Muitas pessoas passam pela experiência de ficar sem bateria no celular em momentos importantes e, nem sempre, é possível ter um power bank por perto. Para isso, existem algumas dicas que ajudam o usuário a carregar o celular mais rapidamente, mesmo que o aparelho não seja compatível com a recarga rápida. Independentemente do modelo ou da marca, é possível abastecer a carga do celular com mais agilidade, o que pode salvar o consumidor em situações urgentes.

1. Usar o carregador original

Não há problema em usar outras fontes e carregadores no celular, desde que sejam originais. Contudo, para que o aparelho tenha uma melhor performance na hora de carregar, o ideal é usar o carregador original.

Isso porque o cabo foi desenvolvido e testado para atender cada especificação daquele aparelho. Ou seja, ele está perfeitamente adaptado para oferecer a melhor recarga para o telefone. Usar outros cabos pode tornar a recarga um pouco mais lenta.

Outra dica importante é manter os componentes do carregador protegidos. Com o tempo, cabos e fontes podem se corroer e desgastar, o que também torna o carregamento mais demorado.

2. Carregar na tomada

Carregar o celular no computador demora muito mais do que carregá-lo do jeito tradicional, plugando na tomada. Isso acontece porque a saída USB no PC tem, em média, 0,5 ampere. Na tomada, essa corrente fica em torno de 1 a 2 amperes, dependendo do modelo do carregador.

Conectar o aparelho diretamente na tomada faz com que a taxa de transferência de energia seja maior, diminuindo o tempo de carregamento. Para se ter uma ideia, o processo pode levar menos da metade do tempo quando comparado com o USB do computador.

Caso o usuário dependa do carregador do notebook, é possível comprar um adaptador com dois conectores USB, o que permite carregar um único dispositivo usando a energia de duas portas. Contudo, usar o carregador original da fabricante diretamente na tomada é sempre a melhor opção.

No caso da Apple, os modelos mais recentes de Macbook ou iMac reconhecem automaticamente quando um iPhone é plugado e aumentam a corrente para acelerar o carregamento.

3. Usar o carregador rápido

Atualmente, muitos smartphones já saem de fábrica com compatibilidade com recarga rápida. A bateria desses aparelhos é adaptada para ser carregada rapidamente, mediante uma grande quantidade de energia.

O tempo de carregamento por meio desse sistema depende do número de watts do carregador. Alguns componentes conseguem levar o aparelho de 0 a 50% em apenas 15 minutos. Contudo, não basta simplesmente acrescentar ampères à vontade no aparelho, já que isso poderia “fritar” a bateria e os componentes internos.

Por esse motivo, o processador do smartphone informa ao carregador a potência exata que deve ser usada, de acordo com a porcentagem atual de bateria. No decorrer do carregamento, esse valor é diminuído gradativamente, ou seja, é comum que a velocidade caia nos minutos finais. Isso acontece para manter o aparelho em uma temperatura segura. Dizer que o carregador tem 18W de potência, por exemplo, não quer dizer que o carregamento se manterá em 18W durante todo o tempo.

É importante não deixá-lo em superfícies como da cama ou sob sol. Também se deve evitar situações que possam superaquecê-lo, como usar o aparelho durante a recarga ou mantê-lo com capa.

Quase todas as fabricantes possuem a própria versão do carregador rápido. A maioria é inspirada na tecnologia Quick Charge, da Qualcomm, acrescida de detalhes e especificações próprias. É importante observar a capacidade do processador do celular antes de usar um carregador rápido, para não superaquecer a bateria.

O modelo da Qualcomm, at

... ualmente na versão 4.0, de 18W, é um dos mais usados por marcas como Asus, Sony, ZTE, Nokia e LG. Atualmente, a fabricante está trabalhando na versão 5.0, que deve chegar com 100W e capacidade para abastecer o aparelho em 15 minutos.

A Apple também implantou o carregamento rápido a partir do iPhone 8 com base na tecnologia USB Power Delivery, que promete carregamento de 0 a 50% em 30 minutos. Contudo, é preciso adquirir o carregador de 18W separadamente.

A Motorola traz na caixa o Turbo Power de 15W ou 18W, uma versão adaptada do Quick Charge. Já a Samsung suporta o Samsung Adaptive Fast e o Qualcomm Quick Charge de 15W. Contudo, as versões mais recentes de smartphones da fabricante suportam carregadores mais potentes, como a linha Galaxy S21, que vem com carregador de 25W. A fabricante ainda informa que, caso a temperatura do aparelho ou ambiente aumentem, a velocidade de carregamento será diminuída.

