Artistas populares da música estão removendo álbuns dos serviços de streaming online. Os motivos são diversos e o caso mais recente foi o de Neil Young, que afirma achar a qualidade som ruim: “streaming é o pior áudio da história”. A cantora pop Taylor Swift e o músico Prince também estão na lista que envolve, entre outras motivações, repasses financeiros, contratos com gravadoras e muita polêmica.
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Spotify, Deezer, Rdio e Apple Music são opções práticas para quem gosta de ouvir suas músicas preferidas online ou offline, em qualquer lugar. Na prática, sai mais barato do que comprar um dos CDs “físicos” ou mesmo faixas avulsas do artista, além de poder ouvir milhares de trilhas e playlists quando quiser. No entanto, há muita polêmica sobre a qualidade do áudio e os lucros dos artistas.
Neil Young
O músico e compositor canadense deu o que falar nesta semana ao querer remover suas músicas dos serviços de streaming. O motivo: a qualidade do áudio é ruim, segundo o artista. Ele afirma que o modo analógico de transmissão e gravação das rádios são melhores do que o streaming digital.
“Streaming está acabado para mim. Eu espero que isso seja 'ok' para meus fãs. Não é por causa do dinheiro, embora minha parte (como a de outros artistas) tenha sido drasticamente reduzida por maus acordos feitos sem meu consentimento. Isso é sobre a qualidade do som”, afirmou no Facebook.
Neil Young ainda completou: “Eu não preciso que minha música seja desvalorizada pela pior qualidade da história do broadcast ou qualquer outra forma de distribuição. Eu não me sinto bem em autorizar isso para ser vendido para meus fãs. Isso é ruim para minha música. Para mim, isso é sobre a distribuição de músicas nas quais as pessoas possam realmente ouvir e sentir. Eu defendo isso. Quando a qualidade retornar eu darei mais uma olhada. Nunca diga nunca”, encerrando discurso inflamado.
Taylor Swift
A artista pop norte-americana Taylor Swift gerou polêmica em 2014 quando resolveu remover seus álbuns do Spotify e de outros serviços concorrentes. O motivo é uma reivindicação pelo pagamento dos direitos dos artistas, que sofreram quedas após os serviços de streaming dominarem o setor.
“Na minha opinião, o valor de um álbum é, e vai continuar sendo, baseado na quantidade de coração e alma a qual um artista colocou no trabalho e o valor financeiro que os artistas determinam ao colocar isso a venda no mercado. Pirataria, compartilhamento de músicas e streaming encolheram drasticamente os números de álbuns vendidos e cada artista lidou com isso de forma diferente”, diz.
Prince
Prince também está na lista de artistas que removeram as músicas dos serviços de streaming, menos do Tidal. A mudança foi declarada no início de julho deste ano e o motivo não
Anos antes, porém, o artista deu uma declaração para o portal de notícias London Daily Mirror sobre ganhos financeiros. “A Internet está completamente terminada. Eu não vejo porque eu deveria dar minha música nova para o iTunes ou qualquer outro serviço. Eles não me pagam extra por isso e depois eles ficam com raiva quando não podem ter isso [as músicas]”, questionou.
Jay-Z e Tidal
O artista Jay-Z tem o Tidal, seu próprio serviço de streaming para competir no mercado, relançado neste ano. O diferencial está na qualidade da música em até 1411 Kbps, em LossLess, sem perdas após compressão. Além disso, promete pagamentos maiores para cantores e produtoras.
O Tidal não tem versão grátis e o acesso ao conteúdo que é exclusivo é somente pago. Além disso, o Tidal tem o apoio de nomes como Madonna, Beyoncé, Taylor Swift, Rihanna e Kanye West.
Spotify 'se defende'
Sobre a Taylor Swift, o Spotify declarou que concorda com a cantora sobre o valor da música e afirma tentar combater a pirataria com o streaming. Para se justificar sobre os pagamentos, a companhia divulgou em 2014 números sobre o investimento de verbas para artistas e produtoras, um total de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 6 bilhões, em conversão direta).
“O Spotify pagou mais de dois bilhões de dólares para títulos, editoras e sociedades de gestão coletiva para distribuição aos compositores e artistas das gravadoras. Um bilhão de dólares a partir do momento que começamos o Spotify, de 2008 para o ano passado [2013] e outro bilhão de dólares desde então”, diz em post oficial.
O texto desvenda mitos sobre o mercado de streaming, como a queda dos lucros e pagamentos baixos aos artistas. Como exemplo, a música “Take Me To Church”, de Taylor Swift, gerou US$ 6 milhões por ano em pagamentos desde que foi lançada. Os artistas, porém, dizem que recebem pouco "por cada play". Uma queda de braço que parece não ter fim, com dois agentes: dinheiro e qualidade do áudio.
Via Nydailynews, TechCrunch, The Next Web, Spotify, The Next Web, Time
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