Aos leitores que esperavam a segunda coluna da série sobre a redução da espessura da camada de silício dos novos “chips” desenvolvidos pela IBM, minhas desculpas. Acontece que participei no início desta semana da cerimônia de abertura e entrevista coletiva dos responsáveis pela “Vitrine Taiwan Excellence” e se esta coluna não for ao ar esta sexta-feira, os leitores perderão a oportunidade de visitar a exposição, que se encerrará depois de amanhã, domingo, 26. Então, falemos sobre ela e na próxima sexta-feira retomaremos o tema dos microprocessadores.
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Taiwan é um pequeno país da Ásia. Quero dizer: pequeno por sua extensão territorial (ocupa uma área menor que a do Estado do Rio de Janeiro) e população (pouco maior que a do Estado de Minas Gerais). Em contrapartida detém o 25º Produto Interno Bruto mundial (mais de 500 bilhões de dólares americanos), foi classificada em 14º lugar em competitividade global no relatório do Fórum Mundial Econômico 2014-2015 e em quarto lugar entre os países da Região Ásia Pacífico.
Este pequeno país, do ponto de vista industrial é um gigante. É mais conhecido por sua produção de bens na área de TI, sendo o segundo maior produtor de hardware de computadores e abarcando mais de 70% do mercado mundial de semicondutores, dispositivos fotoelétricos e produtos na área de tecnologia de informação e comunicações, mas sua indústria vai bem além disto. Fabrica também bicicletas de alta tecnologia, inclusive de competição, além de ser um dos líderes em construção de iates, tecidos e indústria mecânica.
Evidentemente, a produção industrial de Taiwan excede em muito as necessidades de sua população. O país vive, portanto, do comércio exterior (ano passado exportou um total de 313 bilhões de dólares americanos em bens comerciais e importou US$ 274 bilhões). E necessita que sua imagem como provedor de tecnologia de ponta nos variados segmentos em que atua seja conhecida internacionalmente, juntamente com a qualidade de seus produtos.
Por esta razão seu Conselho para Desenvolvimento do Comércio Exterior (TAITRA) promove anualmente a exposição itinerante “Vitrine Taiwan Excellence” que percorre diversos países. Este ano, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade da América do Sul a recebê-la (a exposição já passou pela Inglaterra, Rússia, Índia e México). Do Rio, onde permanece até domingo, na Praça de Eventos do Barra Shopping, Nível Lagoa, a exposição seguirá para São Paulo, onde será realizada no Morumbi Shopping de 18 a 23 de agosto próximo.
Taiwan é um importante parceiro comercial do Brasil, tendo exportado para cá um total próximo dos US$ 2,9 bilhões e importado de nós cerca de US$ 1,7 bilhões. Porém há parcerias fortes entre empresas brasileiras e taiwanesas, do que resultou a abertura de mais de cinquenta mil postos de trabalhos diretos no Brasil e outros tantos indiretos.
Estas parcerias visam não apenas a fabricação de produtos no país, mas também o intercâmbio tecnológico. Citando o Diretor do escritório da TAITRA no Brasil, Sr. Krist Y. B. Yen, "Havendo cres
A exposição reúne parte do conjunto de produtos laureados com o prêmio Taiwan Excellence, concedido pelo Governo de Taiwan aos melhores fabricantes Taiwaneses. Os produtos ganhadores são selecionados por uma comissão governamental constituída por especialistas nos diversos setores industriais, membros da comunidade acadêmica e representantes do Governo.
Na “Vitrine Taiwan Excellence” estão expostas novidades dos setores esportivo, eletroeletrônico, games, saúde, e utilidades domésticas, entre outros. A maioria das indústrias que os fabricam são bem conhecidas do público brasileiro, como ASUS, Acer, Benq, Tem Bike, Ming Cycle, Maxxis e D-Link. Vocês encontrarão aqui mesmo no Tech Tudo, no artigo de Luciana Maline “Roteador 'mais rápido do mundo' e com preço nada atraente é exposto no Brasil”, uma descrição sucinta de alguns deles, particularmente os do setor de TIC.
Em seu pronunciamento na cerimônia de abertura Krist Yi Bin Yen ressaltou a imensa importância da qualificação da mão de obra como estratégia para aumento da produtividade e redução do desperdício.
Educação é base
Ele também mencionou a necessidade enfrentada pelo Brasil nesses tempos de crise de rever estratégias em busca de soluções, citando um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) segundo o qual futuramente as taxas de desemprego não mais serão o fator para avaliar o desenvolvimento de uma economia, mas sim o número de profissionais qualificados empregados. E ressaltou que a educação é a base do desenvolvimento de um país, citando o exemplo de Taiwan, que investe prioritariamente nos campos da educação e desenvolvimento tecnológico e tem obtido excelentes resultados.
Prosseguiu ressaltando a importância do Brasil no cenário econômico global, como a sétima economia do mundo e o maior mercado latino americano, manifestando sua confiança em que brevemente superaremos a crise econômica que atualmente enfrentamos. Crise esta que ele não considera um revés, mas sim uma oportunidade para que ambos os países estreitem seus laços de comércio bilateral.
Ao final, aberta a feira, cuja fita inaugural foi cortada simultaneamente por todas as autoridades presentes, o público começou a se admirar com a qualidade dos produtos exibidos.
Não esqueça: a exposição é no Barra Shopping e prossegue até domingo. Vale a pena uma visita
B. Piropo
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