A TV LG OLED CX é uma das opções top de linha da marca para 2020. O modelo está disponível para comprar no Brasil em opções de 55, 65 e 77 polegadas, oferecendo imagens em 4K e recursos de otimização via Inteligência Artificial. A integração do modelo da LG também chama atenção, com três assistentes de voz integrados: Alexa, Google Assistente e ThinQ AI, próprio da marca, mas decepciona ao não trazer Chromecast embutido.
Custando a partir de R$ 5.889, de acordo com o Compare, o modelo fica na faixa de preço das QLED, da Samsung, concorrentes diretas que costumam ser mais baratas no mercado. O TechTudo testou a versão de 55 polegadas da OLED CX e traz a seguir a análise completa do televisor top de linha da LG. Vale lembrar que a TV é finalista da categoria no prêmio Melhores do Ano TechTudo 2020.
Design premium
O padrão visto em televisores OLED de outros anos se mantém, e o design é bastante parecido com o da C9, versão anterior do modelo. A tela do modelo já justifica a categoria premium, com bordas ultrafinas e espessura que chama atenção. Por outro lado, essa característica tem na base robusta e pesada um contraponto, já que os componentes não ficam igualmente distribuídas pelo corpo do produto. Na parte frontal logo abaixo da tela, uma peça de acabamento em prateador finaliza o toque premium da TV.
Na parte de trás, são boas as opções de interface para conectar consoles, conversor digital ou aparelhos de TV a cabo, por exemplo. Ao todo, são quatro HDMIs no padrão 2.1, o que já permite ao usuário aproveitar o máximo da qualidade de imagem prometida nos novos Playstation 5 (PS5) e Xbox Series X, por exemplo. Além das entradas de vídeo, o televisor vem com três portas USB e uma LAN para conexão à Internet via cabo.
Controle destoa do visual
Em relação ao controle Smart Magic, a pegada elegante da TV fica para trás, e o acessório chega com muitos botões, incluindo números, play e pause – que podem ser facilmente ignorados atualmente –, teclas direcionais, entre outros comandos até certo ponto desnecessários. Há ainda opções interessantes, que levam direto aos serviços de streaming Netflix e Amazon Prime Video, que também ativa a Alexa quando pressionado por mais tempo.
Um diferencial do dispositivo é sua flexibilidade, já que pode ser usado por meio de um ponteiro na tela, como uma espécie de mouse, ou de maneira tradicional, mas ainda assim, sem precisar apontar o dispositivo diretamente para a TV. Para quem não está acostumado, a "setinha" incomoda um pouco no início, mas com o tempo o usuário pega o jeito e fica com uma facilidade a mais na hora de escrever, por exemplo.
Tela elegante e imagens de cinema
As imagens exibidas no display da OLED CX trazem um 4K de qualidade, que justifica o patamar acima de televisores intermediários no mercado. Em relação às cores, o painel OLED garante uma exibição fiel à realidade, entregando um bom desempenho. Com as bordas ultrafinas, o display passa a sensação de "tela infinita", reforçando a pegada premium do aparelho. Essas duas características são possíveis por conta do painel OLED, formado por pequenos LEDs de iluminação própria.
Segundo a LG, são cerca de 8,3 milhões de pixels no modelo, o que justifica a ótima exibição dos diferentes detalhes da cena. Além disso, em trechos de filmes ou séries que se passam em ambientes escuros, por exemplo, é possível perceber que os pretos exibidos na tela passam bastante profundidade, e não ficam chapados como acontece em algumas TVs 4K de entrada ou intermediárias.
Vale ressaltar que nem sempre vai ser possível perceber isso
Recursos de imagem...
Falar da imagem da OLED CX sem citar seus recursos pode ser um pouco complicado, já que os mesmos fazem a diferença. Com o Filmmaker Mode, por exemplo, o televisor permite assistir às imagens com aspectos pensados desde a produção, ou seja, mantendo a ideia original por trás de filmes e séries. Há ainda um Modo de Efeito HDR, que utiliza a tecnologia para valorizar os brilhos e sombras em conteúdos compatíveis.
