The Witcher 3 Wild Hunt chega ao PS4, Xbox One e PC nesta terça-feira (19). Desenvolvido pela polonesa CD Projekt RED, o game atraiu a atenção de todos com uma proposta extremamente ambiciosa, que coloca um ponto final na saga do bruxo Geralt de Rívia. Confira as nossas primeiras impressões do game:
The Witcher 3: Wild Hunt terá 16 DLCs gratuitos
O carniceiro de Blaviken em sua melhor forma
Montado em seu cavalo, carinhosamente apelidado de Carpeado, o Carniceiro de Blaviken, como é conhecido Geralt de Rívia, procurava atentamente por vestígios em uma floresta. O protagonista de cabelos brancos, cujo serviço é exterminar monstros, utilizava seus sentidos de bruxo para destacar os principais componentes do cenário, afim de detectar pegadas de uma possível aberração rotulada de “Berrante”.
Os rastros encontrados por Geralt o levaram até o topo de uma colina, resguardada pela criatura voadora. Era o tal “Berrante”. O bruxo saltou do cavalo e, por instinto, brandiu sua espada de prata (ideal para combater monstros) com a mão direita, sem que precisássemos tirá-la de forma manual usando um dos direcionais do controle.
Travamos a mira na criatura com o botão R3, do DualShock 4 do PlayStation 4, e engatilhamos uma besta de mão para interceptarmos uma investida aérea, que certamente teria sido fatal. Atordoado pelo ataque à longa distância, o “Berrante” caiu de forma brusca, enquanto o bruxo executava o sinal mágico Igni para envolver o inimigo em chamas.
Entre uma esquiva aqui e ali, Geralt, com uma velocidade descomunal, projetou o sinal de Axii, que veio à tona dominando a mente do inimigo, deixando-o completamente vulnerável. A batalha por fim terminou e, para comprovar a vitória contra a ardilosa anomalia, o bruxo mutante, sem hesitar, tomou a cabeça do adversário como prova e prêmio.
Um universo cheio de vida
O combate contra o “Berrante” foi apenas a “ponta do iceberg”. Apenas um dos inúmeros contratos disponíveis em pequenos vilarejos e cidades. Apenas uma das centenas de histórias que arquitetam os reinos nórdicos idealizados por Andrzej Sapkowski, brilhantemente traduzidos pela CD Projekt RED para o mundo dos games.
The Witcher 3: Wild Hunt é um título como há muito tempo não se via no mercado de videogame. O terceiro episódio da saga presenteia o jogador com um vasto mundo aberto cheio de vida. Pequenos vilarejos com crianças descalças brincando, trabalhadores semeando o campo e pessoas com problemas reais. Problemas que vão desde familiares desaparecidos até abortos forçados, conflitos amorosos, doenças e traições.
Geralt não é um herói e muito menos será capaz de conquistar reinos. O Bruxo de Rívia simplesmente cumpre o seu papel, e suas escolhas influenciam o mundo de maneira positiva ou negativa. Cada missão tem os dois lados da moeda, sendo praticamente impossível ficar em cima do muro. Em Wild Hunt, o jogador deve aprender a conviver com decisões difíceis de serem tomadas, que podem ter conseq
The Witcher 3 não é um jogo verdadeiramente next-gen apenas pelo seu grau de complexidade. Os detalhes visuais que constituem os Reinos do Norte são capazes de fascinar até o mais comedido jogador. Geralt pode ver a noite cair, presenciar o céu ser tomado por nuvens carregadas, além de apreciar o belíssimo nascer do Sol.
Fazendo jus ao apelido de carniceiro
Em The Witcher 3 não há inimigos por todos os cantos como em um MMORPG, por exemplo. Aqui, Geralt precisa caçá-los em áreas específicas, já que monstros dificilmente habitam regiões povoadas.
Ao concluir caçadas e matar monstros, Geralt acumula pontos de experiência para aprimorar habilidades de ataque, alquimia, sinais etc. Aliás, o bruxo pode criar as mais diversas poções, incluindo óleos para combater criaturas específicas e bombas para destruir ninhos de aberrações.
Em termos de jogabilidade, o combate de Witcher 3 é como uma dança com espadas. É durante as batalhas que o apelido de Geralt, o Carniceiro de Blaviken, vem à tona, já que com movimentos rítmicos, ele consegue fatiar monstros e bandidos com precisão absoluta.
Em comparação com The Witcher 2, Wild Hunt apresenta um sistema de combate bastante dinâmico, que funciona de forma exemplar ao aliar elementos de hack’n'slash com estratégia em tempo real. Especialmente nos dois níveis de dificuldade mais elevados – “Sangue e Glória” e “Marcha da Morte” -, os brutais encontros são bastante desafiadores, com sequências memoráveis e sanguinárias.
“Não bebo com uma aberração”
É bom lembrar que The Witcher 3: Wild Hunt está totalmente em português. O trabalho de voz está incrível, incluindo a voz de Geralt de Rívia, que segue a grave rouquidão do protagonista da versão em inglês.
A localização foi tão bem feita que Wild Hunt é capaz de competir diretamente com dublagens de filmes blockbusters, tamanha sincronia labial e qualidade de diálogos. É nítido o cuidado da CD Projekt RED com a adaptação para o português brasileiro, visto que os dubladores não estão simplesmente lendo o material. Há, certamente, sentimento envolvido ali.
Nasce um sério candidato a jogo do ano?
The Witcher 3: Wild Hunt chega para nos lembrar de que a oitava geração de consoles está entre nós. Grandioso e complexo em todos os sentidos, o desfecho da jornada de Geralt de Rívia pode até ser denso demais para alguns, mas certamente ficará marcado na história dos videogames como um dos projetos mais ambiciosos e caprichados dos últimos tempos. Continue ligado no TechTudo para conferir a análise completa do game.
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