A AMD tem duas grandes linhas de processadores: os modelos sem gráficos integrados da linha Ryzen e aqueles que, por possuírem placa de vídeo embutida, são chamados pela fabricante de “APUs” (sigla, em inglês, para “unidade de processamento acelerada). Uma característica interessante sobre esses produtos é que, em ambos, o consumidor encontra bom custo-benefício para montar um PC gamer barato.
A seguir, entenda as diferenças entre as linhas de processadores Ryzen e as APUs da AMD e descubra qual é melhor para você.
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APUs e processadores AMD
O termo “APU” é usado pela AMD para classificar seus processadores com GPU integrada e que são capazes de controlar sozinhos um monitor. Por outro lado, os processadores Ryzen da AMD são chips mais convencionais e que, sem hardware específico para vídeo, acabam exigindo o uso de uma placa gráfica dedicada no computador.
Essa diferença faz com que as APUs sejam, no geral, mais baratas, mas tenham limites de desempenho. Os processadores podem ser bem mais rápidos, porém custam mais caro e exigem gastos extras com placas de vídeo.
Como diferenciar
Em geral, as APUs da AMD incluem a chamada série A, como A12, A10 e A6, por exemplo. A esses produtos somam-se ainda os Athlon – APUs de baixo custo que disputam espaço com os Celeron da Intel –, além de alguns modelos Ryzen. Esse últimos modelos utilizam uma nomenclatura com a letra “G” para sinalizar a presença de um processador gráfico embutido no pacote. Bons exemplos são o Ryzen 3 2200G e o Ryzen 5 2400G. Ou seja, as CPUs Ryzen sem a letra "G" no nome fazem parte da linha de processadores da AMD sem placa de vídeo integrada.
APU é melhor para quem?
O Ryzen 5 2400G é a APU mais rápida da atualidade, equipada com quatro núcleos de processamento com velocidades de 3,6 GHz a 3,9 GHz e uma GPU Radeon Vega de 11 núcleos. Testes e benchmarks mostram que esse conjunto oferece uma performance gráfica três vezes superior à Intel UHD Graphics 630, disponível na grande maioria das CPUs da Intel.
A performance gráfica desse processador é equiparável a uma Radeon RX 550 e vai habilitar o sistema a encarar jogos em resolução HD (720p) sem muitas dificuldades. Fácil de encontrar no Brasil, o Ryzen 5 2400G tem preços na faixa dos R$ 750.
Vantagens
A grande vantagem é o preço. Se por um lado a APU fica em R$ 750, por outro um processador Ryzen 2600 – portanto sem placa de vídeo integrada – custa algo na faixa dos R$ 850 no momento. Se você considerar que o investimento numa placa de vídeo será obrigatório, não resta dúvida que a APU Ryzen 5 2400G se mostra como um alternativa de melhor custo-benefício para quem pretende gastar menos e se satisfaz com uma janela de desempenho mais limitada.
Desvantagens
O Ryzen 5 2400G não faz feio como um processador e placa de vídeo básicas, bem pelo contrário. Entretanto, as especificações técnicas do chip podem decepcionar quem quer exigir mais do computador ou jogar a resoluções mais altas, como o Full HD.
A primeira limitação aparente é o fato de que o Ryzen 5 2400G é um quad-core num mundo que cada vez mais recompensa sistemas octa-core na hora de encarar games e aplicações mais exigentes.
Outra limitação do Ryzen 5 2400G fica por conta do fato de que essa APU controla apenas PCIe 8x: na prática, isso significa que seu sistema irá impor gargalos de performance, mesmo que você acabe investindo numa placa de vídeo dedicada depois, já que as oito vias do PCIe irão restringir a velocidade de troca de informações entre a placa nova e o restante do computador.
Processador é melhor para quem?
Os
Por conta disso, optamos pelo Ryzen 5 2600 – note a ausência da letra “G”, sinalizando a ausência de processamento gráfico integrado no modelo.
Vantagens
O processador Ryzen sem gráficos integrados pode ser uma escolha melhor para o usuário que está em processo de upgrade e já possui uma placa de vídeo em mãos. Outra possibilidade são aqueles que preferem gastar mais para atingir um nível de desempenho e fidelidade gráfica que são inalcançáveis pelas APUs: ao usar um processador mais robusto, com mais vias PCIe e uma placa dedicada melhor, o usuário pode se habilitar a rodar games em resoluções bem mais altas e a níveis de qualidade superiores. Além disso, o uso de uma placa gráfica específica abre espaço para aplicações de realidade virtual – a depender, claro, do quanto você pode investir.
Desvantagens
O primeiro ponto importante a considerar na eventualidade de investir num processador AMD sem gráficos integrados é o custo: em geral, chips desse tipo são mais caros (há modelos de Ryzen sem GPU da geração anterior, ou da linha Ryzen 3, a preços mais em conta, mas aí você abre mão de alguma performance).
Além disso, será necessário por a mão no bolso e ir atrás de uma placa de vídeo. Uma Radeon RX 560 – placa de entrada da AMD para eSports e com performance superior ao que a GPU presente no Ryzen 5 2400G entrega – não sai por menos de R$ 550 no momento. Considerando ainda o investimento de R$ 900 num Ryzen 5 2600, e o valor final do combo bate R$ 1.450. Se você preferir uma placa um pouco melhor, como a GTX 1050 da Nvidia, o total sobe para algo na faixa dos R$ 1.600.
Conclusão
Não há uma receita que agrade a todos, mas há perfis que encaixam melhor em cada uma das alternativas. Se seu interesse em jogos é mais passageiro e casual, e o computador servirá para uso doméstico, a APU irá dar conta do recado e não vai decepcionar. Além disso, a APU da AMD é uma boa escolha também para os chamados HTPCs, computadores dedicados a entretenimento, em geral ligados a televisores e destinados a reprodução de vídeo e áudio via streaming.
Pensar num processador dedicado é mais interessante para quem prefere mais desempenho, mas está ciente de que os gastos serão maiores. Um processador Ryzen intermediário, como é o caso do Ryzen 5 2600 que usamos na nossa comparação de preços, combinado a uma placa gráfica que garanta performance superior ao que é possível na melhor APU da atualidade – o Ryzen 5 2400G – irá gerar um custo bem maior.
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