A Konami está passando por um período de transição muito importante, com rumores indicando que a empresa deve encerrar a produção de títulos AAA, focando apenas no desenvolvimento de jogos mobile e títulos da franquia Pro Evolution Soccer. Pensando nisso, resolvemos relembrar alguns dos jogos da companhia japonesa, mostrando que existe muito mais além de Metal Gear e PES quando falamos de Konami.

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Quando se fala em jogos da Konami, nomes de franquias como Metal Gear, Castlevania ou PES, logo vem à mente. Mas a empresa japonesa já produziu algumas pérolas ao longo dos anos, principalmente na era 16 bits.

Contra: Hard Corps (Foto: Divulgação)

Em vez de falarmos somente sobre os mais conhecidos, que tal uma olhada nos “jogos esquecidos” da Konami. E sim, ainda está liberado lamentar o cancelamento de Silent Hills.

Contra e seus tiroteios

Lançado em 1987 para os arcades, mas chegando ao NES no ano seguinte, Contra foi um marco do gênero “run and gun”, em que o jogador deve avançar pelo cenário, atirando em tudo que aparece pela frente.

O sucesso do jogo acabou gerando várias sequências, com alguns títulos que merecem destaque, como Contra H.A.R.D. Cops, lançado para Mega Drive. Com as novas gerações de consoles sendo lançadas, a Konami tentou emplacar novos games no PlayStation e PS2, mas não teve o mesmo sucesso.

Em 2011, durante a E3, a Konami liberou um teaser de um novo game da série Contra. Estamos em 2015 e a esperança de que algo fosse realmente lançado já deve ter morrido há algum tempo.

Sunset Riders e o velho oeste

Um clássico da era 16 bits, Sunset Riders seguia uma fórmula parecida com a de Contra (corra para a direita, atirando em tudo o que estiver pela frente), mas colocava quatro pistoleiros em um cenário do Velho Oeste.

Steve, Billy, Bob e Cormano: os heróis de Sunset Riders (Foto: Reprodução/Gamefaqs)

Lançado primeiro para arcades, mas com versões para o Mega Drive e Super Nintendo, é impossível conhecer alguém que jogasse videogame naquela época e não sabia quem eram Steve, Billy, Bob e Cormano com seu poncho cor de rosa dele.

Os filhos de Hideo Kojima

Apesar de ser mais conhecido por ser o criador de Metal Gear, Hideo Kojima lançou outros games dentro da Konami, misturando RPG, robôs gigantes em uma trama espacial, policiais e tramas futuristas.

Em 1988, Kojima criou Snatcher, um adventure que bebia nas fontes de ficção científica e cyberpunk. O game trazia o jogador no controle de um investigador tentando solucionar crimes cometidos por ciborgues, chamados de snatchers, em um futuro distópico.

Capa de Snatcher, inspirada pelo filme Blade Runner (Foto: Divulgação/Konam
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Lançado para PCs, o título ganhou versões para o Saturn e PS1 e, até hoje, é considerado por muitos um dos melhores games do gênero.

Depois de Snatcher, Kojima também dirigiu Policenauts, game que parece mais uma graphic novel interativa, e que conta a história de astronautas que também são policiais, cuidando da primeira cidade humana fora da Terra. O jogo recebeu notas altíssimas da crítica especializada na epoca do seu lançamento, recebendo vários elogios referentes à sua história.

Anos depois, já em 2001, Kojima resolveu encarar o gênero de mechas com Zone of the Enders, para o PS2. A ideia do criador de Metal Gear era mostrar um lado mais sério para as histórias com robôs gigantes.

Os mechas de Zone of the Enders (Foto: Divulgação/Konami)

O game trazia intrigas políticas, batalhas espaciais épicas e ganhou uma legião de fãs ao redor do mundo. Em 2003, uma sequência para o game foi lançada para o PS2, dessa vez apenas produzida por Kojima.

Os dois jogos foram lançados em uma versão em HD para o PS3 e Xbox 360 em 2012. Isso acabou gerando uma esperança de que uma continuação poderia ser produzida, mas a Konami não tocou mais no projeto.

Sem controle

Além desses clássicos, a Konami também lançou alguns jogos que utilizavam controles um tanto incomuns para a época de seu lançamento. Um desses games era Lethal Enforcers.

Os inimigos digitalizados de Lethal Enforcers (Foto: Reprodução/Hardcore Gamers)

Lançado primeiro para arcades, mas recebendo versões para consoles caseiros, o jogo colocava o jogador no controle de uma dupla de policiais (caso você jogasse com um amigo), contra uma legião de bandidos que tentavam tomar conta de uma cidade.

A diferença é que para isso, você utilizava um revólver ligado ao videogame. Chamado de Konami Justifier, a pistola de luz permitia sair atirando nos bandidos pela tela de TV. Apesar de colorida, o design da pistola foi usado pelo governo americano, ainda na década de 90, apontando a violência em jogos eletrônicos.

Os diferentes modelos da Konami Justifier (Foto: Reprodução/Wikimedia)

Além da Justifier, a Konami também conseguiu emplacar um tipo diferente de controle. Dessa vez, de uma forma mais amigável, para realizar o lançamento do game Dance Dance Revolution, a empresa criou um tapete para que os jogadores pudessem sair dançando em casa, sem precisar de uma enorme máquina de arcade.

O jogo fez um sucesso imenso na época do PS1, ganhando várias sequências até a geração do PlayStation 3 e Xbox 360.

Allejo, o campeão do povo

Apesar de a Konami continuar com a série Pro Evolution Soccer, muitos lembram com mais carinho de outra franquia de futebol da empresa. International Superstar Soccer foi lançado em 1994 para o Super Nintendo e, durante muitos anos, foi o jogo mais popular de futebol entre brasileiros, ganhando até mesmo da série FIFA, da EA.

Uma das melhores seleções de todos os tempos (Foto: Reprodução/André Mello)

Algo que ajudou bastante na popularização do game em terras brasileiras foi a sua versão modificada, que colocava times brasileiros no centro de toda a ação. Mesmo assim, a edição padrão do game trazia o suficiente para fazer a alegria dos jogadores.

Até hoje, é possível encontrar jogadores que não fazem ideia quem eram os astros da seleção brasileira de futebol, mas que sabem de cabeça quem vestia a amarelinha em ISS (a dupla Gomez e o mito Allejo ainda faz a alegria de todos).

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