Depois de muita polêmica com usuários drag queens, e ainda com membros que foram registrados com nomes não convencionais, o Facebook deu o braço a torcer. Nesta terça-feira (15) a rede social anunciou que começou a testar novas ferramentas que abordam dois objetivos: reduzir o número de pessoas que são convidadas a verificar seu nome de perfil e tornar mais fácil para as pessoas confirmarem seus nomes, "se necessário". A rede social tem sido acusada de proibir pessoas de usarem seus nomes sociais ou mesmo reais (quando não os compreende).
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A rede social vai mudar a forma como as denúncias de nomes falsos são feitas em sua plataforma. A partir de agora, o processo vai pedir mais informações sobre cada acusação e será supervisionado por uma equipe de funcionários para ajudar a filtrar cada caso. O Facebook possui uma política de nomes rígida, o que criou muitos conflitos com grupos de pessoas que possuem nomes incomuns ou que são conhecidas por apelidos e nomes artísticos e foram denunciadas ou vítimas do filtro automático.
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O novo processo vai pedir que os usuários forneçam mais informações sobre o motivo da denúncia. Isso deve ser usado para ajudar os funcionários da rede social a filtrar casos em que ocorra a transgressão à regra de denúncias falsas - como perseguição a usuários trans que mudaram de sexo.
Quem for denunciado também vai ganhar novas formas de se defender. Normalmente, o Facebook pede que os usuários forneçam documentos para provar que estes são seus nomes verdadeiros. Mas, agora, também vai permitir que eles justifiquem o porquê de estarem usando novos nomes.
Isto vai permitir que, por exemplo, artistas que se apresentem com nomes fantasia possam mantê-los no Facebook, uma vez que estes são os nomes pelos quais são conhecidos. Esta foi a reclamação principal de uma ação protagonizada por um grupo de drag queens de São Francisco em 2014.
Como funciona atualmente?
O Facebook recomenda que todos os seus usuários adotem o nome legal, registrado em documentos. Há um sistema rudimentar, que vasculha os perfis em busca de incongruências e caso identifique um perfil que usa um nome que parece falso, acaba emitindo avisos ao usuário que, se ignorados, podem resultar em suspensão total do perfil por tempo indeterminado.
O TechTudo acompanhou dois casos: o de Nilmar e de Luís Henrique. Ambos com sobrenomes reais, que lembram palavras chulas, e foram tratados pelo Facebook como falsos e inadequados. Ambos perderam seus perfis por causa dos sobrenomes.
No momento, as novas ferramentas do Facebook começaram a ser testadas apenas para usuários dos Estados Unidos, devendo ser expandidas para o resto do mundo. Segundo a rede social, a expectativa é que o novo processo forneça dados que a ajudem a melhorar suas políticas no futuro.
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Via Facebook
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