A função básica de qualquer roteador é reproduzir um sinal Wi-Fi a partir da sua conexão de internet banda larga. Mas com tantos modelos, siglas e especificações, escolher o modelo ideal nem sempre é fácil.
E pouquíssima gente dá atenção ou sabe escolher o roteador ideal. Mas, a partir de agora, com este guia prático vai ficar bem mais simples acertar na decisão.
A maioria dos serviços de banda larga oferece no pacote um roteador simples para o usuário. Sim, o equipamento até pode ser suficiente para muita gente; porém em alguns casos, pode se tornar um gargalo que prejudica a experiência do usuário. O melhor mesmo é conhecer o produto e descobrir se ele realmente serve para o seu tipo de uso...
Os primeiros modelos de roteadores, hoje praticamente fora do mercado, usavam os padrões “B” e “G”. Com a evolução da tecnologia, esses dois tipos ficaram no passado e saíram das prateleiras das principais fabricantes. Mesmo que você encontre roteadores de padrão “B” ou “G” mais baratos, a economia não vale a pena. Além de ultrapassados e não oferecer a melhor das conexões, esses equipamentos mais antigos deixam a desejar no quesito segurança. Atualmente, dois padrões dominam o mercado; o “N” e o mais novo, o “AC”.
O padrão “N” é mais barato, cerca de metade do preço de um modelo “AC”. O padrão mais antigo, o “N”, alcança velocidades de transmissão de até 600 megabits por segundo e pode cobrir uma área de cerca de 70 metros quadrados em ambientes fechados. Já o padrão “AC”, além de ser mais estável, tem maior alcance e pode alcançar – teoricamente – até 1 gigabit por segundo. Muito mais rápido. Mas, isso não significa que o melhor para você é o mais caro. Antes de comprar um roteador padrão “AC” é preciso saber se seus dispositivos como smartphone, TV, computador e outros estão preparados para esta conexão.
Uma pergunta importante para ser feita antes de escolher o padrão é: qual seu tipo de uso da internet? Qual a velocidade da sua conexão? Qual é o espaço que você pretende cobrir e, por último, quantos dispositivos você pretende conectar ao mesmo tempo?
Desde o surgimento do padrão “N”, o protocolo abriu a possibilidade do uso da tecnologia MIMO (Múltiplo Input e Múltiplo Output); com ela é possível que a informação seja transmitida e recebida por múltiplas antenas tanto no emissor quanto no receptor, o que aumenta não só a velocidade, mas também a confiabilidade da transmissão. Aliás, o número de antenas pode ser outra dúvida na hora de comprar...e provavelmente o vendedor vai se limitar a dizer que quanto mais, melhor...
Outro fator que causa confusão é a frequência de operação dos roteadores. Quase todos os aparelhos usam as faixas de 2,4 ou 5 gigahertz. A frequência mais baixa garante maior alcance, porém menor velocidade. Já operando em 5 gigahertz, o alcance é menor, mas a velocidade de conexão é mais alta. Ou seja, a melhor combinação é quando você tem um equipamento que opera nas duas faixas de frequência, os chamados “dual band” – mais uma característica relevante do padrão “AC”.
A novidade mais recente são as redes Mesh; o Wi-fi distribuído de forma inteligente e automatizada com um conjunto de dois ou mais roteadores pequenos como estes. Enquanto uma rede tradicional é composta por um único roteador, a rede Mesh é composta por diversos equipamentos similares aos roteadores que, unidos, funcionam como uma única rede. O usuário conectado a uma rede Mesh pode se locomover no espaço entre os diferentes pontos de acesso sem perder a conexão ou sequer perceber qualquer mudança.
As redes Mesh ainda são pouco difundidas no Brasil, mas para quem precisa de uma cobertura em um espaço maior,
Equipamentos de rede Mesh doméstica ainda são meio caros; podem ser encontrados por aqui a partir de 500 reais. Enquanto isso, modelos de qualidade, suficiente para a maioria dos usuários, saem entre 100 e 200 reais. Tudo depende da sua necessidade e de quanto você está disposto a investir.
Por último, vale dizer que todas essas recomendações servem para o Wi-fi da sua casa, mas igualmente para qualquer empresa de pequeno porte. Para companhias maiores, de médio a grande porte, existem equipamentos corporativos mais indicados. Custam bem mais caro, mas além de oferecer maior potência e mais conexões simultâneas, também trazem embarcadas soluções de gerenciamento de rede interessantes para esses ambientes.
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