O Facebook inaugurou um novo formato de publicidade para monetização de vídeos, chamado de Ad Break. A novidade chegou ao Brasil nesta quarta-feira (13) e consiste em propagandas curtas em vídeos que tenham pelo menos três minutos de duração. A ferramenta permite que criadores de conteúdo e publishers (empresas de mídia) ganhem dinheiro com anúncios em seus próprios vídeos postados na rede social e concorre diretamente com as propagandas do YouTube, que é a forma como os Youtubers lucram na Internet hoje em dia.

A nova modalidade de monetização oferece três formatos de anúncios: publicidade em vídeo antes ou durante o conteúdo, ou como banner logo abaixo do post. Os produtores podem escolher o momento do intervalo comercial, ou permitir configuração automática da publicidade. Os produtores recebem 55% da receita do anúncio por visualização do Ad Break. Alguns dos pré-requisitos para usar a ferramenta são ter uma página com mais de 10 mil seguidores e estar de acordo com os Padrões de Qualificação para Monetização do Facebook.

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Como funciona o Ad Break

Os Ad Breaks têm três formatos diferentes: anúncios exibidos durante o vídeo, propagandas antes do início ou banner abaixo do player. Os usuários conseguirão assistir ao vídeo apenas após visualizarem o anúncio por completo. Os produtores podem escolher em que momento do vídeo serão inseridos até dez anúncios por post, ou deixar que o Facebook selecione de forma automática os intervalos das propagandas. Os criadores têm a opção de desativar os intervalos comerciais em qualquer um de seus vídeos.

Os criadores também têm autonomia para escolher as marcas presentes nos anúncios, ou seja, eles podem criar listas de bloqueio para determinados anunciantes ou categorias de publicidade. Os produtores também podem enviar seu conteúdo para análise antecipada da rede social, o que pode facilitar a monetização do vídeo logo após a postagem.

Para adicionar o Ad Break, a página precisa ter mais de 10 mil seguidores no Facebook; ter reunido nos últimos dois meses 30 mil visualizações de pelo menos um minuto em vídeos de três minutos; e respeitar as regras presentes nos Padrões de Qualificação para Monetização da rede social.

Entre o conjunto de normas está não divulgar informação incorreta ou notícia falsa. Então produtores que compartilham conteúdo sensacionalista (clickbait ou “caça-clique”) não podem usar os Ad Breaks para a monetização. É possível verificar se a sua página se encaixa nos pré-requisitos em facebook.com/business/m/join-ad-breaks.

Outras formas de monetização

No começo de 2018, o Facebook começou a testar diversas formas de monetização para criadores de conteúdo. O formato permite que o público contribua todo mês com uma quantia, como se fosse uma assinatura paga para o dono do vídeo. Entre os benefícios, por exemplo, está o acesso a conteúdos exclusivos. Além disso, a rede social criou uma nova ferramenta capaz de aproximar os produtores e marcas para facilitar acordos de parcerias de conteúdo patrocinado.

Outro recurso lançado pelo Facebook em 2018 foi a plataforma Level Up. Ela permite que os criadores de conteúdo ganhem dinheiro com transmissões ao vivo de jogos no Brasil. O formato de monetização funciona da seguinte forma: os usuários enviam a quantidade de estrelas que deseja via chat no streaming e a rede social paga ao produtor US$ 0,01 (cerca de R$ 0,04) por cada estrela recebida.

Segundo a Diretora de Monetização de Media do Facebook Kate Orseth, o lançamento do Facebook W

... atch (feed exclusivo de vídeos) no Brasil em agosto também foi um investimento na monetização de conteúdo audiovisual na rede social: “Nosso objetivo era fazer do Watch um lugar onde todos os criadores e publishers pudessem encontrar uma audiência e ganhar dinheiro pelo seu trabalho. Nos últimos meses, estivemos focados em disponibilizar os Ad Breaks ao redor do mundo e estamos agora entusiasmados em anunciar que, a partir de hoje, os Ad Breaks estão disponíveis no país”.

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