O TikTok possui dois feeds nativos que oferecem conteúdos diferentes para o usuário: um mostra os vídeos das pessoas que ele segue, e outro exibe clipes que podem ser interessantes para ele, de acordo com o entendimento dos algoritmos da rede social. Entretanto, muitos usuários não entendem como o TikTok seleciona os vídeos que são exibidos nesta coluna de recomendações, chamada “Para você”, ou FYP (For You Page, em inglês). A seguir, o TechTudo explica como funciona o algoritmo do TikTok e como ele escolhe os vídeos do feed Para Você.

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Como funciona o algoritmo do TikTok?

O algoritmo do TikTok utiliza aprendizado de máquina para determinar os conteúdos com os quais o usuário poderá se envolver com mais facilidade. Para isso, ele identifica, principalmente, vídeos que são semelhantes àqueles com os quais o usuário interagiu antes. Mas esse reconhecimento começa bem antes das interações. Para identificar que tipo de vídeo seria considerado atraente para o espectador, o sistema começa a captar informações assim que ele cria o perfil na rede social.

O TikTok explica que, durante a criação da conta, cada pessoa deve classificar como interessantes ou não temas diversos, como animais de estimação e viagens. Depois disso, quando o usuário abrir o app pela primeira vez, visualizará oito vídeos populares referentes aos assuntos considerados divertidos. A partir daí, uma combinação de fatores passará a classificar os vídeos e definir o que será exibido na sequência.

Uma das principais métricas de avaliação é a interação com os vídeos. O sistema identifica como interação o ato de curtir, compartilhar ou deixar comentários nos clipes, além das contas que cada pessoa segue. O conteúdo que o indivíduo cria também é utilizado nessa varredura.

Entretanto, além das interações, alguns detalhes da produção também são levados em conta. O algoritmo analisa legendas, hashtags, efeitos e sons contidos na produção, para que posteriormente possa mostrar clipes que contenham itens semelhantes. Preferências de idioma, configuração de país e o dispositivo do usuário também são informações aproveitadas para sugerir novos clipes, mas com peso menor de decisão.

Com todos esses dados identificados, o TikTok é capaz de mapear as preferências de um usuário e criar um padrão de vídeos considerados interessantes para ele. Além disso, o sistema também relaciona os gostos desse indivíduo a contas com interesses semelhantes aos dele, criando uma rede de vídeos em comum que passa a exibir clipes considerados agradáveis para ambos.

Como isso impacta o feed de cada pessoa?

O TikTok explica que o feed da aba “Para Você” é capaz de apresentar recomendações relevantes com o passar do tempo, mas não especifica quanto tempo exatamente. Além disso, é preciso esclarecer que o algoritmo analisa o comportamento do usuário dentro da rede social como um todo, e não somente dentro da aba “Para Você”. Ou seja, quando você navega pelo app e passa a seguir um amigo de um conhecido, isso também é levado em conta pelo sistema para criar suas recomendações.

Com toda essa quantidade de informações, o TikTok afirma que não existe um feed único e “enlatado” dentro da rede social. Isso significa que, mesmo que as pessoas inicialmente vejam os mesmos vídeos, a forma como se comportam na plataforma vai diferenciar a experiência de cada uma delas. Ou seja, o feed de cada pessoa é único e personalizado para cada um, e isso acontece justamente por conta dos algoritmos.

O conteúdo não se torna repetitivo?

Apesar de utilizar uma lógica que busca

... evitar redundâncias, como exibir vários vídeos em sequência do mesmo criador ou com a mesma música (o que poderia aborrecer o usuário), o TikTok admite que as recomendações criadas pelos algoritmos podem criar uma “bolha de filtro”, exibindo sempre o mesmo tipo de vídeo para as pessoas. Sendo assim, o usuário deixaria de conhecer vídeos mais variados e de ampliar seus horizontes dentro do app. A empresa, contudo, diz que está estudando o comportamento dessas bolhas, quanto tempo elas duram e o que fazer para quebrá-las, quando necessário.

Além disso, o TikTok diz que essas bolhas podem reforçar a fixação de boatos, desinformação e teorias da conspiração, caso o usuário não tenha acesso a outros pontos de vista na rede por conta da repetição dos algoritmos. Com essa possibilidade, a empresa afirma que estuda contas e vídeos que possam estar vinculados às fake news, e enviam esses conteúdos para revisores humanos, para que possam ser gerenciados antes de serem distribuídos na aba “Para Você”.

Com informações de TikTok e Axios

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