A nova tendência nos crimes digitais é instalar mineradores de moedas virtuais no PC dos outros. A prática aumentou em 44,5% no mundo desde o final de 2017 e ultrapassou os ataques de ransomware (em que o bandido sequestra o computador e pede resgate), que estavam no top do ranking no ano passado.
Esse tipo de golpe chama a atenção ao ser comparado com a série La casa de Papel. Assim como na produção da Netflix, a proposta da mineração de Bitcoin ou outras criptomoedas não é roubar dinheiro, e sim, fabricar moedas, no caso, virtuais, com recursos de terceiros - PCs, celulares, roteadores e até aparelhos da Internet das coisas podem ser usados.
Quem fez a analogia entre o novo golpe (também chamado de cryptojacking) e o assalto que serve como pano de fundo para a série foi o analista de segurança da Kaspersky Lab Santiago Pontiroli. O TechTudo conversou com o especialista durante a 8ª Conferência de Analistas de Segurança para a América Latina, que aconteceu no Panamá, na última semana. Entenda o que o novo tipo de ataque e a série de sucesso têm em comum.
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La Casa de Papel e os Bitcoins
La Casa de Papel é a série de de língua não inglesa mais assistida da história da Netflix, segundo o serviço de streaming. A série mostra de forma emocionante o que seria o "roubo perfeito" do ponto de vista de carismáticos ladrões com nomes de cidades (Berlim, Tóquio, Rio, Nairobi Denver, Moscou, Helsinque e Oslo).
O enredo mostra um assalto à Casa da Moeda Espanhola. Comandados pelo “Professor”, o grupo de oito pessoas invade o local com o objetivo de imprimir o próprio dinheiro, cerca de 2.4 bilhões de euros. Eles ficam no prédio por alguns dias com 67 reféns, enquanto a polícia faz de tudo para pegá-los. Um dos diferenciais da série para outras produções sobre grandes assaltos é o fato de que os protagonistas acreditam que ninguém será roubado.
Nos caso dos Bitcoins, a fabricação do dinheiro virtual é feita por meio de complexas operações matemáticas. Em tese, qualquer um pode fabricar moedas. O que dificulta o processo é que ele exige muita capacidade do computador e gasta bastante energia. Por isso, mineradores mal intencionados invadem o computador de vários usuários, fazendo as máquinas de “refém”, e usam seus recursos para gerar moedas. Tudo isso sem que o dono do equipamento fique sabendo.
Como o golpe funciona?
Quando um PC é infectado por um miner, toda sua capacidade de processamento vai para a execução dessa tarefa, sobrecarregando o processador e a placa de vídeo — qualquer semelhança com a personagem Nairobi é mera coincidência: “quero as máquinas funcionando 24 horas, como se fosse uma rave techno!", ela diz.
O computador vira parte de uma rede de milhares de máquinas, gerando dinheiro que vai para o bolso do hacker. O aparelho pode ficar mais lento, deixa outras operações importantes em segundo plano e passa a consumir também muito mais energia. O prejuízo pode ser visto na conta de luz. Não é à toa que o mining cresce mais em países como Venezuela e Bolívia, onde a energia elétrica é mais barata e a vítima pode pagar a conta um pouco mais cara sem desconfiar.
Quando se trata da invasão a celulares, há relatos de aparelhos que até entortaram tamanha a demanda de energia e processamento causada pelo miner instalado. Outros dispositivos podem ser usados. Recentemente, um ataque como esses infectou 200 mil roteadores no mundo, 72 mil deles no Brasil.
Empresas e data centers, com sua enorme capacidade, também estão na lista. “Ambiente corporativos e data centers têm recursos quase ilimitados e são presas fáceis para os mineradores. Eles se aproveitam de vulnerabilidades expostas e até ferramentas legítimas dos sistemas. Os critominers estão seguindo o mesmo caminho do ransomware: primeiro usuários caseiros, depois os empresariais”, explica Pontiroli, lemb
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