O PlayStation 5 (PS5), novo videogame da Sony, chega às lojas de alguns países do mundo nesta quarta-feira (11). Embora só venha para o Brasil no dia 19 de novembro, o TechTudo pôde testar todas as funções e desempenho do console, e conta as opiniões sobre visual, funcionamento geral, controle, sistema e custo-benefício. O review traz ainda as principais melhorias em relação ao PS4, como o recurso para otimizar o sistema de resfriamento e evitar os barulhos que o antecessor fazia.
Confira a seguir as impressões finais sobre o novo aparelho, que será vendido no país pelo preço de R$ 4.699 na versão padrão (ou R$ 4.199, no modelo sem entrada para discos). Lembrando que, para os testes, a Sony enviou ao TechTudo o PS5 na versão com entrada para blu-ray.
Design
O PS5 acertou em mudar tanto seu design. Afinal, aquele visual preto sóbrio e retangular do PS4 já vinha desde o PS2, ou seja, já tinha 20 anos. Com o desenho repaginado, branco e com detalhes pretos e luminosos, ele ficou muito bonito e moderno. Bem com cara de um console para abrir as portas para uma nova geração tecnológica.
Por outro lado, a Sony perdeu um pouco a noção na hora de construir o novo PlayStation, e apostou em um videogame muito grande (39 x 26 x 10 cm, lembrando que o PS4 comum tinha 30,5 x 27,5 x 5,3 cm), e muito pesado, com 4,5 kg (contra 2,8 kg do PS4). Lembrando que o Xbox Series X, rival do console, tem o mesmo peso, mas um tamanho muito mais compacto: 30 x 15 x 15 cm. Com isso, não espere por um videogame para levar para a casa de um amigo na mochila: o PS5 vai ficar bem paradinho dentro de casa.
Outro ponto um pouco estranho é a entrada para blu-ray do PS5. O aparelho, quando colocado em pé, precisa de uma área grande ao lado para o encaixe do disco, o que é bem desconfortável. Já quando deitado, a entrada fica mais fácil de manusear.
Em relação ao controle, o ótimo DualSense também tem um visual modernizado, como uma versão futurista do DualShock 4. E combina totalmente com o console em si, formando uma dupla bem chamativa e imponente.
Experiência
O sistema, no geral, mantém uma interface semelhante à do PS4, com comandos e arrumação parecidos. Porém, ela foi bastante modernizada, e agora aparece muito mais elegante e clean. A própria música de fundo, que era aquele som alto e repetitivo do console anterior, agora é um som de fundo muito mais tranquilo e menos perceptível. Em relação ao visual, ele traz um fundo mais escuro com textura iluminada, e é customizado sempre que você passa o cursor sobre um jogo ou um app.
Além disso, é bom salientar: o sistema do PlayStation 5 é muito mais rápido e melhor de usar que o antecessor. Os comandos são respondidos sempre na mesma hora e as ações acontecem rapidamente, como se você tivesse trocando aquele seu computador antigo e cheio de problemas por uma máquina nova de última geração.
A PS Store também parece muito mais leve e fluida, finalmente. A experiência da loja nunca foi muito boa nos videogames passados, e frustava muito o jogador com travamentos, quedas e necessidades de reinicialização. Tudo bem que o console ainda não havia sido lançado durante nossos testes, então tinha muito menos chance do servidor sobrecarregar ou algo assim. Mas, em uma primeira experiência, toda a PSN se mostrou muito boa de usar.
Outro ponto legal de se ver: os jogos instalam e rodam muito rápido. Ao instalar os dois blu-rays de The Last of Us - Part 2, o sistema levou cerca de 10 minutos para copiar todo o jogo e já abri-lo. Tudo muito rápido. E o mais interessante: ele praticamente não faz nenhum barulho. É com certeza muito mais silencioso que o PS4. Ao rodar
Segundo a Sony, o sistema de refrigeração do console teria um upgrade em relação ao PS4 e PS4 Pro, que, além de esquentar bastante, tinham coolers muito barulhentos. A empresa diz que utiliza sensores para medir a temperatura do console, usando tais dados para otimizar sua performance e aquecimento.
