Intel e AMD foram por caminhos diferentes em relação aos lançamentos de 2016. A Intel fortaleceu a sexta geração de processadores com uma série de chips de alta performance e até opções de custo-benefício interessante enquanto que a AMD, em processo de restruturação de portfólio, acabou apenas anunciando aquela que é a sétima geração das suas APUs, com unidades previstas para desembarcar nas mãos dos consumidores em 2017. Conheça os pontos de destaque das duas marcas em 2016.

Primeiro processador da Intel comemora 45 anos; conheça trajetória

Intel

Com estreia apenas nos notebooks, sétima geração não foi destaque da Intel em 2016 (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)

Em 2016, a Intel consolidou a sexta geração de processadores (Skylake), anunciou a saída dos celulares e deu início ao ciclo da sétima geração (Kaby Lake), ao menos nos notebooks. Para o mercado mais exigente, a Intel também teve lançamentos com a chegada dos processadores Broadwell-E, linha para entusiastas cujo chip mais importante conta com 10 núcleos.

As CPUs mais interessantes

Há processadores com diversas faixas de preço e propostas entre as linhas da Intel e, em relação aos apresentados nesse ano, a lista é grande. Entre os i7 top de linha, com preços bem altos, os processadores mais importantes lançados em 2016 foram i7 6950X, com 10 núcleos (R$ 9.800); i7 6900K, com suporte a overclock (R$ 6.150) e o i7 6700K (R$ 1.650).

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Core i5 6600K: o melhor de 2016 da Intel

Desempenho e preço equilibrado do i5 6600K o fazem um dos principais processadores do mercado atual (Foto: Divulgação/Intel)

Além do i7 6700K, outro processador bem interessante, com boa performance e preço mais acessível, é o i5 6600K: esse quad-core suporta overclock e pode ser encontrado por R$ 1.250, em média. O preço mais baixo e a boa performance dessa unidade a faz uma das escolhas mais lógicas para quem está montando um computador com configurações bem atualizadas. Bom no custo-benefício, o i5 6600K é o melhor processador da Intel no ano.

Esse i5, claro, não supera o desempenho de unidades i7 mais caras, mas é consideravelmente mais barato e, ainda assim, entrega um nível de performance satisfatório para diversos perfis de uso, como games e softwares exigentes. Excelente no custo-benefício, o i5 6600K é o melhor chip da Intel em 2016. Em termos de configurações, ele é um quad-core de 3.5 a 3.9 GHz e 6 MB de cache.

Fim da linha para os Core m e Atom nos celulares

A Intel encerrou as linhas de processadores Core m3, m5 e m7, que foram criadas para ocupar um espaço bem determinado em computadores com hardware mais econômico, desenvolvidos para a portabilidade. Agora, os Core i3, i5 e i7 ocuparão esses espaços com unidades especificas. Outra decisão da marca foi de encerrar os esforços em torno da popularização dos chips Atom nos celulares Android: de agora em diante, o Atom será usado em placas de desenvolvimento e em outras aplicações específicas, deixando o mercado de celulares livre para os ARM.

AMD

AMD usou 2016 para preparar o terreno para os novos processadores Zen (Foto: Divulgação/AMD)

O ano da AMD, em termos de processadores, foi bem pouco movimentado. A Advanced Micro Devices não lançou muita coisa em 2016 e usou o ano para esquentar a expectativa em torno da nova arquitetura Zen, que chega em 2017. Com ciclo mais frugal em 2016, a marca apresentou algumas APUs interessantes, que, entretanto, têm sua disponibilidade limitada no momento (só podem ser encontradas em computadores vendidos prontos) ou terão lançamento apenas em 2017.

Sétima geração de APUs

A geração mais recente de APUs apareceu ainda no começo do ano e, embora as melhorias sobre o que veio antes tenham sido marcantes, os registros de performance dos chips ainda os colocam bem atrás das opções da Intel, menos quando o assunto são gráficos. A sétima geração (chamada de Bristol Ridge) trouxe 20% de ganhos de desempenho em processamento via CPU e 37% via GPU para as APUs, especialmente

... as mais poderosas nas linhas A12 e A10.

A12 9800 é o grande lançamento de 2016

Apesar das propostas interessantes, novas APUs da AMD só devem ter grande disponibilidade em 2017 (Foto: Divulgação/AMD)

Essa APU faz parte da nova geração da AMD e se destaca por conta de ser o processador acelerado mais rápido da marca. Em termos de processamento, ela ainda fica atrás dos processadores da Intel de mesma faixa de preço, mas sua GPU Radeon R7 embutida deixa as Intel HD Graphics dos concorrentes para trás com grande facilidade: benchmarks independentes mostram que essa APU pode atingir desempenho 100% melhor em gráficos do que um processador de mesma faixa de preço da Intel.

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Além de ser interessante para quem quer tentar economizar e jogar sem placa de vídeo, a A12 9800 oferece alguns extras interessantes: oferece suporte às memórias DDR4, conta com decodificação de hardware de vídeo em HEVC/x265 e, mais importante ainda, tem compatibilidade com o soquete AM4, plataforma criada pela AMD para unificar todos os seus processadores em torno de um único soquete. Na prática, comprar uma APU Bristol Ridge hoje garante upgrades tranquilos por alguns anos, já que o AM4 deve sobreviver por um bom tempo.

O grande problema da A12 9800 é que o chip ainda não está no mercado. Apesar de ter sido apresentado em 2016, a unidade deve estrear apenas em 2017, quando a chegada dos novos Zen pode até mesmo tornar essa APU obsoleta em questão de semanas, já que as APUs Bristol Ridge não contam com uma série de melhorias da arquitetura Zen.

O ano da AMD decepcionou?

Por um lado, sim, houve uma grande escassez de novidades e a falta de novas CPUs apenas enfatiza a necessidade urgente de aposentadoria dos processadores FX atualmente no mercado. Mas, por outro, o hiato parece funcionar bem para condicionar a atenção de todos em relação aos processadores Zen, que terão apresentação transmitida via Internet no próximo dia 13 e que devem começar a ser comercializados já nas primeiras semanas de 2017.


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