O Facebook confirmou que Spotify e Netflix tiveram acesso a mensagens privadas de alguns usuários da rede social. Segundo declaração da empresa desta terça-feira (18), os serviços puderam, durante anos, visualizar as conversas de pessoas que ativaram funções para recomendar músicas ou filmes para sua rede de contatos. No entanto, não foi esclarecido ainda se o histórico de mensagens continua disponível para as empresas parceiras.
A declaração do Facebook foi divulgada na esteira de uma publicação do jornal The New York Times que acusa a rede social de entregar dados sigilosos de usuários para grandes empresas de tecnologia. Além dos serviços de streaming de música e vídeo, companhias como Amazon, Apple, Microsoft e Yahoo teriam tido acesso privilegiado a informações privadas sem o consentimento dos usuários. Todas as empresas envolvidas no caso negam mau uso dos dados.
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Entenda o caso
Spotify e Netflix tiveram acesso às mensagens de usuários que ativaram a integração dos serviços com o Facebook. A função tinha o objetivo de recomendar conteúdo a amigos, mas também abria portas para fornecer o histórico de mensagens às empresas.
Segundo a rede social, os dados eram entregues apenas mediante autorização do usuário. No Spotify Desktop, por exemplo, usuários deveriam fazer login no Facebook para enviar e receber mensagens sem sair do aplicativo. Para a função operar, o serviço de streaming teve acesso à caixa de entrada do perfil na rede social.
Segundo o Facebook, essas parcerias foram encerradas junto com as providências tomadas em abril por conta do escândalo da Cambridge Analytica. Entretanto, a empresa diz que ainda precisa “de um gerenciamento mais rigoroso sobre como parceiros e desenvolvedores podem acessar informações usando nossas interfaces de programação (APIs)”. Ainda não se sabe, portanto, se dados de usuários permanecem acessíveis mesmo após o encerramento das funções de recomendação.
Um problema diferente foi apontado pelo The New York Times nas integrações do Facebook com Microsoft e Yahoo. Nesses casos, em vez de fornecer histórico de mensagens, a rede social abriu caminho para que o buscador Bing e o e-mail Yahoo Mail pudessem ver informações de amigos, mesmo sem o consentimento dos usuários.
Apesar de garantir que essas integrações já foram encerradas, o Facebook não confirmou que dados de amigos eram entregues aos parceiros conforme descreveu o jornal americano. Em nota, o Facebook diz que quase todas as parcerias foram desfeitas nos últimos meses, com exceções de integrações com serviços da Apple e Amazon, que ainda têm contratos vigentes e permanecem ativas. A rede social, porém, não detalhou os dados incluídos nas parcerias.
Vazamento de fotos
A nova polêmica de privacidade envolvendo o Facebook surge na mes
Via Facebook e The New York Times
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