Um malware revelado nesta semana já afetou mais 30 mil Macs em vários países. Chamada de Silver Sparrow, a ameaça é criada especificamente para o processador M1, fabricado pela própria Apple e que está presente apenas nos MacBooks e Mac Mini mais recentes da marca. A novidade indica que hackers já estão se preparando para atacar usuários de macOS ainda no início da transição dos chips Intel para o padrão Apple Silicon.
Segundo pesquisadores da empresa de segurança Red Canary, que descobriram a ameaça, o novo malware não oferece perigo real para os consumidores até o momento, mas precisaria ser contido para evitar riscos no futuro. Máquinas afetadas foram identificadas em 153 países, com a maioria dos casos concentrados em Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França e Alemanha. Macs com chip M1 já estão à venda no Brasil.
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Avisada sobre a possível ameaça, a Apple diz já ter removido o certificado de desenvolvedor utilizado pelos criadores do malware. Dessa forma, o arquivo malicioso em tese não poderia mais infectar novos computadores nem funcionar em aparelhos já afetados. Do ponto de vista do usuário, a recomendação é utilizar um antivírus para prevenir contra possíveis novas infecções.
A empresa que revelou o caso diz que o malware deve ter surgido ainda em 2020. Ele apresenta um comportamento diferente dos adwares que normalmente infectam Macs. O Silver Sparrow envia comandos suspeitos e consulta um servidor externo não identificado, porém não chega a baixar conteúdo malicioso que apresente risco aos dados do usuário. Além disso, os especialistas apontam que o malware conta com um sistema de autodestruição integrado. No entanto, por ora, não se sabe qual seria o gatilho para fazer o mecanismo entrar em ação.
Apesar de não representar ameaça imediata, os especialistas alertam que não seria possível prever quando o malware poderia instalar um pacote perigoso em um computador infectado. Além disso, a própria existência de uma ameaça sofisticada feita para rodar em Macs com hardware renovado demonstra o ânimo de hackers para futuros ataques à plataforma.
O malware feito para o M1, vale lembrar, é apenas compatível com o chip e não explora eventuais vulnerabilidades. No entanto, este já é o segundo malware compilado para o novo hardware — ambos foram descobertos em fevereiro de 2021. Ainda de acordo com os especialistas, é provável que as duas ameaças sejam compatíveis tamb�
Com informações de Red Canary, The Verge e MacRumors
Veja também: macOS Catalina: cinco destaques do sistema da Apple para computadores e notebooks
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