Mas o diferencial da TV premium da LG é o uso de Inteligência Artificial para otimizar a experiência na frente da tela. O aparelho vem equipado com processador alpha 9 de terceira geração, que traz melhorias relacionadas a IA e deeplearning. A fabricante também fala na tecnologia Dolby Vision IQ, que facilita o uso desses aprendizados relacionados ao ambiente para melhorar o que é exibido no painel.
Segundo a marca, o modelo pode mexer em níveis de brilho e cor de acordo com três pontos principais. Levando em conta o que está em cena, o televisor pode deixar textos mais claros e reforçar o destaque em rostos, e o tipo de conteúdo também é um fator que leva à otimização das imagens.
Dessa forma, um jogo é reconhecido como tal pelo sistema e os frames aparecem na tela com melhorias em diferentes aspectos. Por último, a TV consegue ajustar a exibição de acordo com o ambiente (AI Brightness), entendendo se a iluminação está forte ou fraca para regular o brilho, por exemplo.
...e de som
A TV da LG vem com um sistema de som de 2.2 canais, entregando bons resultados ao reproduzir músicas ou o áudio de filmes e séries. Também estão presentes diferentes Modos disponíveis, que podem ser escolhidos manualmente pelo usuário. Um deles, o Som IA Pro, também analisa o ambiente para ajustar a reprodução de acordo com o local onde o televisor está instalado.
Além da ativação do modo Som IA Pro, é importante configurar o AI Acoustic Tunning para ter melhores resultados. A opção fica disponível no menu de configurações gerais, e vai analisar a forma com que o som é reproduzido na TV e como a acústica do ambiente faz esse áudio retornar ao televisor. Apesar de ser um procedimento bastante rápido, não fica tão evidente e pode passar batido para usuários menos exigentes.
A OLED CX tem ainda tecnologia Dolby Atmos e som surround para uma experiência mais imersiva. Assim como o Som IA Pro, ambos podem ser ligados ou desligados pelo usuário a qualquer momento.
Aqui, também vale falar sobre a conectividade Bluetooth, que permite criar um som estéreo de forma bastante simples: basta ter uma caixa de som sem fio por perto. Dessa forma, é possível manter o áudio a partir dos 40 Watts RMS de saída oferecidos pela TV LG e agregar mais potência ao som a ser reproduzido.
Outras funcionalidades
As funcionalidades de imagem e som dividem espaço no televisor com os serviços de casa conectada e assistentes de voz no modelo. Trazendo ThinQ AI, próprio da marca, Google Assistente e Alexa, a OLED CX facilita a integração com outros aparelhos IoT espalhados pelo ambiente.
Caso o usuário tenha dispositivos inteligentes da LG além da TV em si, será possível controlá-los por meio de um painel de controle exibido no display. E, tendo um serviço como Alexa ou Google Home para unificar os dispositivos por fora, será possível ter no televisor um assistente virtual, seja com a Inteligência Artificial do Google ou da Amazon. O caminho inverso também vale, e é possível controlar o televisor por uma caixinha inteligente de uma das plataformas.
A possibilidade também vale para sugestões do que assistir, busca de conteúdos dentro da própria TV, perguntas relacionadas a calendários, clima, curiosidades, entre outros exemplos. Dessa forma, o modelo pode ser usado como uma espécie de caixa de som inteligente com mais de um assistente de voz.
Sistema operacional
O webOS que equipa o televisor mantém o padrão do software já utilizado pela LG há algum tempo. Com proposta intuitiva – e facilitada pelo ponteiro do controle Smart Magic –, a plataforma permite transitar com boa fluidez entre os diferentes aplicativos, com os principais serviços aparecendo na parte de baixo da tela ao clicar no botão "Home". Os apps de streaming mais conhecidos do mercado estão presentes, como Netflix, Globoplay, Amazon Prime Video, Apple TV+, entre outros.
Uma baixa importante é o Facebook Watch, o que desagradou ainda mais pela ausência de Chromecast embutido, que facilitaria a exibição do conteúdo diretamente do celular Android na tela grande – a não ser que seu smartphone seja da fabricante sul-coreana. Há opções de conexão, mas pouco intuitivas e de difícil acesso para usuários menos experientes.
