A Microsoft conseguiu esconder até o último segundo a sua maior novidade para 2015: o laptop conversível Surface Book, que traz um mecanismo engenhoso para destacar o teclado quando necessário. O notebook, porém, acaba competindo pela preferência do usuário com o Surface Pro 4, híbrido lançado no mesmo dia. Se você está em dúvidas sobre qual apresenta a melhor opção de compra quando desembarcarem no Brasil – ou se preferir entrar na fila de pré-venda nos EUA – confira a seguir o melhor e o pior de ambos.
Surface Book x Macbook Pro Retina: veja quem ganha briga de notebooks potentes
Design: Surface Book
O Surface Pro 4 traz refinamentos importantes no design, com destaque para a tela maior ocupando o mesmo espaço do corpo da geração anterior, mas o que chama mais atenção é, certamente, o Surface Book. O primeiro notebook já fabricado pela Microsoft tem acabamento de primeira, com liga de magnésio e trackpad de vidro, além do proeminente sistema de encaixe entre tela e teclado que dobra, mostrando um cuidado interessante no projeto.
Desempenho: Surface Book
Por mais que seja uma máquina poderosa, com direito a chip Skylake de sexta geração, o Surface Pro 4 tem menos poder de fogo do que o Surface Book, que traz hardware melhorado em quase todos os quesitos. As CPUs em ambos são semelhantes, mas o Book traz versões com clock maior e, por isso, capazes de rodar programas pesados com maior facilidade.
Nos gráficos, o “notebook definitivo” da Microsoft ganha do Surface Pro por contar com duas GPUs, uma HD Graphics 520 integrada ao chip Intel na parte da tela e uma Nvidia GeForce GDDR5 de 1 GB com arquitetura Maxwell sob o teclado, que entra em ação no modo laptop para entregar máxima performance. A versão mais cara do Pro 4, porém, conta com a placa Iris 540, que supera o Book quando está somente em modo clipboard.
Tela: Surface Book
A Microsoft estreou no Surface Book uma nova tecnologia de tela, batizada de PixelSense. Ela é responsável por, segundo a fabricante, oferecer mais precisão na hora de interagir
O Surface Pro 4 tem uma tela menor, de 12,3 polegadas e os mesmos 267 PPI, com 2736 x 1824 pixels de resolução. Porém, a tecnologia empregada na tela é diferente e, embora também prometa alta precisão no toque, não deve oferecer o mesmo desempenho de imagem.
Portabilidade: Surface Pro 4
O Surface Pro 4 é mais compacto que o Surface Book, medindo 292,1 mm de largura e 201,4 mm de altura contra 312,3 mm de largura e 232,1 mm de altura do Book. Muito se deve à tela, menor mais de uma polegada do que o display presente no Surface Book, o que faz muita diferença nas dimensões gerais dos dois produtos – são 12,3 polegadas no menor contra 13,5 polegadas no maior.
Além disso, mesmo na versão mais simples e, por isso, mais leve, o Surface Book pesa mais que o Surface Pro 4: são 1,5 kg contra apenas 786 g, resultando em um Surface Pro 4 mais fácil de ser levado em mochilas ou bolsas pequenas para qualquer lugar.
Bateria: Empate
O upgrade no hardware do Surface Pro 4 fez dele um consumidor mais ávido por energia, o que acaba por torna-lo mais dependente da tomada que o Surface Book, que tem mais espaço para alocar uma bateria maior. Segundo a Microsoft, o Surface Pro 4 com Core i5 suporta até 9 horas de reprodução de vídeo, contra 12 horas do Surface Book na mesma configuração e executando a mesma tarefa.
Porém, isso só é verdade se considerado o Book com o teclado acoplado: sem ele, ou seja, no modo clipboard, o tempo de uso com uma carga cai para somente 4 horas, contra as mesmas 9 horas do Pro 4. E essa vantagem do tablet é ainda maior na versão básica, com chip Core M, que consome muito menos bateria: com ambos no formato tablet, o Pro 4 pode ganhar do Book por várias horas de diferença longe de uma fonte de alimentação.
Teclado e trackpad: Surface Book
O Surface Pro é conhecido pela Type Cover, acessório que coloca um teclado na capa que recobre o gadget. Porém, apesar de ter recebido melhorias na versão mais recente, ainda está aquém da experiência de digitação prometida pelo Surface Book, que conta com um teclado maior e retroiluminado, com teclas mais ergonômicas graças um mecanismo de clique mais próximo do tradicional.
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O mesmo ocorre com o trackpad, de alta precisão e feito de vidro no Book, contra um modelo menor e menos preciso no Surface Pro 4.
Conclusão: Surface Book
O Surface Book foi lançado pela Microsoft como o “notebook definitivo” por oferecer três grandes vantagens: hardware potente, caneta com alta precisão e versatilidade e um corpo fino e leve com teclado destacável. A combinação resulta em um dispositivo difícil de bater, mesmo para quem já era fã da portabilidade oferecida pela linha Surface Pro.
O Pro 4 é extremamente poderoso nas configurações com Core i5 e i7, e entrega uma versatilidade tremenda: leve-o na bolsa e ninguém irá notar a máquina que está junto a você. Porém, com um acabamento mais refinado e também muito leve e fino, o Book consegue ser também relativamente fácil de carregar, além de oferecer todo o potencial gráfico de uma placa de vídeo dedicada de 1 GB.
O problema do Book está no preço, mas, a julgar pelos valores praticados nos EUA, ele chega até a competir com o Pro 4 em certas faixas de preço. Se você pretende gastar US$ 1.300 no Surface Pro 4 com 8 GB de RAM, i5 e 256 GB de SSD, vale a pena gastar US$ 200 a mais e comprar o Book com as mesmas configurações, mas 128 GB de SSD, e aproveitar teclado e trackpad de verdade.
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