Desde os primeiros consoles lançados, as gambiarras fazem parte do mundo dos games. Os aparelhos possuíam vários truques para dar um “jeitinho brasileiro” de resolver certos problemas de funcionamento. De assopradas no cartucho até complexas modificações, as gambiarras guardam um lugar especial no coração dos jogadores até hoje. Confira algumas das maiores já realizadas.
Relembre as maiores gambiarras ‘baratinhas’ feitas com eletrônicos
Torradeira NES
O Nintendo 8 Bits, ou NES nos Estados Unidos, foi um console de grande sucesso que firmou a entrada da Nintendo no mundo dos games, porém ao abri-lo muitos jogadores se surpreendem ao ver quão simples ele realmente é. As peças internas não ocupavam todo o espaço do aparelho, na verdade eram bem pequenas, o que tornou bem fácil recolocá-las em outros objetos para transformá-los em NES funcionais. Uma dessas gambiarras mais famosas é a “Torradeira NES”, na qual se encaixam os cartuchos onde seriam inseridas as fatias de pão.
Mods para Xbox 360
Um dos problemas que ofuscou o sucesso do Xbox 360 nos primeiros anos foram as odiadas “Três Luzes Vermelhas da Morte”, um defeito de superaquecimento que inutilizou grande quantidade de consoles.
Para combatê-lo, jogadores criaram modificações internas com os nomes mais incomuns, como o “Mod Opala”, o qual usava a borracha do cano de escapamento do carro Opala para proteger do calor as partes importantes do videogame.
Assoprar o cartucho
Provavelmente a gambiarra mais conhecida, assoprar cartuchos é o truque que todo jogador tentou em sua época. Muitas vezes o jogo não iniciava ao colocar a fita no videogame, e presumindo que pudesse ser poeira nos contatos, os usuários assopravam para tentar fazê-lo funcionar, o que quase sempre dava certo.
No entanto, estudos mais recentes afirmam que tratava-se de um placebo e que bastaria tentar conectar o cartucho repetidas vezes para que ele funcionasse, assoprando ou não.
PlayStation de cabeça para baixo
Outro console de sucesso com conhecido problema de durabilidade foi o PlayStation One, o primeiro videogame da Sony. Grande responsável pela popularização dos games em mídia ótica, o PlayStation usava um leitor que disparava luz contra o CD e assim lia a informação contida nele, porém o motor que o movia ficava um pouco “cansado” com o tempo. A soluç
Consertando um CD/DVD com pasta de dente
Uma desvantagem da mídia ótica em relação aos cartuchos era a durabilidade, já que era fácil arranhar um CD, e mais tarde DVDs. De acordo com famosa lenda urbana, um pouco de pasta de dente poderia consertar arranhões em discos, e por incrível que pareça, é verdade.
Como a maioria dos riscos é superficial, eles apenas atingem a camada protetora do CD/DVD que tem cerca de 1mm. Os dados continuam intactos, apenas é preciso preencher esse risco com algum material para não dar erro de leitura.
Street Fighter 2: Rainbow Edition
A era de ouro dos fliperamas atingiu o ápice com a chegada de Street Fighter 2, jogo de luta que introduziu um nível de complexidade nunca antes visto nos combates e que perdura até hoje. No entanto, alguém achou que seria boa ideia hackear o game e alterar várias funcionalidades nele.
O hack ficou conhecido como Street Fighter 2: Rainbow Edition e era cheio de bugs. O game permitia soltar golpes especiais no ar, projéteis se multiplicavam e tomavam a tela inteira e até mesmo dava pra trocar de personagem com o botão Start. Ironicamente, isso soa semelhante ao conceito de X-Men Vs. Street Fighter.
Trocar baterias de cartuchos
Em uma época distante, antes dos Memory Cards, o progresso de cada jogador ficava guardado dentro do próprio cartucho. Os games utilizavam bateria simples, como as de relógio, que mantinham os dados por até 15 anos, desde que não ficasse muito tempo descarregada. Caso ela se esgotasse por causas naturais ou por procedência duvidosa do cartucho, era preciso abri-los e trocar essas baterias para que voltassem a funcionar.
Parafusos Nintendo
A primeira lembrança de quem teve consoles e cartuchos da Nintendo quando se fala em abri-los provavelmente são os temidos parafusos da empresa. Por muito tempo, a companhia japonesa usou peças que não podiam ser removidas com chaves comuns. A solução veio na forma das antigas canetas de plástico, que eram esquentadas até ficarem moles e assim poderem tomar a forma do parafuso.
Jogos de luta japoneses no Sega Saturno
Durante a febre dos crossovers da Marvel contra Street Fighter nos fliperamas, o PlayStation One não dava conta de fazer boas conversões desses jogos devido à falta de memória RAM, mas o Sega Saturno tinha versões perfeitas graças a um cartucho de RAM extra. No entanto, como o console da Sega não era muito popular, alguns desses jogos de luta só foram lançados no Japão e era necessário importá-los, além de destravar o console para rodar games de outra região. Para jogar Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, por exemplo, o usuário tinha que plugar o cartucho de destravamento regional, colocar o título, ligar o videogame, tirar o cartucho, e então inserir o cartucho de RAM extra.
Super GB Booster
Era comum haver adaptadores nos consoles da Nintendo que permitiam a reprodução de jogos dos portáteis GameBoy da empresa na TV. Porém, o que poucas pessoas sabem é que havia um acessório não oficial que também funcionava no PlayStation.
O Super GB Booster era plugado atrás do console da Sony e fazia bom trabalho em rodar os jogos, exceto por um pequeno problema: o aparelho não reproduzia os sons. Para burlar o defeito, ele tinha uma música própria que tocava infinitamente em todos os games.
Adaptadores para o NES
Não são apenas jogadores que fazem gambiarras, as empresas às vezes também embarcavam nessa modalidade. Durante a febre do NES nos Estados Unidos, a Nintendo teve dificuldade de suprir a demanda por jogos no mercado e resolveu pegar alguns cartuchos japoneses já fabricados do Famicom e adaptá-los para o console.
O truque era um adaptador que existia no interior do cartucho e, ao abri-lo, o jogador poderia verificar que na realidade tratava-se de um jogo japonês plugado ao adaptador para funcionar no console americano.
Jogos japoneses no seu Super Nintendo
Diferente do NES e do Famicom, o Super Nintendo e o Super Famicom eram basicamente o mesmo console, mas ainda assim a Nintendo não queria que os jogos japoneses pudessem ser usados na versão ocidental do videogame.
Porém, os cartuchos eram completamente compatíveis, porém duas travas de plástico no console impediam o uso cruzado. Era comum os jogadores quebrarem as peças com alicates e então aproveitarem os jogos à vontade. Contudo, foram introduzidas posteriormente outras medidas de proteção.
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