O LG G5 SE foi lançado para ser uma versão menos potente e mais barata do LG G5. Quando o celular chegou ao Brasil, em junho de 2016, a promessa não se cumpriu: custando R$ 3.499, o aparelho desembarcou com preço maior do que o iPhone SE de 64 GB. Hoje, porém, o smartphone da LG é vendido por aproximadamente R$ 1.800 – uma queda de quase R$ 1.700, portanto.

A grande queda no preço coloca o telefone com design modular em um novo cenário, onde disputa espaço com intermediários. Além disso, a ficha técnica tem especificações de top de linha, incluindo câmera dupla na traseira, o que provoca a dúvida: vale a pena comprar hoje o LG G5 SE, um celular capado de um ano atrás? Veja os pontos positivos e negativos do aparelho na análise abaixo.

PONTOS POSITIVOS

1. Tela de alta resolução

Considerado nem tão grande e nem pequeno, o display do LG G5 SE tem 5,3 polegadas e resolução Quad HD (2560 x 1440 pixels). A densidade da tela é de 554 pixels por polegada, quase a mesma do modelo atual da Samsung, o Galaxy S8, com seus 570 ppi, e superior a de concorrentes na mesma faixa de preço, como o Zenfone 3 de 5,5 polegadas (401 ppi).

Em termos práticos, o alto índice de ppi indica imagens bastante nítidas e detalhadas. O brilho máximo de tela de 850 nits também atua a favor, reduzindo reflexos em ambientes com muita luz. Há ainda um recurso chamado Display Always On, que, quando ativado, mantém infrormações como data, hora e assinatura sempre ligadas na tela.

LG G5 SE tem tela de 5,3" com resolução Quad HD (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

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2. Muitas câmeras

O conjunto de três câmeras é um dos pontos fortes do LG G5 SE. Além da frontal, o celular conta com duas câmeras (dual camera) na traseira: uma com sensor de 16 megapixels e outra com 8 MP. A de maior resolução tem abertura de f/1.8, enquanto a de 8 megapixels traz lente grande angular de f/2.4, registrando imagens em até 135 graus.

O componente principal possui flash de LED, foco a laser, estabilização óptica OIS e grava vídeos em 4K, características próprias dos tops de linha. Para aumentar ainda mais a pegada de celular-câmera-fotográfica, a LG incluiu um modo manual ao aplicativo da câmera, o que permite ao usuário controlar ISO, balanço de branco e profundidade de campo. O resultado são fotos com aparência mais profissional, com boa nitidez tanto de dia quanto à noite.

Conjunto com três câmeras é um dos destaques do LG G5 SE (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

A câmera frontal também traz especificações avançadas. O sensor tem 8 megapixels e a lente tem abertura de f/2.0, com capacidade de gravação de vídeos em Full HD (1080p) a 30 fps. Como já virou padrão no mundo dos smartphones, o dispositivo traz função especial para selfies: basta abrir e fechar a mão na frente da câmera para que, em três segundos, a captura seja feita.

3. Armazenamento

O LG G5 SE tem armazenamento de 32 GB. O espaço interno é bom, mas facilmente encontrado em intermediários como o Moto G5 e o Vibe K6 Plus, da Lenovo.

O que chama atenção no celular da LG é a capacidade de expansão, pois o aparelho suporta microSD de até 2 TB – o que não existe, ao menos no Brasil, mas a LG gosta de bater nessa tecla. Para efeito comparativo, Moto G5, Vibe K6 Plus e mesmo o Galaxy S8 são compatíveis com cartões de no máximo 256 GB. Comprar o G5 SE pode significar não ter que se preocupar com espaço nunca, desde que o usuário adquira também um cartão de memória.

LG G5 SE aceita cartão de memória de até 2 TB (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

PONTOS NEGATIVOS

1. Processador inferior ao G5 gringo

O principal downgrade do G5 SE em relação ao G5 original está no processamento. O modelo que chegou ao Brasil possui com o Snapdragon 652, que tem oito núcleos, quatro rodando a 1,8 GHz e quatro a 1,2 GHz. Já a versão americana ganhou o quad-core Snapdragon 820, com dois núcleos de 2,15 GHz e dois de 1,6 GHz.

Não é só na velocidade da CPU que o Snapdragon 820 é mais avançado. Sua tecnologia de memória é a LPDDR4, por exemplo, enquanto o Snapdragon 652 conta com a geração anterior, LPDDR3. O processador do G5 original também possui suporte nativo a displays 4K a 60 fps, ao passo que o chip do G5 SE suporta apenas telas QHD.

Considerando todas as características, o desempenho do G5 SE tende a ser pior do que o do G5 original. Testes de desempenho feitos no AnTuTu Benchmark, em abril do ano passado, mostraram o Snapdragon 820 com uma vantagem de 58.390 pontos em relação ao Snapdragon 652, pontuação que o colocou 10 posições à frente do irmão de linha da Qualcomm.

Snapdragon 820, processador original do G5, tem desempenho melhor que chip do G5 SE (Foto: Divulgação/AnTuTu)

A memória RAM também foi reduzida no smartphone nacional, passando de 4 GB para 3 GB. Somando isso ao processador inferior, não é difícil concluir que o G5 SE terá maior dificuldade do que o G5 estrangeiro ao executar tarefas, especialmente aplicativos pesados e jogos.

2. Design frágil

O design modular foi a grande aposta da LG para o G5 e G5 SE, mas a novidade não agradou – tanto que a fórmula foi abandonada no sucessor LG G6. Com preços elevados, os acessórios extras acabaram não tendo o desempenho de vendas esperado, além de receberem muitas críticas por serem difíceis de encaixar e retirar.

Aposta da LG, design modular do G5 e G5 SE não agradou público (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

Além disso, o TechTudo constatou que a tintura do aparelho sai com facilidade, especialmente nas bordas. Assim, o atrativo do acabamento nas cores dourado, prateado, titânio e ouro rosa não tem tanto apelo, já que em pouco tempo o celular pode ficar com aparência de velho.

3. Bateria

A bateria de 2.800 mAh é a mesma presente no G5 original, mas existe um downgrade em relação às gerações anteriores da linha da LG. Os G2, G3 e G4 vinham com um componente de 3.000 mAh, tendência que se observa nos modelos com tela acima de 5 polegadas – especialmente sendo QHD. O resultado é uma autonomia menor, problema acentuado para quem usa o celular para jogos.

A bateria é removível, o que torna a questão menos grave, já que o dono sempre pode ter uma peça extra consigo. Só que a solução não é atrativa para a maior parte dos usuários: a bateria original é cara (mais de R$ 100), não tão fácil de encontrar e difícil de trocar, como atestou o hands-on do TechTudo.

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