Vale ressaltar que, com um iPhone ou iPad, o usuário pode recorrer ao AirPlay 2.0 para assistir a filmes e séries de maneira mais prática e sem precisar do controle remoto.
Há ainda uma série de canais online via LG Channels, que trazem conteúdos de culinária, esportes, cinema, entre outros assuntos. Infelizmente, até onde foi possível testar, todas as opções são em Inglês, o que deixa a função em segundo plano para usuários brasileiros.
Desempenho para jogar
A LG prometeu dar uma atenção especial aos usuários gamer em suas TVs OLED 2020. Segundo a fabricante, a CX é o primeiro televisor do mercado a trazer o G-Sync integrado, recurso da Nvidia que equilibra processamento e exibição de imagens desde a placa de vídeo até a tela em si. Dessa forma, usuários gamer que jogam em PCs com placas da fabricante podem aproveitar a tela maior para rodar os títulos sem riscos de engasgos, por exemplo.
Além do G-Sync, a marca garante que a TV chega com a função equivalente, o FreeSync, que deve ser interessante para quem prefere jogar em consoles, por exemplo, já que a próxima geração chega com GPUs da AMD.
Durante nossos testes, o televisor teve bom desempenho para exibir imagens a partir de um Playstation 4 (PS4). O tempo de resposta não atrapalhou a jogatina em momento algum, e nenhum engasgo foi percebido. Também vale ressaltar o modo Jogos, que otimiza a reprodução para conteúdos do tipo, entregando cores mais vivas e brilho suficiente para enxergar bem mesmo em cenas muito escuras.
Conclusão
A OLED CX é uma top de linha não só da LG, mas dentre os modelos à venda no Brasil. Apesar de concorrer diretamente com as QLED 4K da Samsung, a fabricante fala em maior qualidade de imagem no painel, e a tela do produto de fato entrega cores fiéis à realidade e pretos profundos, por exemplo. Apesar disso, comparar os dois tipos de display pode não ser a forma ideal de avaliar se vale a pena ou não comprar o modelo, e sim seus recursos extras.
Com o Filmmaker Mode, pode exemplo, é possível assistir a filmes e séries com seus aspectos originais, enquanto a presença de G-Sync e FreeSync garantem uma boa jogatina no televisor. Além disso, a qualidade de som se ajusta aos diferentes ambientes, sempre via Inteligência Artificial. Também é possível aliar a reprodução de áudio a uma caixinha Bluetooth, por exemplo, criando um som estéreo de forma mais simples.
As vantagens vistas nas funcionalidades também dividem espaço com algumas decepções, como a falta de Chromecast integrado – apesar do AirPlay 2.0 facilitando a vida de quem tem um iPad ou iPhone – e a loja de aplicativos, relativamente limitada. Outro ponto que precisa ser avaliado de acordo com o gosto do usuário é o controle remoto, bem mais complexo que o acessório que acompanha as TVs top de linha da principal rival, por exemplo.
Já conhece as opções de LG e Samsung para comprar em 2020? Veja as tops de linha:
Ainda assim, é importante considerar o preço, que começa em R$ 5.889, de acordo com o Compare. O valor não é baixo, mas também não chega a ser um exagero, dadas as características do televisor. Ainda assim, fica acima de rivais diretas como as QLED Q70T e Q80T, ambas da linha 2020 de TVs Samsung e saindo a R$ 3.894 e R$ 5.199, respectivamente, ambas com 55 polegadas.
Um diferencial dessas frente à CX, por exemplo, é o Chromecast integrado, que facilita a experiência de usuários Android, mas sem deixar de lado o AirPlay 2.0 para quem tem um iPhone. Apesar disso, os modelos não vêm com tecnologia G-Sync e também não oferecem Google Assistente integrado – o que, de acordo com a Samsung, deve acontecer até o final de 2020. Mas, ainda assim, a qualidade de imagem superior da OLED, mesmo que nos detalhes, chama atenção, e pode ser determinante na hora de escolher sua nova smart TV 4K.
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