A Apple é a empresa mais bem-sucedida do mundo, mas também pode falhar feio. Em 2015, a maçã mostrou que nem sempre toma as decisões mais corretas na hora de lançar um produto no mercado, embora tudo o que crie agrade boa parte dos fãs.
Seja por falta de uma funcionalidade popular, preço maior do que o de costume ou até mesmo escolhas ruins de design, seu ponto forte, cinco lançamentos não tiveram o sucesso esperado. Veja cinco produtos que não agradaram ou não atenderam as expectativas depositadas neles neste ano.
A Apple lançou a segunda geração de seu mouse sensível ao toque em 2015 com uma melhoria bem-vinda: uma bateria recarregável embutida. Porém, a novidade chegou com uma falha crucial de design, já que a entrada para o carregador fica na base do dispositivo. Com isso, o usuário deve manter o mouse de cabeça para baixo para recuperar energia, algo, no mínimo, incomum.
Magic Mouse 2 não pode ser usado enquanto recarrega (Foto: Reprodução/Reddit)
Em defesa da Apple, o Magic Mouse 2 leva menos de 5 minutos para recarregar. Mas, fica a decepção por conta de um conector que poderia vir na parte da frente, como um mouse comum, permitindo que o mouse seja usado enquanto está conectado à entrada USB do Mac.
2) Smart Battery Case
Lançado no começo de dezembro, o case com bateria oficial da Apple chamou atenção pela aparência, mas de maneira negativa. Ao contrário de concorrentes como a popular Mophie, a Smart Battery Case tem uma protuberância na traseira que deixa o visual do iPhone 6S um tanto estranho, e ainda expõe um problema dos celulares da marca. Afinal, por que o iPhone ainda não vem equipado de fábrica com uma bateria grande e durável de verdade?
Protuberância e preço da capa com bateria oficial da Apple não agradaram (Foto: Divulgação/Apple)
Tim Cook saiu em defesa do produto, dizendo que a escolha de design permite criar um case de peça única que encaixa no celular mais facilmente do que a concorrência. Porém, a capa com bateria extra é ainda mais cara que modelos não-oficiais com a mesma capacidade, e não traz benefício claro além da exibição da carga direto no iOS 9.
3) Apple Pencil
A Apple rechaçou a opinião de Steve Jobs e lançou em 2015 a Apple Pencil para equipar o novo o iPad Pro, que tem tela gigante de 12,9 polegadas. Considerada pela Apple como a caneta ideal para artistas digitais, ela é vendida à parte por um preço astronômico: no Brasil, R$ 849 a prazo ou R$ 764,10 à vista, alto demais até mesmo para os padrões de preços elevados da dona do iPhone.
... a-e-recarrega-de-modo-perigoso.png" alt="Apple Pencil é cara e recarrega de modo perigoso (Foto: Reprodução/Reddit)" height="465" width="695">Apple Pencil é cara e recarrega de modo perigoso (Foto: Reprodução/Reddit)
Como se o preço altíssimo não bastasse, a caneta stylus sofre da mesma falha de design vista no Magic Mouse 2 na hora de recarregar: é impossível usar o iPad Pro durante o carregamento, e a posição que a caneta fica ainda pode causar acidentes fáceis para os mais desastrados.
4) Apple Maps
Causa de pedidos públicos de desculpas por Tim Cook no passado, o Apple Maps mais uma vez não decolou em 2015. A função de mapas de transporte público, por exemplo, que é tão popular entre usuários do Google Maps, chegou este ano no app da maçã somente na China, e não tem previsão para desembarcar no Brasil.
Apple Maps ainda não chega perto do Google Maps (Foto: Divulgação)
Talvez o produto da Apple mais aguardado desde o lançamento do iPhone, o Apple Watch foi um sucesso de vendas em 2015, mas, para muitos, principalmente por causa do poder de marketing da companhia, e menos devido a suas qualidades. Ao contrário de aparelhos como Mac, iPad, iPod e iPhone, o smartwatch da maçã, definitivamente, não revolucionou o mercado como se esperava.
Apple Watch tem bateria de curta duração e poucos apps (Foto: Elson de Souza/TechTudo)
O relógio não traz superioridade aparente quando comparado a outras opções no mercado, a não ser pela integração com o iOS e suporte a aplicativos, mas que ainda estão longe de serem populares.
Além disso, pesa na balança a ausência de uma solução para a bateria desse tipo de dispositivo, que ainda precisa ser recarregada diariamente. No final, smartwatches continuam com os mesmos problemas de antes da chegada o Apple Watch, que se tornou apenas mais um deles.
Testamos o Apple Watch; veja como ele funciona neste vídeo