Malware é um termo amplo que é usado para classificar todo tipo de software malicioso usado para causar prejuízo, que pode ser até financeiro, danificar sistemas, interceptar dados ou simplesmente irritar o usuário, afetando tanto computadores como celulares e até redes inteiras.
A seguir, explicamos melhor a definição do termo, de onde ele vem, o que caracteriza um malware, a diferença que existe entre esse termo e vírus, além das melhores práticas para prevenir sustos e problemas, detectar e remover malwares dos seus sistemas.
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O que é malware?
Malware é um termo que vem da fusão de "malicious" ("malicioso", em inglês) com "software" e serve para definir qualquer tipo de aplicação cujo objetivo é causar danos ou qualquer tipo de prejuízo ao usuário: roubo de dados, interceptação de informações, sequestro de dados para resgate, bombardeio de anúncios, danos físicos ao sistema, corrupção de dados ou simplesmente irritação.
Malware, portanto, é uma definição abrangente que serve para categorizar desde aplicativos espiões, os spywares usados para monitorar seu comportamento e roubar seus dados, a ransomwares, que capturam o sistema, criptografam seus arquivos e exigem resgate para que você recupere acesso aos seus dados.
Qual é a diferença para vírus?
Há uma premissa básica para diferenciar os dois termos entre si: todo vírus de computador é um malware, mas nem todo malware é um vírus. Vírus é um termo mais antigo, nascido nos anos 1990, e que em geral define um grupo de pragas virtuais que têm alta capacidade de reprodução.
O termo vírus vem caindo em desuso porque ele é insuficiente para classificar ameaças mais recentes. Ransomwares, worms, trojans, rootkits e adwares são todos tipos novos de pragas que têm comportamentos específicos e representam problemas diversos que vão além do que se entende por vírus.
Quais são os tipos de malware?
A classificação de cada tipo de malware tem relação com a sua aplicação. Adwares — "ad" vem de anúncio, em inglês — são malwares que se instalam no sistema com um único objetivo: bombardear o usuário com anúncios publicitários.
Embora, em geral, não representem riscos maiores, esses malwares são especialmente irritantes e, em situações extremas, podem causar lentidão no sistema, seja ele seu computador ou celular, e pesar tanto para o hardware a ponto de causar aumento sensível no consumo de bateria.
Worms ("vermes", em inglês) são malwares que se propagam por ataques do tipo phishing e vulnerabilidades diversas de software e hardware. Uma vez instalados em um sistema, eles têm a possibilidade de se propagar por uma rede com potencial enorme para causar danos em empresas e órgãos públicos.
No geral, worms estão associados com interceptação de dados, comprometimento de redes locais e criação de portas de entrada para que hackers tenham acesso a computadores individuais, ou mesmo toda uma rede.
Se um worm é uma porta de entrada, um vírus é o malware que chega por ela: vírus podem ser compreendidos como componentes de um ataque capazes de provocar os danos em si: roubar dados, multiplicar-se na rede e evitar detecção.
Já bots, ou botnets, são a definição dada a um sistema, ou rede de computadores, infectada por um worm, ou outro tipo de malware, dando a um hacker a habilidade de controlar esse hospedeiro: com isso, é possível que um invasor capture o que o usuário digita na máquina ou use o potencial dessa máquina ou rede para criar ataques DDoS.
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Já ransomwares são malwares que sequestram os dados do computador na busca de resgate, enquanto que os spywares são usados para coletar dados e monitorar o uso de um sistema sem que o usuário tenha conhecimento disso. Mais recentes, os stalkerwares são malwares que monitoram tudo que você faz no PC ou no celular e geram relatórios para algum parente ou parceiro ciumento ter controle sobre sua vida digital.
Como detectar malware?
A detecção de qualquer tipo de malware depende, sobretudo, de um software específico: o chamado "antivírus". Mesmo as opções gratuitas mais simples terão mecanismos de monitoramento em tempo real que são capazes de identificar traços de malwares assim que eles tentam se instalar no seu sistema. A ideia é usar esse monitoramento em tempo real para impedir que qualquer tipo de ameaça se instale no seu computador e provoque dores de cabeça no futuro.
Outra forma de detectar um malware é pela verificação criteriosa de arquivos e pastas no seu computador. Nesse cenário, o usuário dispara a solicitação para que o antivírus vasculhe todo o conteúdo do sistema em busca de qualquer tipo de malware. Assim como a proteção em tempo real, esse tipo de funcionalidade é muito comum em antivírus — mesmo os gratuitos e mais simples.
Usando como exemplo o Windows Defender, que é o antivírus gratuito oficial do Windows 10, você pode ter fácil acesso aos dois recursos: enquanto a proteção em tempo real fica acionada sem que você precise se preocupar com ela, a verificação de ameaças é facilmente acessível na tela principal do app. O mesmo princípio deve valer para qualquer antivírus que você utilize.
Como remover malware?
Malwares podem ser pragas sofisticadas cujo processo de remoção não é simples: é por isso que o ideal é usar o antivírus. Assim que detectar algo suspeito, o aplicativo classifica o tipo de malware e aplica medidas de contenção, remoção e segurança para impedir danos e permitir a remoção da praga do computador. Essa é a abordagem mais indicada para todos os usuários: use o antivírus e confie nas soluções que ele apresentar.
Caso o antivírus não baste para recuperar o seu sistema e você notar que traços do malware persistem, mesmo depois da ação do Windows Defender, McAfee, Avast ou qualquer que seja seu antivírus, você pode ainda recorrer a medidas mais drásticas: a primeira delas é reverter o seu computador a um ponto de restauração de sistema que anteceda a infecção pelo vírus.
Por fim, uma outra medida é simplesmente restaurar o PC pelas ferramentas de reinicialização do Windows. Na prática, você estará formatando o computador, então é importante garantir backups dos seus dados e ter cuidado para não fazer backup de arquivos infectados.
O melhor é sempre prevenir
Antivírus de qualidade são softwares avançados e com grande capacidade de livrar você de muita irritação, mas não há saída: a melhor forma de evitar dor de cabeça com qualquer tipo de malware é sempre a prevenção.
Prevenção significa tomar medidas de segurança e de uso racional dos seus dispositivos: evite conectar pen drives de origem duvidosa no seu computador, não instale apps desconhecidos e sempre fique de pé atrás com sites com notificações suspeitas, enxurrada de anúncios e pop-ups, além de requisições estranhas para que você confirme algo na tela.
Veja também: Como remover vírus em um celular Android
O mesmo vale para downloads: as vezes a tentação de se obter algo sem pagar nada é grande demais e você acaba com um prejuízo enorme. Procure conteúdo em sites e lojas legítimas: isso também vale para celulares, especialmente Android, em que muitos acabam liberando a instalação de apps de fontes externas como porta de entrada para adwares e malwares mais graves.
Fique também esperto com mensagens suspeitas em redes sociais, mensageiros e e-mails: ataques de engenharia social e phishing são sofisticados e podem facilmente iludir você com conteúdo e mensagem que parece ter partido de algum parente ou amigo, induzindo à instalação de algo ou o compartilhamento de informações pessoais e até bancárias.
De resto, lembre-se de sempre manter seus apps, antivírus e sistemas operacionais atualizados para as últimas versões disponíveis. Na maior parte dos casos, os updates chegam acompanhados de correções importantes de segurança.
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