Mais de 30%, essa é a chance de que seu computador ou outro gadget seja infectado se você está no Brasil. Windows e Android são os sistemas mais atacados e poucas pessoas conhecem as medidas simples para se proteger. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (26), durante a 5ª Conferência Latino-americana de Analistas de Segurança, em Santiago, no Chile.
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O Brasil é o 18º no ranking mundial e o primeiro na América Latina, com mais de 27 milhões de incidentes registrados entre janeiro e agosto deste ano. É por isso que 31% dos computadores por aqui já sofreram ataques via Internet, segundo a empresa de Segurança Internet Kaspersky Lab.
“Se você usa a internet 30 dias por mês, durante 10 dias você tem chance de receber alguma infecção. Se uma família tem três pessoas, uma terá que ‘pagar’”, explica Dmitry Bestuzhev, diretor para América Latina da Equipe Global de Investigação e Análise da Kaspersky Lab.
Engana-se quem pensa que as ameaças chegam apenas pela Internet. As taxas de infecções que acontecem via USB são ainda maiores. As chances de ter um dispositivo infectado com um “inocente” pendrive no Brasil chegam a 50%.
Os sistemas mais afetados
O Windows, sistema operacional para desktops, é o ambiente em que há mais chance de receber um arquivo malicioso. Os dez malwares mais utilizados para atingir PCs são feitos para o software da Microsoft, incluindo alguns bem perigosos. O mais utilizado é o Trojan.WinLNK.Agent.fz, em que o criminoso consegue controlar o computador da vítima remotamente e roubar dados.
Nos smartphones, o cenário é mais assustador para usuários de Android. Os dez tipos de malwares mais usados pelos criminosos são feitos especificamente para o sistema móvel do Google. “Existem vírus para outros sistemas, como iOS e Windows Phone, mas não são massivos. Se você tem um Android, tem que ter mais cuidado, pois os atacantes estão criando vírus para você”, ressalta Bestuzhev.
Cerca de 20% dos arquivos maliciosos para Android são do tipo que enviam SMS do seu celular dos usuários e gastam até US$ 20 em cada mensagem. O prejuízo para a pessoa que sofre esses ataques pode vir em forma de gastos dos créditos em celulares pré-pagos, ou na conta, no fim do mês, em linhas pós-pagas.
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Como se proteger?
A resposta é mais simples do que se imagina. “Sistemas desatualizados abrem uma grande janela para os criminosos atacarem. Atualizar o sistema operacional reduz - e muito - as chances de ter os dispositivos atingidos por vírus”, ressalta Bestuzhev.
Para se ter uma ideia, apenas 1% das pessoas que têm Mac usa a última versão do OS X, a 10.10.5, e o Windows 10, lançado em julho deste ano, está também em somente 1% dos PCs.
Onde est
A atualização é necessária não somente nos sistemas operacionais, mas também nos programas que são utilizados no computador. Entre os mais vulneráveis, ou seja, que têm mais chances de sofrer ataques de criminosos, estão o Adobe Flash Player, o Adobe Acrobat e o Chrome. Esses três programas e os outros que aparecem no “Top 10: aplicações mais vulneráveis” são multi-plataformas, logo, podem sofrer ataques voltados para diferentes sistemas operacionais, caso estejam desatualizados.
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