O Prêmio eSports Brasil está prestes a consagrar os melhores jogadores de 2018. A cerimônia de gala para anúncio dos ganhadores acontece nesta quarta-feira (19), no Memorial da América Latina, em São Paulo. Neste ano, no entanto, o evento traz uma novidade: a estreia da categoria de Mobile Games. Para falar sobre os jogos de celular no competitivo, o TechTudo conversou com Bruno PlayHard. O streamer é um dos jurados da nova categoria da premiação e ficou famoso jogando títulos como Clash of Clans, Clash Royale e Free Fire Battlegrounds.
Bruno PlayHard tem quase 7 milhões de inscritos e 700 milhões de visualizações no seu canal no YouTube. O mineiro de 24 anos de idade entrou na plataforma de vídeos em 2014, e desde então, tornou-se referência quando o assunto são games mobile. Clash Royale, título da Supercell, é uma das grandes estrelas do canal de Bruno."O jogo foi uma febre em 2017 e ainda permanece com uma base de usuários ativos grande e cada vez mais interessada no competitivo", comenta Bruno.
Clash também está em um ótimo momento no competitivo. Em 2018 aconteceu a primeira edição da Clash Royale League, liga mundial do torneio. O sucesso do evento fez do jogos um dos destaques do ano nos esports, segundo o TechTudo. "O cenário competitivo mobile ainda é muito recente, Clash Royale foi um dos primeiros jogos de celular a apostar nisso e ter muito sucesso," comenta.
E as expectativas de Bruno para a próxima temporada de Clash são boas. "Acho que o sucesso das temporadas de torneios desse ano vai refletir positivamente no planejamento do jogo para 2019, e Clash Royale tem tudo pra se tornar um dos jogos competitivos clássicos em mobile, assim como Counter Strike e DotA são para PC."
De olho no futuro
Mas Bruno não é apegado. Recentemente, o influenciador também começou a falar sobre Free Fire, Battle Royale lançado pela Garena há um ano. O game, que foi desenvolvido para rodar em celulares, é uma das maiores sensações do momento. "Mesmo sendo um jogo recente, logo nos primeiros meses já conseguimos ver um crescimento absurdo nos downloads em lojas de aplicativos e visualizações em plataformas de vídeos," conta Bruno. "Depois dessa análise resolvi testar alguns vídeos do jogo no meu canal, e quando reparei que no geral estavam desempenhando melhor que a minha média em outros jogos, a transição foi algo natural", justifica.
Não é só Bruno que está de olho nos Battle Royales para celular. Jogos que são verdadeiros fenômenos nos consoles, como Fortnite e PUBG, ganharam recentemente versões para mobile. "PUBG, Fortnite e outros tentam trazer produtos idênticos as suas versões de PC e console para celular, o que é fenomenal por ser um esforço para encurtar cada vez mais o "gap" entre gamers baseados em seus dispositivos", avalia otimista. Por outro lado, ele não deixa de citar o ponto negativo da situação."Infelizmente [PUBG Mobile e Fortnite] não atendem a maioria do público de mercados como o Brasil, onde nem todos possuem um celular de última geração e alto desempenho", critica.
Sendo assim, como Free Fire Battlegrounds sai na frente dos concorrentes? A resposta do Youtuber é direta. "Free Fire se destacou em mercados emergentes pelo fato de adaptar o gênero Battle Royale para celulares em um jogo com gráficos e mecânicas simplificadas, portanto mais adequados para aparelhos mais baratos. Eles permanecem se beneficiando com essa filosofia, e eu acho que hoje vai ser dificil outro Battle Royale mobile conseguir superá-lo facilmente."
Por que jogos mobile?
"Trabalhar com jogos mobile foi uma escolha. É um mercado que eu acredito que tem muito potencial e vai crescer muito nos próximos 2, 3 anos. O competitivo mobile vem muito forte também o que agrega muito para todo produt
Que 2018 foi um ano bom para os esports mobile, disso ninguém dúvida. "Quando eu comecei acreditava que jogos mobile seriam o futuro... Hoje ja são uma realidade. Segundo várias pesquisas, já representamos um número de jogadores maiores que PC/Console. Jogos mobile têm sido um dos temas com maior taxa de visualizações no YouTube e Lives. As pessoas simplesmente amam o fato de poder jogar a qualquer momento jogos divertidos e complexos como os de outras plataformas".
Bruno é ainda mais otimista ao pensar em 2019. "Free Fire vai entrar forte no competitivo certamente, já anunciaram um torneio mundial para Abril de 2019. Além do Clash Royale, Brawl Stars, o novo título da Supercell, que tem muito potencial. Foi um jogo desenvolvido com foco competitivo, permaneceu por quase 1 ano em testes o que quer dizer que a desenvolvedora fez questão de ter certeza que ele estaria pronto para o mercado e só nos resta observar se ele vai se tornar tão grande quanto os seus 'irmãos' Clash Royale e Clash of Clans", aposta.
Como melhorar no Free Fire?
Para finalizar, Bruno dá alguns conselhos valiosos aos jogadores que querem melhorar em Free Fire. O game traz todos os elementos competitivos e emocionantes de um clássico Battle Royale. Como tornar-se melhor no jogo? Bruno PlayHard ajuda: "É sempre bom jogar com amigos (duo ou squad) quando jogar ranqueadas do Free Fire, fica bem mais fácil de conseguir subir de rank quando seus amigos estão por perto para te ajudar nas partidas".
Para Bruno, também é importante ser cuidadoso. "Uma dica boa é evitar ir pra cima dos inimigos se você ainda não está com armas boas (colete e capacete nível máximo etc)", destaca. Por último, "assistir aos vídeos de outros jogadores no YouTube também vale muito a pena, porque vendo as partidas pelos olhos de outros jogadores experientes você consegue analisar estratégias e absorver as que podem funcionar melhor pra você", conclui.
Prêmio eSports Brasil 2018
O Prêmio eSports Brasil 2018 é uma iniciativa da Unidade de Esporte do Grupo Globo em parceria com a Go4It e com apoio digital da VIU Hub. A cerimônia e será transmitido ao vivo pelo SporTV 2 a partir das 21h e no YouTube e na Twitch TV no canal do e-SporTV.
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