Christopher "GeT_RiGhT" Alesund é um dos jogadores de Counter-Strike e Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) mais vitoriosos de todos os tempos. O ex-pro player, hoje com 30 anos de idade, entrou para o cenário competitivo em 2007. De lá para cá, GeT_RiGhT teve inúmeras conquistas, inclusive de Majors, e tornou-se uma verdadeira lenda ao jogar por equipes como a Ninjas In Pyjamas (NiP). O TechTudo conversou com GeT_RiGhT, que fez críticas e sugestões ao cenário atual do CS:GO, comentou o sucesso do Valorant e falou sobre os altos e baixos da sua carreira.

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Problemas da Valve e sucesso meteórico do Valorant

Um dos maiores pro players da história do CS:GO, agora GeT_RiGhT é "apenas" streamer. Desde meados de 2020, o sueco passou a ser influenciador da Dignitas e hoje também é embaixador do site VIE.bet. Apesar de aposentado do competitivo, ele continua sendo uma das maiores referências quando o assunto são jogos de tiro.

Nas suas streams, GeT_RiGhT também tem se aventurado em outros títulos de sucesso no mundo dos esports. Um deles é Valorant, game que foi lançado em 2020 e tem conquistado seu público rapidamente. Apesar da migração de atletas do CS:GO para o Valorant, GeT_RiGhT acredita que o sucesso do FPS da Riot Games não anula o Counter-Strike. "Eu sei que um monte de gente que já trabalhou com o CS antes está no Valorant hoje em dia, mas eu acho que o novo jogo vai estar lado a lado com o CS:GO", destaca.


Mas a situação da Valve não é das melhores, e o Valorant é apenas um dos seus problemas. Nos últimos meses, a desenvolvedora do CS:GO foi muito criticada por sua falta de apoio ao jogo. Afinal, o que a empresa poderia fazer para melhorar o cenário? GeT_RiGhT define a questão como a "pergunta de um milhão de dólares", mas ri, não se esquiva e faz sugestões construtivas. "Eu acho que a Valve precisa atualizar a rotação dos mapas, não temos uma mudança há muito tempo". Atualmente, sete mapas estão disponíveis para as escolhas das equipes em campeonatos: Mirage, Train, Dust 2, Vertigo, Inferno, Nuke e Overpass. A última mudança nessa rotação, que marcou a saída da Cache e entrada da Vertigo, aconteceu há dois anos.

GeT_RiGhT completa as sugestões (e críticas) pedindo mais envolvimento da desenvolvedora com o game. "A cena tem visto muitos investimentos da Riot no Valorant, e um pouco mais de ajuda da Valve no CS também seria ótimo! Eu espero que isso mude quando as coisas melhorarem em relação ao Covid-19. Eu ainda acredito muito no jogo", afirma otimista.

Um menino no CS 1.6, um homem no CS:GO

Get_RiGhT começou a sua carreira profissional em 2007, ainda no Counter-Strike 1.6, aos 16 anos de idade. "No começo, sendo totalmente honesto, eu era um garoto de merda, pensava muito em mim", declara o jogador, sem "papas na língua". Na antiga geração do FPS da Valve ele começou em organizações menores, mas logo conquistou vagas em times de renome, como a Ninjas in Pyjamas (NiP), a SK Gaming e a Fnatic. "Ao longo dos anos me tornei mais calmo e compreensivo sobre muitas coisas, me tornei uma pessoa mais madura".

De fato, a maturidade do atleta foi vista nos seus resultados. Durante os três anos finais do CS 1.6, GeT_RiGhT disputou cerca de 118 campeonatos e obteve 60 vitórias (50.84% de aproveitamento). Na mudança para o CS:GO, o sueco continuou tendo um bom rendimento com vitórias nos principais campeonatos que disputou, inclusive Majors. Eu

... seu currículo, o sueco tem conquistas importantes como a ESL One: Cologne 2014 e a DreamHack Masters Malmö 2016. "Ganhar o Major é uma vitória importante, não são muitas pessoas que têm a chance de fazer isso em sua carreira, e ganhar um Major em solo nacional é uma história totalmente diferente, é incrível!", diz Christopher ao citar a DH Malmö , que foi vencida pela NiP ao bater a Na'Vi por 2-0.

Nova fase da carreira e torcida pelos brasileiros

Mas, como acontece com qualquer atleta, a carreira do sueco teve altos e baixos. "Os ganhos têm um gosto melhor, mas ver os fãs torcendo e apoiando você, mesmo depois das derrotas, é uma sensação incrível, não há nada melhor", comenta com gratidão. Para a frustração dos seus fãs, retornar a competir em definitivo parece não estar nos planos de Christopher. "Eu quero que vocês me vejam como uma pessoa que pode ouvi-los. Se você estiver tendo um dia ruim, pode entrar na minha stream e dizer 'oi, isso aqui aconteceu'. Eu vou tentar estar lá como um amigo para você. Isso é algo muito importante para mim".

O jogador tem uma base de fãs grande, inclusive no Brasil. "Getinho", como é carinhosamente chamado pelos brasileiros, faz questão de demonstrar sua torcida e simpatia pelo cenário verde e amarelo. "Todo mundo conhece a comunidade brasileira de CS e algumas pessoas que se destacam", comenta. Assim como a Suécia, o Brasil é um dos países mais vitoriosos e catedráticos do cenário competitivo do CS:GO. Não à toa, GeT_RiGh admira muito alguns pro players daqui. "Eu falo de quem eu conheci muito bem como zews, treinador da EG, que tem tido muito impacto na equipe; o dead, manager anterior da MIBR e agora na GODSENT. TACO, coldzera, FalleN, fer também são jogadores exemplares, e todos na comunidade têm um enorme respeito por eles".

GeT_RiGhT finaliza citando nomes como o de Raphael "cogu" Camargo, Alexandre "gAuLeS" Borba e Lincoln "fnx" Lau como peças importantes na sua formação como atleta. "No início da minha carreira, procurei muito jogadores como cogu, fnx e gaules. Esses nomes vinham de uma região que não tinha muitos recursos em relação aos esports e mesmo assim eles chocaram o mundo ao ganharem a ESWC", relembra ao citar a vitória da MIBR na Electronic Sports World Convention 2006.

Com informações de VIE.bet

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