A Kaspersky lançou uma nova ferramenta para combater trapaças em jogos online e torneios de esports. O programa, batizado de Kaspersky Anti-Cheat, está em fase beta e dá suporte em tempo real ao monitorar o uso de cheats em campeonatos de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e PlayerUnknown's Battlegrounds (PUBG). O lançamento oficial do software aconteceu no StarLadder Berlin Major 2019, campeonato de CS:GO disputado entre os dias 23 de agosto e 8 de setembro em Berlim, na Alemanha, que consagrou a Astralis campeã.

Apesar de focar em torneios, o Kaspersky Anti-Cheat também promete ser útil para desenvolvedores de jogos que buscam uma forma de manter a integridade de partidas casuais. O seu funcionamento é simples: o programa deve ser instalado no PC dos jogadores para coletar todas as atividades dentro do game e, depois, o Anti-Cheat envia os dados para um sistema de armazenamento em nuvem. Os relatórios são mandados em tempo real para uma interface web onde desenvolvedores, juízes e/ou organizadores de torneios podem monitorar as atividades dos players.

No momento, o Kaspersky Anti-Cheat está disponível apenas para PCs. O suporte inclui outros jogos além de PUBG e CS:GO, mas os títulos não foram divulgados pela empresa. Diferente do Valve Anti-Cheat (VAC) e do BattlEye, a Kaspersky Anti-Cheat não bane os trapaceiros automaticamente. Caso seja detectado o uso de cheat, um alerta vermelho será emitido na interface web. Caberá então aos desenvolvedores de jogos, organizadores e juízes de um torneio, decidirem a melhor forma de punir os trapaceiros. No competitivo, a ferramenta vem para inibir o avanço de cheaters em qualificatórias ou torneios, a exemplo do ocorrido com Jonathan ‘JonnyK’ Kosmala. O jogador de Fortnite foi banido do mundial após ser pego trapaceando.

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Hacks e cheats em jogos

Segundo dados da empresa de segurança virtual Irdeto, um em cada três jogadores trapaceia em games online. A pesquisa, divulgada em 2018, entrevistou 9,436 mil pessoas em seis países diferentes, e 3% dessa amostra admitiram usar programas de terceiros para trapacear. Já 9% confirmaram que trapaceiam "com frequência", e 13% disseram utilizar cheats "às vezes". Apenas 12% dos entrevistados disseram nunca terem utilizado programas para "roubar" em jogos online.

Por outro outro lado, 60% dos entrevistados disseram sentir que sua experiência

... de jogo foi prejudicada por algum trapaceiro. Já a grande maioria, 77%, disse que pararia de jogar um game em específico se outros players trapaceassem. A maioria dos jogadores deseja uma solução para esses problemas, mas não gostaria que as soluções afetassem a performance de seus PCs ou causassem lag nos jogos.

Via Business Wire, PC Invasion e ZDNet



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