desejar tanto em qualidade quanto em volume. Durante os testes, foi preciso utilizar um software à parte para deixar o som levemente mais alto. Além disso, o barulho de um ventilador atrapalhava entender o que era dito em vídeos e, para ouvir qualquer coisa com clareza, foi necessário usar fones de ouvido.
Outro problema envolvendo o som que ocorreu durante os testes foi em relação aos drivers de áudio disponíveis no site da 2 A.M. Gaming. Na primeira iniciação, nenhum som foi reproduzido, mesmo depois de atualizar com os drivers oficiais. A única solução foi fazer uma formatação limpa do Windows e reinstalar tudo desde o começo.
Estrutura e design
Um dos pontos positivos do notebook é que a Positivo conseguiu manter o teclado iluminado com LEDs vermelhas que combinam com os detalhes da parte de fora e do touchpad. A intensidade da luz pode ser controlada manualmente e é visível até mesmo em ambientes muito iluminados. O padrão ABNT e o teclado numérico também são bem-vindos. As teclas são confortáveis, mas são frágeis se pressionadas com mais força. Ao segurar algumas delas, era possível sentir uma parte do teclado afundar junto.
A carcaça do aparelho segue o mesmo design robusto dos notebooks gamers, mas mantém peso e espessura ideais para levar na mochila. Suas dimensões são de 37,8 x 26,7 x 2,69 mm e peso de 2,3 kg. O cabo de força também tem uma fonte pequena, o que ajuda na hora do transporte. O lado negativo é o material plástico usado na parte de fora. A fragilidade que o aparelho transmite é comprovada nos arranhões e marcas após pouco tempo de uso. É recomendado levá-lo sempre em uma bolsa com proteção para que os danos sejam reduzidos.
A tela de 15,6 polegadas é Full HD e tem tecnologia IPS, que promete reproduzir a cor preta com mais qualidade, além de oferecer um contraste maior. A qualidade das imagens e boa e não decepciona, mas a tela não tem proteção contra reflexos, tornando a visualização quase impossível quando a luz do sol atinge o display diretamente. No entanto, se o notebook for usado em ambientes fechados, não há qualquer problema que dificulte o uso.
O touchpad é um dos pontos positivos do portátil. O toque é bastante responsivo e os botões físicos são individuais. A área que o dedo pode percorrer também é grande, permitindo até mesmo gestos de multitoque para rolar páginas e dar zoom em imagens.
Bateria e problemas de aquecimento
A capacidade da bateria impressionou bastante. Uma carga completa durou cerca de 6 horas de jogatina intensa no modo de economia de energia do Windows. Porém, na configuração de alto desempenho, o tempo diminuiu para 4 horas. É importante lembrar que a opção de economia também reduz a performance em jogos. Por mais que seja interessante jogar fora da tomada, é recomendado manter o cabo de energia conectado para ter o melhor desempenho possível. A bateria é removível e pode ser trocada se apresentar algum problema.
Por ser um periférico gamer, é preciso investir em ventilação para manter a temperatura do aparelho nos níveis ideais. O sistema de resfriamento do Challenger usa dois ventiladores na parte inferior que jogam o ar quente para fora pelas laterais do aparelho, perto de onde fica a bateria. Isso é bom se o portátil for usado em uma mesa ou suporte próprio. Quando usado em cima do colo, a bateria esquenta a ponto de ser insuportável apoiá-lo por mais de alguns segundos. A temperatura geral das peças também ficaram elevadas e o aparelho chega a atingir 90ºC durante as jogatinas. Vale ressaltar que o ideal para um notebook é operar, em média, nos 80ºC durante operações mais pesadas que exigem totalmente do hardware.
Conclusão
O Challenger é uma opção mais barata para os gamers que estão procurando por uma máquina que rode os jogos mais populares. No entanto, o preço mais baixo em relação à concorrência não é o melhor motivo para realizar a compra, visto que as economias na construção do aparelho fazem com que o notebook tenha uma carcaça frágil e aqueça mais que o recomendado. Caso você prefira usar o computador em casa e tenha um cooler externo para ajudar no resfriamento, o Challenger pode ser uma boa compra.
Especificações | 2 A.M. Challenger E500 |
Tamanho da tela | 15,6 polegadas |
Resolução da tela | Full HD (1920 x 1080 pixels) |
Processador | Intel Core i5-8300H (2.30 GHz, 8 MB Cache, quad-core) |
Memória RAM | 8 GB |
Placa de vídeo | GeForce GTX 1050 GPU (4 GB GDDR5) |
Bateria | 62 Wh |
Portas e conexões | 2 USB 3.1 (tipo A), USB 3.1 (tipo C), USB 2.0, HDMI, VGA, áudio para microfone, RJ-45, áudio para fone de ouvido, DC-in (carregador) |
Dimensões | 37,8 x 2,69 x 26,7 cm (L x A x P) |
Peso | 2,3 kg |
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