Novos aplicativos são criados diariamente, mas nem todos chegam aos smartphones. Isso porque a App Store e Google Play Store submetem os programas a uma análise rigorosa, em busca de problemas que possam colocar em risco a segurança e a integridade dos usuários.

Conheça os principais golpes em smartphones e veja como se proteger

Os apps podem ser recusados ou removidos por diversos motivos: violação da privacidade, instalação de outros programas sem o consentimento do usuário e até a utilização de informações bancárias com a intenção de causar danos financeiros. Muitas vezes estes programas maliciosos usam outros mais famosos para atingir um grande número de usuários, como é o caso recente do InsaAgent, que prometia revelar quem visitou o seu Instagram, mas a real intenção era roubar senhas e informações dos usuários.

Apple e Google fazem análises rigorosas dos apps antes de chegarem aos usuários (Foto: Marvin Costa/TechTudo)

Para tentar evitar que estes problemas cheguem até você, Apple e Google agem de maneiras distintas. Em agosto, mais de 300 aplicativos foram retirados da App Store. Para encontrar os programas potencialmente prejudiciais a loja avalia cada app individualmente e analisa se existe algum código malicioso ou se o aplicativo vai contra as normas de uso da empresa. A análise é feita por humanos – por isso, a aprovação pode demorar.

A Apple disponibiliza uma página (em inglês) com todas as regras para que um app seja aceito na App Store. A lista é extensa, mas a própria empresa se justifica: "Se isso soa como se nós fôssemos malucos por controle, talvez seja porque estamos comprometidos com nossos usuários e queremos garantir que eles tenham uma experiência de qualidade com nossos produtos."

De acordo com o especialista em segurança da Kaspersky, Fábio Assiolini, é preciso tomar muito cuidado, já que alguns malwares conseguem passar por este processo rigoroso e acabam sendo disponibilizados nas lojas. “Muitos apps são claramente maliciosos, mas existem outros que são extremamente disfarçados e podem enganar o usuário”, afirma.

O desenvolvedor de aplicativos Gabriel Pacheco explica que existe um canal de comunicação entre a empresa e quem produz os apps, para facilitar a conversa caso haja algum problema. "Eles disponibilizam um canal onde você poderá apelar por uma nova análise, caso seu app seja negado, e expor seus argumentos. Mas o mais comum é que o desenvolvedor altere o que foi solicitado e submeta uma nova versão para análise", diz.

Já o sistema operacional do Google, o mais utilizado no mundo e também o

... ="_self">mais afetado por malwares, é mais aberto: para que os aplicativos cheguem o mais rápido possível até os usuários, a empresa submete estes apps a um algoritmo que avalia se eles atendem à política de segurança. Caso exista algum problema, uma equipe de especialistas faz uma reavaliação.

A análise humana foi incorporada este ano na Play Store. "Começamos a analisar aplicativos antes que fossem publicados no Google Play para proteger a comunidade e melhorar o catálogo. Esta iniciativa envolve uma equipe de especialistas responsável por identificar violações às nossas políticas para desenvolvedores já no início do processo", afirma a empresa em seu blog oficial. 

Os aplicativos maliciosos são imediatamente removidos das lojas oficiais. No caso de programas famosos, o desenvolvedor pode corrigir a falha e disponibilizar uma versão atualizada para substituir a que foi removida.  

Google Play Store agora trabalha com uma equipe de especialistas que analisam os apps (Foto: Divulgação)

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Mas a reputação conta bastante na hora de aprovar os programas. O especialista em segurança da Norton, Nelson Barbosa, explica que se o desenvolvedor tiver um histórico ruim, novos aplicativos podem ser negados automaticamente, sem passar pela avaliação. Ele destaca, também, a importância das reclamações feitas por usuários. “Apesar da verificação, existem alguns casos em que a intenção principal do aplicativo está tão escondida que a loja só vai retirar ou banir este app depois que o usuário reportar o problema”, alerta. 

Outras questões também podem ser levadas em consideração na hora de proibir um aplicativo, como apologia ao uso de drogas (caso do app iSnort), conteúdo com teor erótico (conforme encontrado no Wobble iBoobs), referências a questões religiosas e outros assuntos de cunho moral (Confession).   

Alguns aplicativos maliciosos podem ser identificados antes mesmo de serem baixados, somente com uma leitura cuidadosa da descrição do download. Além disso, e diante de tantos riscos, os especialistas recomendam o uso de um antivírus. A maioria dos programas é altamente disfarçada e apenas um software especializado pode identificar o problema antes mesmo da instalação.

Outra medida importante é utilizar somente as lojas oficiais para baixar novos aplicativos, já que elas fazem uma avaliação rigorosa antes que os programas cheguem até o seu smartphone.



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