A Fundação Procon de São Paulo decidiu notificar a Claro pelo uso do termo “4.5G” em material publicitário veiculado na TV, imprensa escrita e internet, entre outras mídias. A entidade de defesa do consumidor entende que o termo com “5G” num tamanho maior configura propaganda enganosa, prática proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

A empresa de telecom entrou na mira de órgãos de defesa do consumidor depois que a temática ganhou destaque na imprensa internacional. O TechTudo procurou a Claro, que não se manifestou sobre o tema.

“Verifica-se que o número 4 está em tamanho inferior em relação ao 5, induzindo o consumidor a pensar que se trata do 5G, que tem cobertura superior”, informa a nota da entidade. Não existe no Brasil redes 5G. A Agência Nacional de Telecomunicações ainda não definiu como será a implementação da tecnologia.

A Claro pode ser multada por prática abusiva.

O diretor jurídico da Proteste, Henrique Lian, também decidiu tomar providências sobre o caso: a entidade vai questionar as propagandas no Conar, órgão de autorregulamentação do setor de publicidade. O especialista em ambiente digital vê “jogada de marketing” na forma como a Claro comunica as características da rede de telefonia.

Lian entende que a peça publicitária “induz o cliente a acreditar que se trata de um transição para o 5G”. Também lembra que nem todos os detalhes estruturas das futuras redes de quinta geração (o chamado standard, no jargão do mercado) estão concluídos, o que impediria a adoção da tecnologia em massa.

A polêmica do 5G está em ebulição nos Estados

... Unidos porque a operadora AT&T adotou o selo “5G E” para identificar redes que não têm relação com a internet móvel 5G. A letra “E” seria um indicativo de “Evolution”, “Evolução” em português. Parte dos clientes acredita que a prestadora também induz a população geral ao erro.


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