Instagram, Facebook e Uber Eats são os aplicativos populares que compartilham mais dados de usuários com terceiros para exibir anúncios personalizados. O estudo da empresa de armazenamento em nuvem pCloud é baseado nos rótulos de privacidade da Apple na App Store, função nova do iOS 14 que busca informar sobre as práticas de segurança dos serviços ao aceitar seus termos de uso. A ferramenta do iPhone também indica como essas informações pessoais são usadas pelos apps.

A análise da pCloud aponta que 52% dos aplicativos disponíveis na App Store coletam dados pessoais para divulgá-los com empresas e anunciantes. Dentre eles, o Instagram é o "campeão", compartilhando 79% dos dados. Depois da rede social de foto vem o Facebook, com um índice de repasse de 53%, seguido pelo LinkedIn e Uber Eats, ambos com 50%. As principais informações coletadas estão relacionadas a compras, localização, histórico de navegação, identificadores e dados de uso do app.

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O estudo da pCloud analisou somente as seções de "Publicidade de terceiros" e "Publicidade ou marketing para desenvolvedores" dos rótulos de privacidade da App Store para saber o que acontece com suas informações pessoais ao usar determinada plataforma. Apps podem coletar dados para melhorar seu serviço, mas essas informações também podem ser vendidas para outras empresas exibirem anúncios personalizados de acordo com suas atividades.

Por isso é comum aparecer publicidades sobre produtos de assuntos de interesse pessoal após fazer uma pesquisa no Instagram, por exemplo. A plataforma também tem a opção de não vender esses dados, e usá-los para seu próprio benefício no "marketing interno". É esse o caso de um aplicativo de delivery que monitora as atividades do usuário para poder vincular anúncios na hora mais ideal possível.

No caso do compartilhamento de dados pessoais com outras companhias, o topo do ranking é ocupado por dois aplicativos da empresa de Mark Zuckerberg: Instagram e Facebook. Outros apps que merecem destaque são o YouTube, Duolingo e eBay, que compartilham, respectivamente, 42% e 36% de informações com anunciantes.

O TikTok, tão criticado por escândalos de privacidade, aparece na 12ª posição da lista, com um repasse de 36% das informações de usuários. A plataforma chinesa coleta dados de localização, informações de contato, histórico de navegação, identificadores e dados de utilização.

De acordo com a pesquisa, 80% dos aplicativos estudados usam os dados para comercializar os próprios produtos. Essa prática pode ser usada para fazer anúncios próprios, oferecer promoções personalizadas ou repassar as informações para empresas pagantes.

O Instagram e o Facebook também lideram esse ranking, usando 86% dos dados de usuários para se beneficiar. Já os aplicativos Uber, Uber Eats, LinkedIn, Twitter, YouTube e eBay usam 50% das informações para veicular anúncios pertinentes em nome de terceiros. A Amazon aparece apenas em 22º lugar na lista, ao apurar 36% dos dados dos usuários.

A pCloud também quantificou quais aplicativos compartilham menos dados de usuários para se beneficiar ou vender as informações para terceiros. Dentre os apps menos invasivos, estão Signal, Clubhouse, Netflix, Microsoft Teams e Google Classroom.

Telegram, Skype e Zoom também integram a lista. Vale lembrar que esses aplicativos ainda coletam dados de usuários para aprimoramento da plataforma, como obter diagnóstico de erros, mas repassam uma quantidade menor de informações quando compara

... dos com os serviços no topo do ranking. A questão central da pesquisa da pCloud é mostrar como um dado cedido ao Instagram, por exemplo, pode acabar sob domínio do Facebook para exibir anúncios personalizados na rede social.

Como acessar os dados coletados por um aplicativo no iPhone?

Você pode verificar a política de privacidade de um aplicativo antes de baixá-lo na App Store. Para encontrar as informações, basta pesquisar pelo app na loja virtual da Apple, e rolar a tela para baixo até acessar os rótulos de privacidade.

O recurso é dividido em três partes: "Dados usados ​​para rastrear você", "Dados vinculados a você" e "Dados não vinculados a você". Os dados de rastreamento auxiliam a identificar o usuário em diferentes plataformas e, assim, exibir anúncios direcionados.

Com informações de pCloud, 9toMac e MacRumors

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