Na última década, uma série de sites e redes sociais apareceram e foram "abandonados" pelas fabricantes. Alguns deles, como MSN, Orkut e MegaUpload, foram tão populares que pareciam que jamais "morreriam". Outros, como o Google+, não conquistaram uma grande audiência e o anúncio de encerramento das atividades acabou não surpreendendo muito. A seguir, relembre oito sites e redes sociais que deixaram de existir nos últimos dez anos.
O TechTudo comemora 10 anos em dezembro de 2020! Desde o seu surgimento, em 2010, o site vem descomplicando a tecnologia para você e assim se consolidou como o maior portal de technology news do Brasil, segundo a Comscore. Para comemorar a data, o site lança uma série especial para relembrarmos como a tecnologia evoluiu nesse tempo. E conte com o TT para descobrirmos juntos o que nos aguarda pelos próximos anos!
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1. Orkut (2014)
Quando o assunto é o fim de uma rede social, o primeiro nome que vem à mente dos brasileiros é Orkut. Usuários nacionais representavam metade dos adeptos à plataforma do Google, que foi encerrada em 30 de setembro de 2014. Na época, o fim do site causou comoção e protestos na Internet. Um dos aspectos que mais deixou saudades são as comunidades. Algumas foram tão populares que são lembradas até hoje, como "Eu odeio acordar cedo", "Eu adoro morder e chupar gelo", "Sou legal, não estou te dando mole" ou "Tocava a campainha e corria".
O Orkut foi criado em 2004 e batizado em homenagem ao seu criador, o engenheiro Orkut Büyükkökten. Inicialmente, a rede era fechada e apenas quem recebesse o convite poderia participar. O mural de fotos comportava a quantidade de 12 imagens, o que na época não parecia tão pouco.
Havia também os famosos depoimentos, uma espécie de declaração de admiração que amigos faziam uns para os outros. Quem recebia o depoimento poderia aceitá-lo, tornando-o público, ou recusá-lo. Antes do chat integrado no Orkut, essa era uma maneira de ter conversas privadas com os contatos da rede, mas nem sempre a situação acabava bem. Às vezes, depoimentos com informações privadas eram aceitos indevidamente (ou não) e toda a rede de contatos poderia acessá-los.
A popularização do Facebook foi decisiva para o fim da rede do Google. Entre 2011 e 2013, o Orkut viu cair os acessos fixos no Brasil em 95%, segundo pesquisa da Experian Hitwise. Por abril de 2013, a quantidade de usuários fixos já tinha diminuído para 2%, o que indicava um fim inevitável para a querida rede social.
2. MSN (2014)
O MSN foi o mensageiro mais popular do mundo durante muito tempo. Era por ali que o bate-papo privado entre amigos realmente acontecia nos anos 2000, quando os usuários tinham a opção de fazer a tela da outra pessoa tremer para chamar sua atenção.
Se em seu início, em 1999, o chat permitia apenas trocar mensagens de texto, essa não foi a realidade ao longo da década de ouro do mensageiro da Microsoft. Pela clássica janela, os usuários podiam enviar e receber arquivos, colocar frases no status, inserir a música que estavam ouvindo ou escolher ficar invisível.
O serviço chegou a suportar chamadas de vídeo, o que foi bastante inovador, considerando as redes de conexão da época. Porém, em 2011, a Microsoft comprou o Skype e começou a priorizar a plataforma. Dois anos mais tarde, o MSN estava sendo oficialmente encerrado em todo mundo, em um processo que terminou apenas em 2014 com o fim do programa para os usuários chineses.
3. Altavista (2013)
O buscador AltaVi
Outro pioneirismo do site foi o de conseguir aliar a busca de imagens, vídeos e áudio aos conteúdos textuais. Usando o BabelFish, o mecanismo ainda esteve na vanguarda de traduzir sites inteiros nos idiomas inglês, espanhol, português, francês, alemão, italiano e russo. O serviço também oferecia a operação inversa, traduzindo páginas em português para outras línguas.
Em 2003, o Altavista foi vendido para a Overture, que, por sua vez, foi comprada pelo Yahoo!, passando a usar o mesmo sistema de buscas. Ele foi encerrado em 2013, em consequência da ascensão e domínio do Google.
