Fifa 17 foi uma das novidades apresentadas pela Electronic Arts em seu evento EA Live, poucos dias antes da E3 2016 começar, em Los Angeles. Durante a coletiva de imprensa da companhia, o jogo ganhou como principal novidade o modo “The Journey”, uma espécie de “campanha com história” e traços de RPG.
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O jogo de futebol sai até o final do ano para as principais plataformas, incluindo PS4, Xbox One e PC, e se sustenta em três pilares: o modo história, motor gráfico inédito e jogabilidade refinada.
A jornada do herói
A primeira grande novidade de Fifa 17 é o modo The Journey. Nele o jogador assume o papel de Alex Hunter, jogador fictício de futebol, que acaba de começar a carreira e precisa criar fama para estar entre os grandes. Para isso ele deve jogar bem, se relacionar com os companheiros de equipe e também cuidar de sua vida pessoal.
Fifa agora tem um “modo RPG”. A equipe de desenvolvimento conta a ajuda da produtora BioWare para criar essa novidade – para quem não sabe, trata-se do estúdio responsável por títulos como Dragon Age, Mass Effect e Star Wars: The Old Republic.
A influência da BioWare na produção é clara: Hunter vive sua vida e o jogador precisa escolher os diálogos do jogador, sempre com três opções – uma mais positiva, outra mais forte por vezes negativa, e outra mais neutra, “em cima do muro”. Estes diálogos vêm em diversas situações: seja após uma partida boa ou ruim, uma briga na família ou amigos, depois de conseguir uma grande vitória no campeonato decisivo, entre outros fatores.
O jogador vive a vida de Hunter em detalhes, seja em diálogos com o treinador, levando uma bronca após tomar cartão vermelho na partida de ontem, ou sendo parabenizado por ter sido o destaque da equipe. É possível conferir o que falam sobre ele nas redes sociais, como o Twitter, e realizar importantes decisões sobre a carreira.
Hunter é um personagem fictício, 100% criado para o game, mas tem personalidade e é bastante realista para os padrões da Premier League, onde atua. Nos testes, pudemos conferir parte de sua história no Manchester United, em uma partida de estreia, em que ele teve a chance de jogar ao lado de seu amigo de infância.
Mas como isso funciona na jogabilidade em si? Antes de entrar na partida, o usuário escolhe se quer controlar toda a equipe ou apenas Hunter. Se controlamos apenas Hunter, ele pode não entrar na partida de primeira, dependendo de como anda sua performance nos campos. Se ele está fraco, pode começar no banco, se já for um craque, inicia a partida no ataque.
Se Alex começar o jogo no banco, o jogador apenas acompanha os melhores momentos da partida, como gols, faltas e outros eventos aleatórios que podem ocorrer. Assim que ele for necessário, o treinador, controlado pelo computador, vai colocá-lo em jogo. No nosso teste, entramos com Hunter faltando apenas 20 minutos de jogo, com a missão de desempatar a partida – estava 1 a 1.
Ao entrar em campo, Alex recebe algumas “missões” que, se completadas, rendem pontos de evolução de performance. Por exemplo, chamar a atenção do treinador, com bons momentos na partida; realizar 10 passes corretos para jogadores da mesma equipe; ou até mesmo conseguir marcar três gols na mesma partida. Dependendo de como o jogador completa ou não esses objetivos, Hunter pode ou não melhorar sua moral na equipe.
Por outro lado, o jogador também pode escolher controlar toda a equipe, incluindo Alex, se ele já estiver em jogo. Porém, não é possível controlar substituições e esquema tático desta forma: fica tudo a cargo do computador. Assim, Alex Hunter pode ou não entrar em campo até o final da partida. Novamente, tudo depende de suas performances prévias.
Motor gráfico de jogo de tiro
Outra novidade de FIFA 17 é a estreia do motor gráfico Frostbite, o mesmo utilizado em games de tiro da EA, como Battlefield e Star Wars Battlefront. Isso permite não apenas o realismo apurado e jogadores ainda mais próximos da vida real, mas também a facilidade na programação.
A jogabilidade também recebeu mudanças drásticas, como na forma de realizar escanteios. Agora o jogador que cruza tem uma espécie de “mira” na área da defesa, que serve para mirar onde a bola vai cair, de forma aproximada. Isso facilita bastante para quem não tem muito controle sobre a bola e, ao mesmo tempo, deixa tudo mais técnico.
A promessa da EA é de melhorar muitos pontos na jogabilidade de FIFA 17, como nos passes, defesa e colisão entre os jogadores. Novas fintas e dribles estão inclusos no pacote, apesar de não termos visto muitos. A produtora também garantiu que as equipes femininas estão de volta, mas não vai detalhar, por enquanto, quais clubes estão no game, incluindo brasileiros.
Nem mesmo o tempo total de jogo do modo de história foi revelado, mas a EA garantiu que pretende fazer uma campanha duradoura, ainda mais com tantas possibilidades de diálogos e caminhos que o jogador poderá tomar com Hunter.
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