Desempenho
Como foi dito antes, o PS5 é realmente bastante rápido e potente. Ao navegar por ele, você já percebe que este é um aparelho de ponta e pronto para os próximos anos: é ágil, não trava e responde a tudo rapidamente. E o melhor: nos jogos, esse desempenho se repete igualmente. Ele é capaz de rodar games bem pesados, como o Spider-Man: Miles Morales e o The Last of Us - Part 2 com pouco carregamento, sem engasgar em nenhuma cena e sem parecer sobrecarregar o console (quer voltar para a tela inicial? É só apertar o botão e imediatamente você está lá).
A grande boa notícia disso é poder já contar com a evolução dos games nos próximos anos. Se os jogos de ponta do PS4 rodam tão leves no PS5, é ótimo imaginar como vão ser os títulos que vão conseguir levar o desempenho do console ao máximo. Além disso, com a tecnologia de ray tracing inclusa no aparelho, a previsão é ver cada vez mais detalhes nos gráficos.
O DualSense tem um ótimo desempenho, também. Firme e muito responsivo – com destaque para o touchpad –, o controle é um dos melhores já vistos antes. A sua bateria dura bem mais do que o DualShock 4, com cerca de 10 horas de uso moderado (alguns jogos, algum tempo parado ligado etc). Por outro lado, é bom avisar: apesar do direcional ser bem parecido com o do PS4, durante os testes, por algum motivo, a borracha machucou muito o dedo – talvez por ser novo, ou de algum material diferente.
Recursos e conectividade
As principais funções do PlayStation 5 são a retrocompatibilidade com os jogos de PS4 e a possibilidade de transmitir as imagens para uma TV em 8K ou 4K em 120Hz. Embora não tenhamos como testar o segundo recurso ainda, pudemos analisar bem como funciona o intercâmbio de jogos entre os consoles, e é impecável: você não vai ter qualquer problema para jogar seus games antigos.
Tanto instalando um disco de PlayStation 4 quanto baixando um jogo, a transição é muito tranquila. Inclusive, jogando o Fifa 21, disponível para os dois videogames, você pode transitar entre ambos os consoles diretamente, só com a conta da EA/PSN mesmo.
Agora, quem realmente traz diferenciais é o controle DualSense. O acessório veio caprichado, e com muitas funcionalidades bem interessantes. Com a experiência de vibração do controle muito evoluída (agora você sente várias intensidades diferentes de tremor, além das vibrações "passearem" pelo controle), é possível praticamente sentir as coisas pelo controle – a simulação do tato que havia sido prometida pela Sony. É muito empolgante poder jogar com essas possibilidades, podendo se surpreender com o controle a qualquer momento.
Outros recursos do joystick, como o sensor de sopro e a possibilidade de gritar ou falar com ele, também funcionam muito bem. E, embora pareçam um pouco bobas para o dia a dia, abre uma gama de oportunidades para os futuros games. Vai que alguma desenvolvedora vê uma forma revolucionária de usar isso?
Por fim, o novo PlayStation inclui como diferenciais conexão Wi-Fi em diversos padrões (podendo, finalmente, conectar sua rede de 5,0 Ghz, não disponível no PS4), SSD interno de 825GB, três saídas USB tipo A (padrão) e uma USB-C. O controle DualSense, aliás, é carregado por um cabo com saída do tipo USB-C.
Custo-benefício
Considerando a alta do dólar em 2020 e o preço de outros aparelhos caríssimos, como o novo iPhone 12 (R$ 6.999) e o MacBook Pro 2021 (que chega por R$ 17.299), é até surpreendente não ter vindo por valores maiores. Além disso, o próprio PS4 foi lançado no Brasil por R$ 4 mil em 2013, o que era realmente um valor muito alto – até o console começar a ser fabricado no Brasil, em 2015, e seu peço cair para R$ 2.599.
Com tudo isso levado em conta, o PlayStation 5 vale muito o preço de R$ 4.699 no modelo padrão, e R$ 4.199 na versão sem entrada para discos. É um aparelho de ponta, que deve ficar em alta no mercado pelos próximos oito anos e tem muita lenha para queimar. Porém, como dissemos em nossa análise sobre se vale comprar o PS5 em 2020, deve levar mais um ano ou dois para o console ser "essencial". Até lá, os preços podem mudar e deixar o videogame ainda mais atraente.
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