4. Google+ (2019)
Sem nunca ter sido exatamente popular, O Google+ foi encerrado sem comoção em abril de 2019. O motivo foi justamente esse: o baixo interesse na plataforma, aliado ao alto custo para mantê-la. As razões para o Google Plus nunca ter engrenado foram muitas. Em primeiro lugar, ele foi lançado em 2011 para competir com o Facebook, sem, no entanto, oferecer vantagens inovadoras. Além disso, interface e conceitos pouco intuitivos, como os "círculos", fizeram que os adeptos da rede de Mark Zuckerberg continuassem onde já estavam acostumados.
O Google+ ainda foi alvo de dois vazamentos de dados, o que afetou cerca de 500,5 milhões de contas. Em ambos os casos, falhas nas Interfaces de Programa de Aplicação (APIs) permitiram que aplicativos conectados acessassem informações restritas de usuários, como nome, e-mail, idade e profissão. Os casos aceleraram o fim da rede social, que havia sido anunciado para agosto do ano passado, mas ocorreu quatro meses antes.
5. Fotolog (2019)
Antes do Instagram, do Facebook e mesmo do Orkut, as pessoas compartilhavam fotos por meio do Fotolog. Porém, diferentemente de hoje em dia, o volume de postagens era limitado e bem menor. O serviço foi criado em 2002 e permitia apenas uma publicação por dia em seu plano gratuito, enquanto era possível postar seis fotos diariamente no plano pago, chamado de Gold.
Foi assim do início até o fim, que aconteceu duas vezes. O primeiro encerramento aconteceu em 2016, quando o Fotolog saiu do ar sem aviso prévio ou explicação, tanto na versão web quanto nos apps para Android e iPhone. Ele voltou no mês seguinte, mas apenas por período limitado, para que os antigos usuários salvassem suas fotos.
Apostando no saudosismo, o portal voltou em 2018 de cara nova, com app para Android e a pretensão de concorrer diretamente com o Instagram. "Queremos acabar com o excesso de publicações que pressiona a busca pela validação de outros e, em vez disso, queremos ajudar na apreciação de cada momento que represente o melhor (ou o pior) do seu dia", dizia o comunicado.
Em 2019, porém, ele saiu do ar pela segunda vez. E nos mesmos moldes da primeira: sem qualquer comunicado oficial. A página simplesmente parou de abrir, e o aplicativo, idem.
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6. Flogão (2019)
O brasileiro Flogão não tinha pudor em mostrar sua inspiração no Fotolog. Com o slogan "O Fotolog do seu jeito", o serviço até deixou de existir oficialmente no mesmo ano em que rival americano, em 2019. Diferentemente daquele, contudo, o site nacional avisou com antecedência do seu término e permitiu que os usuários baixassem as fotos.
Ao todo, foram 15 anos online. Nos tempos áureos, o Flogão chegou a ter 25 milhões de acessos por mês. Já próximo do fim, porém, o portal abrigava sobretudo perfis de caminhoneiros, admiradores de ônibus e jogadores do RPG Tibia.
7. MegaUpload (2012)
O Megaupload chegou a ser o maior site de compartilhamento de arquivos do mundo. Em seu período de maior atividade, o portal recebia cerca de 50 milhões visitas diárias, o que, na época, representava 4% de todo o tráfego da Internet.
Não é preciso mencionar que, por lá, circulava conteúdos legais e ilegais, sobretudo no que dizia respeito a direitos autorais. Por conta disso, o site foi encerrado em 2012 pelo governo americano. Seu fundador, Kim Dotcom, foi preso sob a acusação de lavagem de dinheiro e violação de direitos autorais.
Quando desativado, o portal tinha nada menos que 25 petabytes de dados. Um ano depois, o MegaUpload ressurgiu como o serviço de armazenamento na nuvem Mega, que criptografa os arquivos antes do upload, dificultando rastreamento por parte das autoridades.
8. Vine (2016)
O Vine teve uma vida relativamente breve. A rede social de vídeos curtos foi lançada em 2013 e encerrada apenas três anos depois, em 2016. No entanto, o término não significou o desaparecimento da rede, mas sim o fim da forma com que o usuário se relaciona com o serviço. O Twitter anunciou sua transformação para um editor de vídeos para celular, o Vine Camera, com versões para iPhone e Android.
Assim, a plataforma perdeu funções como seguir e ser seguido, fazer comentários e visualizar um feed próprio. Os usuários tiveram até 2017 para fazer o backup dos vídeos. O site chegou a ficar online por um tempo exibindo perfis, mas depois foi arquivado.
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