Carros elétricos no Brasil ainda não são tão comuns quanto modelos tradicionais. Veículos do tipo prometem diversas vantagens ao usuário e ao meio ambiente, como motor silencioso e a menor poluição, já que não há queima de combustível. Apesar disso, ainda há muitas dúvidas a respeito da tecnologia. Pensando nisso, o TechTudo apresenta a seguir sete mitos sobre o assunto desvendados por especialistas da BMW.
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1. "Carros elétricos não têm boa autonomia ou alcance"
O principal mito envolve o receio de ser deixado na mão no meio da estrada. Algumas informações erradas indicam que, com baixas temperaturas, a autonomia dos carros elétricos cai consideravelmente. E, mesmo que isso fosse verdade nas primeiras gerações, o avanço das baterias atuais e os novos sistemas de gerenciamento de calor teriam deixado o problema para trás.
O que de fato interfere na autonomia é o comportamento do próprio consumidor, de acordo com a Gerente de Produtos Embarcados da BMW Charging, Karin Krüger. Segundo ela, o uso consciente do carro elétrico pressupõe que o motorista esteja atento à relação entre a capacidade média do veículo e seu uso diário, de geralmente 30 km até retornar à residência, para um usuário padrão.
2. "Os carros elétricos demoram muito para carregar"
Além dos diversos pontos de recarga rápida no país, como 30 novas estações de recarga da EDP interligando São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba e Florianópolis, as próprias montadoras já trazem tecnologias que aceleram o processo. As “BMW wallboxes”, por exemplo, prometem reduzir o tempo de recarga para alguns minutos ou horas, como explica o Head da linha de veículos elétricos da marca no Brasil, Henrique Miranda.
Vale lembrar que, mesmo recarregando em tomadas domésticas, o motorista raramente vai ter problemas se seguir os hábitos recomendados. Entre eles, vale destacar o carregamento durante a noite ou quando estiver em um shopping ou supermercado, por exemplo, espaços que já oferecem essa opção.
3. "As baterias não são sustentáveis e duram pouco"
Com a proposta de serem alternativas de menor dano ao meio ambiente, os carros elétricos têm um processo de produção que segue premissas sustentáveis, segundo a BMW. Quanto à bateria, a marca afirma que busca melhorar a capacidade de reciclagem para proporcionar uma segunda vida útil. Um exemplo de solução sustentável está presente no BMW i3, cujo componente pode ser reutilizado para armazenar energia solar. Além disso, as baterias dos carros elétricos costumam ser mais potentes e duráveis por serem justamente o "coração" do conjunto. Segundo Henrique Miranda, "é a bateria que permite a mobilidade sem emissões ou ruídos".
4. "Carros elétricos não são melhores para o meio ambiente"
Estudos ao longo dos anos indicam que os carros elétricos são, sim, melhores para o meio ambiente. Os dados que comprovam essa afirmação, segundo a BMW, são obtidos por meio de abordagens holísticas, que incluem todos os fatores relevantes para o impacto ambiental, Ou seja, vai desde a cadeia de suprimentos até a reciclagem, considerando sua produção e vida útil.
Outro fator que ajuda a reduzir os danos é justamente o fato de não haver combustão. Em diversos países, assim como o Brasil, a geração de energia é feita também por meio de fontes renováveis ou de menor impacto no meio ambiente como um todo.
5. "Carros elétricos são muito mais caros"
Levando em conta todos os custos envolvidos, como manutenção d
No Brasil, por exemplo, o IPVA é reduzido ou zerado em diversos estados, e na cidade de São Paulo, onde há um rodízio de carros, os veículos elétricos podem circular livremente. Além disso, a infraestrutura de recarga é gratuita e o custo de energia, bastante competitivo.
6. "Veículos desse tipo dão choque"
Por se tratarem de veículos movidos totalmente ou parcialmente à eletricidade, caso dos híbridos, muito se especula sobre possíveis descargas elétricas, como durante enchentes, por exemplo. Mas, vale lembrar que as baterias dos carros elétricos são projetadas justamente para evitar esse tipo de situação. Os especialistas da BMW afirmam que seus carros passam por testes que consideram inundações e, em caso de acidentes, o fluxo de corrente da bateria é imediatamente desligado para não ter riscos de choque elétrico às pessoas envolvidas.
7. "As cidades vão precisar de muito mais energia"
Desde a chegada dos primeiros carros elétricos, há especulações sobre a capacidade das redes elétricas suportarem a alta demanda. Vale ressaltar que a capacidade energética das diversas regiões depende de diferentes fatores, entre eles o horário de pico, que no Brasil fica entre 18h e 20h. Portanto, ao recarregar os carros durante a noite, essa questão não deve ser um problema.
Com esses veículos também há uma vantagem interessante: a energia pode ser transferida de volta para a rede para atender à demanda. Segundo Henrique Miranda, "além de melhor utilizar a geração atual (de energia), cria-se uma oportunidade de receita para o proprietário do carro elétrico".
Modelos à venda no Brasil
Entre os veículos elétricos disponíveis no país está o BMW i3, compacto totalmente elétrico com preço médio de R$ 200 mil. Outras opções podem ser encontradas de forma oficial no país ou por meio de agências de importação, como Chevrolet Bolt, que também custa cerca de R$ 200 mil, JAC iEV40, com preços em torno de R$ 180 mil, Nissan Leaf, R$ 195 mil, e Renault Zoe, cujo valor é de, aproximadamente, R$ 148 mil.
Vale lembrar que outras montadoras também pretendem investir no segmento no Brasil. Uma delas é gigante Tesla, que deve trazer ao país o SUV elétrico Tesla Model Y em breve, que pode custar cerca de R$ 450 mil por aqui.
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