A Huawei tem sua própria versão de carregador rápido, o Super Charge. Com 60W, a fabricante promete carregar 3.000 mAh em menos de 40 minutos. O sistema está disponível apenas para modelos mais recentes da Huawei, que também é compatível com a tecnologia Quick Charge. Recentemente, a empresa certificou um carregador de 135W de potência na China, o que a igualaria a fabricantes como Oppo (125W) e Xiaomi (120W). Esses modelos, contudo, ainda não estão disponíveis no Brasil.

4. Colocar em modo avião

Grande parte do gasto de energia de um smartphone vem das conexões Wi-Fi 3G/4G. Mesmo quando o usuário não está navegando na internet, o celular pode aproveitar o tempo ocioso para baixar novas atualizações de aplicativos, receber notificações ou fazer backup de dados na nuvem, gastando ainda mais energia.

Por esse motivo, é importante ativar o Modo Avião do aparelho enquanto ele carrega. Dessa forma, todas as conexões do aparelho serão desligadas, como Bluetooth, rádio, Wi-Fi e rede móvel, permitindo que o aparelho seja carregado com mais rapidez.

Durante o período em que a função estiver habilitada, não será possível fazer ou receber chamadas ou mensagens de texto, usar internet ou GPS. Para habilitar a função no Android ou no iOS, basta arrastar o dedo do topo da tela para baixo e tocar no ícone do avião.

5. Desligar o aparelho

A tela é uma das principais vilãs quando o assunto é bateria. Mesmo com o brilho configurado para emitir o mínimo de luz possível, o display ligado faz com que o aparelho consuma muita energia e carregue mais lentamente.

Se possível, o ideal é desligar o celular durante o carregamento. Isso fará com que toda a energia recebida seja acumulada na bateria, sem nenhum tipo de dispersão para a tela ou funções secundárias.

Mesmo que o usuário fique impedido de usar o telefone por algum tempo, sem acesso a mensagens de texto, chamadas, músicas ou jogos, essa alternativa é uma boa opção para quem precisa do máximo de energia no menor tempo possível.

6. Não usar o aparelho enquanto estiver carregando

Caso não seja possível desligar completamente o aparelho, é importante evitar seu uso durante o carregamento. A principal dica é fechar todos os programas em segundo plano e evitar acender o display durante o processo.

Pode não parecer, mas evitar o uso do aparelho pode render uns minutos a menos de carregamento. Conforme mencionado anteriormente, a tela é um dos principais elementos no consumo de bateria.

7. Manter o smartphone resfriado

Em geral, os smartphones tendem a funcionar melhor e com mais eficiência quando estão em locais com temperaturas amenas. Em contato com o calor excessivo, o aparelho pode superaquecer e danificar os componentes internos, inclusive a bateria.

Por isso, é importante manter o telefone longe da luz solar ou de qualquer fonte de energia que possa superaquecê-lo durante o carregamento. As capinhas de celular, por exemplo, podem gerar excesso de calor no aparelho, o que pode afetar a capacidade da bateria.

8. Limpar a porta de entrada do carregador

Às vezes, uma recarga lenta pode não ser culpa da bateria ou do carregador. Com o tempo, fiapos e poeira podem se acumular na porta de entrada do cabo, prejudicando o carregamento mais rápido e eficaz.

Por isso, é importante manter sempre essa porta limpa. Especialistas recomendam usar um palito de dentes, de madeira ou plástico, para remover a sujeira. Usar objetos metálicos, como agulhas, pode danificar o aparelho. A Apple ainda recomenda evitar materiais de limpeza e produtos abrasivos.

9. Evitar o carregamento sem fio

O carregamento sem fio funciona por bobinas de indução, gerando um campo magnético que abastece a bateria do celular. Esse sistema acaba sendo mais lento que o comum e exige que o celular esteja próximo à base.

Contudo, para momentos em que o usuário não está perto de uma tomada ou fonte de energia, o método pode “quebrar um galho”. Apple, Motorola e Samsung, por exemplo, possuem alguns modelos de capinhas que carregam o celular, o que pode salvar o usuário em alguns momentos.

Com informações de Apple, CNET, GSM Arena, Motorola, Reader's Digest, Samsung e Whistle Out



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