iOS 10, macOS Sierra, novidades na Siri, no Apple TV e no watchOS … O WWDC 2016 trouxe muitas novidades para o ecossistema da maçã. Mas, afinal, o que significa tudo isso para o usuário? O TechTudo esteve no evento anual da Apple, em San Francisco, e conversou com quatro desenvolvedores brasileiros para tentar traduzir as mudanças, que chegam já a partir de setembro.
iPhone ganha nova tela de desbloqueio e Siri mais esperta com iOS 10
Gian Nucci, Henrique Gouveia e Salmo Júnior trabalham para o CI&T, uma empresa multinacional que tem, entre seus clientes, Coca-Cola, Johnson, SulAmerica, Alelo e outros. Além deles, Natan Rolnik, que mora em Tel-Aviv, Israel, onde trabalha para a startup Rounds. Em comum, os quatro brasileiros têm a paixão pelo universo da Apple e pela produção de aplicativos para as quatro plataformas da empresa, Apple TV, iPhones e iPads, Macs e Apple Watch.
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Para os quatro, o WWDC 2016 tem uma grande mensagem: não importa em qual plataforma você esteja. O dispositivo é simplesmente um meio para acessar seus dados, fazer suas tarefas. Mas, para Rolnik, ainda não é o caminho de unificar os quatro sistemas. "Cada plataforma tem sua especificidade, seu case. Muita coisa pode ser compartilhada, mas ainda temos características muito diferentes entre os devices. O Watch não é um miniiPhone. É um relógio", diz o desenvolvedor.
Ainda segundo Rolnik, um dos grandes momentos do evento da Apple foi a liberação das APIs da Siri. Assim, a assistente pessoal da Apple pode interagir com aplicativos em nível de sistema operacional, deixando todo o processo extremamente funcional - e simples. Porém, esse processo ainda não é como no Android, por exemplo. "A Apple está abrindo com responsabilidade, no estilo da Apple: faz uma coisa, estuda o mercado, avalia, e então libera mais", explica Rolnik.
Outro ponto em comum entre os quatro desenvolvedores está no destaque da apresentação: compartilhar o conteúdo da
Já para Henrique Gouveia, há um recado claro da Apple. Para ele, a empresa deixa mais decisões para a comunidade, ao abrir suas APIs, deixando para os desenvolvedores a missão de integrar tudo. "Hoje foi um aprofundamento, uma prova de que a integração vai ser cada vez mais profunda. Embora o propósito de cada aparelho seja diferente", diz.
Salmo Junior contém a empolgação. O desenvolvedor lembra que, de todas as grandes novidades do WWDC 2016, as três mais importantes - Siri, Maps e Message - não são tão populares no Brasil. Isso, sem dúvida, pode comprometer a empolgação dos usuários por aqui. Mesmo Apple Pay e Apple Music são muito mais apelativos nos EUA e Europa, deixando o público brasileiro restrito às mudanças de sistema operacional.
Ou seja: muita coisa vai mudar no universo Apple. A convergência entre as quatro plataformas entra num estágio que simplesmente não tem mais volta. A Siri fica inteligente e interage como nunca, agora com aplicativos de terceiros. E, se para os desenvolvedores, agora é necessário pensar em desktop, TV, relógio e celular/tablet, para os usuários, o trabalho não fica restrito a uma plataforma. Ele deve estar com você, não importa o tamanho da sua tela. E essa parece ser a missão da Apple.
*O jornalista viajou a convite da Apple
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