Mortal Kombat 11 é o novo game da famosa franquia de luta que será lançado para Xbox One, PS4, PC e Nintendo Switch no dia 23 de abril. O título da NetherRealm trará personagens clássicos, uma jogabilidade repleta de inovações e, claro, muita violência. O TechTudo teve a oportunidade de testar uma versão de demonstração no evento de anúncio do jogo, em São Paulo, e conta tudo:

De cara nova!

No primeiro contato com o jogo, o que mais me chamou atenção foi a parte visual. Se no último título, MK 10, a NetherRealm já impressionava com a qualidade de seus gráficos, o novo game só comprava a capacidade da empresa em produzir personagens e cenários que, mesmo em um ambiente fantasioso, ainda impressionam pelo realismo e quantidade de detalhes.

Esse detalhes começam já na caracterização dos personagens. Agora é possível jogar com uma série de skins que serão desbloqueadas ao longo do jogo e, futuramente, disponibilizadas por DLCs. Na versão de testes só haviam três opções por lutador, mas o suficiente para observar o quanto cada uma delas varia bastante. Scorpion por exemplo, traz desde o seu tradicional traje amarelo de ninja, até uma espécie de armadura de um guerreiro medieval.

Outro elemento que me chamou muita atenção foi a ambientação de Mortal Kombat 11. O famoso templo, talvez o cenário mais icônico do jogo, está em ruínas, mas continua presente, dando um aspecto de nostalgia misturada à inovação. Já as localidades novas também são marcadas pelo realismo e detalhamento que vão desde destroços pelo chão até máquinas e outros elementos que dão mais vida às batalhas.

Para completar, as cenas de violência trazem um realismo de revirar o estômago. É impossível não torcer o nariz diante de cenas como ossos se partindo, membros sendo perfurados e, claro, litros e mais litros de sangue sendo jorrados. Mas esse é Mortal Kombat e, querendo ou não, foram essas cenas explícitas que fizeram o jogo se popularizar em todo o mundo.

Novidades na jogabilidade

Embora Mortal Kombat 11 ainda beba da fonte de seus outros capítulos, é visível a mudança que o game traz na jogabilidade. A começar pelos sistema de golpes, que incluem novos movimentos para os personagens, como por exemplo, uma parede de gelo para Sub-Zero e um lança-chamas facial de Scorpion baseado em um dos seus Fatalities mais icônicos.

Também há um novo sistema que beneficia principalmente os jogadores em desvantagem com pouca energia: o Fatal Blow. Ele pode ser ativado quando a barra de vida atinge menos de 30%, funcionando como uma espécie de golpe especial. Entretanto, caso o jogador erre o movimento, não terá uma outra tentativa naquele mesmo round. Agora também há barras de defesas e ataques posicionadas nos cantos inferiores da tela. Elas esvaziam à medida com que os lutadores utilizam o bloqueio ou ataques em sequência.

O que não pude conferir na versão disponibilizada foi o novo sistema de evolução de habilidades e troca de equipamentos similar a Injustice 2 - outro título produzido pela NetherRealm. Durante uma apresentação do produtor artístico do jogo, Thiago Gomes, foi possível notar que eles influenciarão demais nos personagens, porém, ainda é preciso avaliar isso na prática.

O fato curioso que percebi foi o excesso de animações ao longo dos combates. Em qualquer momento um simples golpe pode resultar em um slow down na tela, mostrando em detalhes as consequência do movimento no lutador atingido. E por mais que visualmente seja um tanto interessante, senti uma quebra de ritmo no jogo que pode até mesmo tirar a concentração de algum lutador em vantagem no round.

Em relação à movimentação, achei o jogo mais lento. Porém, é visível que essa mudança foi feita para que o título apresentasse movimentos mais reais. Para exemplificar: a famosa voadora em MK10 era muito mais rápida do que qualquer ser humano poderia executar, até mesmo o Jet Li ou Bruce Lee não conseguiriam. Já MK11 traz a mesma voadora de uma forma menos ágil e mais real, mesmo assim evite tentar fazer igual na su

... a casa.

Para terminar com chave de ouro, os Fatalities continuam sendo a cereja do bolo. Durante os testes, consegui executar o movimento (que até agora não sei como) com o lutador Baraka, e posso dizer que eles conseguiram ficar ainda mais sangrentos e explícitos. Não pude perceber um outro movimento além do que já foi apresentado no trailer, no qual o lutador como o cérebro do oponentes, mas acredito que MK 11 seguirá o padrão da franquia e trará dois para cada lutador.

Kano "Kangaceiro" e edição de colecionador vendida no Brasil

O evento não teve apenas os testes, mas também revelações sobre Mortal Kombat 11 no Brasil. O game também será vendido em edições especial aqui no país, inclusive a desejada Collector's Edition que trará um capacete em tamanho real do personagem Scorpion. Outra revelação foi a do personagem Kano no jogo. O lutador terá uma skin de "Kangaceiro" que será exclusiva no Brasil, ou seja, nenhum outro país do mundo terá esse tipo de roupa para ele.

Conclusão

Mortal Kombat 11 tem tudo para ser não apenas um dos melhores títulos da franquia, mas também um dos melhores jogos de luta de todos os tempos. Nos testes, pude perceber que o hiato entre um título e outro fez valer a pena, já que o trabalho gigante da NetherReal não foi em vão, tanto na parte da jogabilidade quanto nos gráficos.

Agora o que me resta é contar os dias até 23 de abril, quando finalmente poderei conferir todos as dezenas de lutadores e o tão falado sistema de personalização e evolução. Além é claro de novos Fatalities que conseguem ao mesmo tempo impressionar e revirar o estômago de seus jogadores.



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