O Head Beats é um headphone intermediário da Pulse que chama atenção pelos graves poderosos e bateria com autonomia de até 20 horas. O aparelho tem conexão Bluetooth para ouvir música sem fios, mas também traz a opção de um cabo P2 para usar caso o fone descarregue. À venda por R$ 199,90 na loja oficial da Pulse, o headphone pode ser achado na mesma faixa de preço no varejo online. Confira a seguir como o Head Beats se saiu em nossos testes e se vale a pena comprar o fone.
Design
O Head Beats está disponível em quatro cores: preto ou branco com detalhes em verde, e branco ou preto com detalhes em cinza — sendo essas duas últimas as opções mais sóbrias para quem gosta de um visual discreto. Já que a proposta do headphone é ser fácil de transportar, ele pesa apenas 180 gramas.
O Head Beats também conta com conchas dobráveis para diminuir ainda mais o tamanho do aparelho e guardá-lo sem dificuldade na mochila. Segundo a fabricante, as conchas over-ear têm “earpads extra macios” e, durante os testes, as almofadas realmente se mostraram confortáveis mesmo depois de longos períodos usando o fone.
As hastes são acolchoadas e é possível ajustar a altura para encaixar as conchas melhor sobre as orelhas. O pecado do Head Beats está na pressão das conchas: elas fazem muita força contra a cabeça e podem até mesmo causar dor depois de muito tempo com o fone. O ajuste das hastes e as almofadas não previnem esse desconforto e, durante os testes, foi preciso alternar o headphone com o bom e velho fone de ouvido tipo earbud para evitar maior incômodo.
Os três botões físicos do headphone ficam na parte traseira da concha direita, com indicações para mudar o volume e dar play ou pause. Os botões de aumentar e abaixar volume também podem ser usados para avançar ou voltar faixas, respectivamente.
Já o botão de pause também controla chamadas de telefone sem precisar pegar no celular, e dois toques consecutivos permite ligar para o último contato do diretório de chamadas. Esse recurso, em especial, causou dor de cabeça durante os testes, porque em mais de uma ocasião eu terminei apertando o botão de pause duas vezes para interromper a música e liguei por acidente para outras pessoas.
A mesma concha dos botões também traz o indicador luminoso que avisa o status da conexão Bluetooth e da bateria do fone de ouvido. A luz discreta alterna entre as cores azul e vermelha, e pode piscar para indicar o pareamento do aparelho com algum dispositivo.
Conectividade
O Head Beats tem Bluetooth 5.0 e, de acordo com a Pulse, tem alcance de até 10 m. Na prática, o headphone terminou falhando na reprodução de músicas em distâncias curtas e frequentemente apresentou erro quando havia poucos obstáculos entre o dispositivo e o fone. No final das contas, tornou-se uma preocupação constante manter o headphone e o celular próximos um do outro, até porque ele desconecta caso passe muito tempo sem tocar música devido à falha de conexão.
Durante os testes, o fone também desconectou por conta própria algumas vezes sem motivo aparente, o que causou incômodo. O Head Beats vem com um cabo P2 de 1,2 metro de comprimento e tem uma entrada 3,5 mm na concha direita. É uma opção prática para conectar o fone em aparelhos sem Bluetooth ou quando a bateria acaba, além de quebrar um galho na hora que a conexão sem fio falha.
Desempenho
O microfone embutido, combinado com os botões de controle do dispositivo, é realmente prático para atender ligações enquanto ouve músicas. O microfone capta bastante som ambiente, então o áudio saiu um pouco poluído durante testes, mas a gravação ainda era compreensível. Contudo, isso pode ser um problema na hora de atender chamadas
As conchas do Head Beats fazem um ótimo trabalho de isolamento para proporcionar imersão na música, mas, por outro lado, o headphone vaza bastante som então qualquer pessoa por perto pode ouvir o que você está escutando.
Segundo ficha técnica, o Head Beats tem resposta de frequência de 20 a 20KHz. O fone promete qualidade de som, principalmente com os graves, e cumpre bem a função com graves e médios poderosos, mas os agudos podem terminar meio “apagados” na experiência.
Bateria
O Head Beats promete 20 horas de bateria e, nos testes, ultrapassou essa estimativa, chegando a mais de 23 horas de uso com uma só carga. A previsão oficial estabelece duas horas para recarregar o headphone, mas terminou levando cerca de 1h40min para carregar completamente. A recarga funciona por meio de um cabo micro USB e, como o headphone não vem com tomada própria, é preciso recorrer a algum PC ou carregador alternativo para efetuar a carga de energia.
A bateria do Head Beats é de 300 mAh, e é possível conferir quando está carregada por meio do indicador luminoso na concha direita. A luz passa de vermelho para azul quando o fone está pronto para uso novamente.
A bateria pode fazer bonito no teste, mas o aviso de bateria fraca prejudica um pouco a experiência. Quando o Head Beats está na porcentagem final de carga, uma voz feminina emite, com um inglês duvidoso, o alerta “low battery” a cada três minutos. O que a Pulse chama de “breve sinal sonoro duplo periódico” acaba atrapalhando a experiência dos últimos minutos de música, já que o aviso da voz termina soando umas duas vezes por faixa, nos últimos vinte minutos de vida da bateria.
Custo-benefício
O Head Beats está à venda no site oficial da Pulse por R$ 199,90, mas pode ser encontrado por R$ 185,12 na Amazon. Entre os principais concorrentes do modelo estão o Edifier W800BT, o Motorola Pulse Escape e o JBL Tune 500BT. Todos têm conexão Bluetooth e cabo P2, além de isolamento de ruído passivo com conchas acolchoadas e resposta de frequência de 20 a 20KHz, e estão à venda por R$ 299.
O headphone da Edifier promete bateria de 50 horas de duração e apenas três de carregamento. Já a opção da Motorola garante apenas dez horas de bateria, enquanto que o fone da JBL tem bateria de 16 horas de duração e duas de carregamento. Por outro lado, o Tune 500BT tem driver de 32 mm, quando os demais concorrentes contam com um de 40 mm.
A principal diferença deles é o preço e a bateria. O fone da Pulse é a opção mais barata e tem autonomia superior ao Motorola Pulse Escape e ao JBL Tune 500BT, por exemplo. Por isso, o maior atrativo do Head Beats termina sendo a bateria duradoura aliada a som de qualidade, saindo por um valor abaixo da média do mercado.
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