Uma câmera que tem o objetivo de nunca superexpor fotografias está sendo desenvolvida por pesquisadores no MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts). Batizada de “Modulo”, a câmera usa um sensor que, aliado a um algoritmo, aproveita toda a luz de um ambiente, impedindo que imagens sejam expostas demais à luz, gerando imagens com aquele aspecto saturado.

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A ideia é que qualquer um possa tirar fotos de alta qualidade sem precisar se preocupar com tempos de exposição e abertura da lente. Para o líder do time de pesquisadores, Hang Zhao, “o algoritmo permitirá às pessoas simplesmente apertar um botão e deixar que o computador lide com problemas de exposição”.

No primeiro quadro, uma foto capturada por uma câmera comum. Repare no céu saturado. No centro, a forma como a câmera percebe luz. Por fim, o resultado da mesma fotografia realizada por uma câmera Modulo (Foto: Divulgação/MIT)

Para entender como a câmera opera é preciso compreender o funcionamento dos sensores de imagens atuais, como os HDR. Imagine que o sensor da câmera é um balde e que a luz é a chuva. Quando o balde enche e transborda, ele para de receber mais água. Dessa forma, numa câmera atual, quando o sensor enche (fótons) ele para de absorver luz. Essa luz não aproveitada é a responsável por detonar a sua foto.

À esquerda, a foto estourada por superexposição, tirada com uma câmera comum. À direita, o resultado obtido com a câmera Modulo (Foto: Reprodução/YouTube)

A câmera que o MIT está testando é como um balde que nunca transborda: conforme o sensor enche, a luz é dividida por unidades de memória presentes na câmera. Dessa maneira, nada é desperdiçado e uma fotografia nunca acabaria superexposta. Mesmo que o ambiente tenha muita luz, suficiente para “encher muitos baldes”, o sistema consegue calcular quantas vezes o sensor precisou ser esvaziado para ter uma ideia clara da quantidade de luz ideal em cada pixel que compõe a fotografia final. O controle desse regime de gerenciamento da luz é realizado por um algoritmo.

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... img.com/po/tt2/f/original/2015/08/24/modulo-camera.jpg" width="695">Imagem mostra como o sensor percebe as variações de luz (Foto: Reprodução/YouTube)

Além da aplicação na fotografia profissional, a Modulo poderia ser muito útil em celulares e dispositivos portáteis, usados por um público que desconhece técnicas de fotografia profissional. Outras possíveis aplicações da tecnologia estão em sistemas de reconhecimento facial, câmeras de vigilância, câmeras de vídeo e cinema e etc. Atualmente em testes no Media Lab do MIT, a tecnologia da câmera Modulo ainda não tem data para chegar aos consumidores.

Via MIT e PetaPixel



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