O PS3 foi lançado em 2006 para concorrer com o Xbox 360 e o Nintendo Wii, e teve boa vida útil nas mãos dos jogadores, com muitos games de qualidade lançados ao longo dos anos. Porém, a carreira do terceiro console da Sony não foi livre de problemas, polêmicas e curiosidades. Na verdade, o PlayStation 3 passou por apertos que a empresa nunca havia encarado antes. Confira as melhores curiosidades e polêmicas do PS3.
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Anúncio polêmico
O PlayStation 3 foi recebido com um anúncio polêmico. Mostrado pela primeira vez na feira E3 de 2005, o console tinha um controle em formato de bumerangue, bem estranho e peculiar, e possuía ainda sensor de movimento embutido no joystick. O videogame prometia ser poderoso e, assim, exibiu cenas produzidas especialmente para a apresentação inicial, como a demonstração do remake de Final Fantasy 7 que nunca ocorreu de verdade no PS3.
Mais tarde, a polêmica se espalhou quando os fãs souberam todos os detalhes do PS3, na E3 de 2006. A começar pelo preço inicial de US$ 600 (mais de R$ 2400, de acordo com a cotação atual do dólar), valor bem acima do esperado e caríssimo para sua época. Além disso, jogos fracos foram demonstrados inicialmente, o que gerou até alguns memes, como Ridge Racer e Genji: Days of the Blade. Trechos dessa polêmica apresentação podem ser vistos abaixo:
Preço
Como citamos, o preço foi um grande inimigo do PS3 durante muito tempo. Só depois de cortar o valor aos poucos é que a Sony conseguiu atrair atenção positiva para seu console. Como comparação, saiba que o Wii foi lançado por US$ 250, enquanto o Xbox 360 chegou ao mercado custando US$ 400, valores bem abaixo do aparelho do concorrente.
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O custo tentou ser justificado pela Sony, por conta da demanda de produção de peças potentes para o PS3, mas não colou. Inicialmente, o console foi recebido de má vontade pelo público por conta disso.
Luzes amarelas da morte
Outra grande polêmica envolvendo o PS3 foi uma suposta falha de fabricação no primeiro modelo do console, apelidado pelos jogadores de “PS3 Fat”. Na teoria, esse modelo não é tão resistente quanto deveria ser e, após alguns anos de uso, apresenta o defeito das “luzes amarelas da morte”, ou “YLOD”, representadas pela luz amarela que piscava na frente do aparelho.
Como funciona? O console simplesmente desliga enquanto roda um jogo mais pesado, que exija mais de seu processamento, como Uncharted, por exemplo. A Sony nunca admitiu oficialmente qualquer defeito de fabricação, mas relatos podem ser encontrados em diversos lugares pela web, incluindo fóruns e comunidades online de usuários. O problema, aparentemente, foi corrigido nos modelos seguintes – Slim e Super Slim.
Queda da PSN
Em abril de 2011, a Sony sofreu sua maior derrota da história. A rede PlayStation Network, principal recurso online do PS3, sofreu um grande ataque hacker e precisou ser desligada. Informações pessoais de mais de 77 milhões de usuários foram roubadas durante o ataque e a empresa precisou correr atrás do prejuízo.
Durante quase um mês inteiro a PSN ficou fora do ar, o que acarretou dor de cabeça não apenas para os usuários, mas também para empresas que lançavam seus jogos naquela época, como Mortal Kombat 9, do NetherRealm Studios. Mais tarde, a Sony deu jogos gratuitos e um mês de assinatura PlayStation Plus para os usuários afetados durante o problema.
Retrocompatibilidade limada
O PS3 nasceu com retrocompatibilidade para PS2 – isto é, era possível jogar seus discos de PS2 no console mais recente da época. Contudo, isso foi desaparecendo nos modelos seguintes, até sumir completamente nas revisões finais, como o PS3 Super Slim.
Tudo por conta da enxurrada de relançamentos que sairam no mercado, com versões remasterizadas de jogos clássicos e reedições dos games de PS2 sendo relançados digitalmente. Por conta disso, a Sony decidiu acabar com a retrocompatibilidade nativa de seus aparelhos para o PS2 e passou a vender novamente games antigos, impedindo quem já tinha o disco original de usá-lo novamente no PS3, por exemplo.
Jogos piorados
O PS3 passou por muitos problemas também em termos de jogos multiplataforma que chegaram ao console. Em comparações gráficas e de performance, o Xbox 360 sempre se saía melhor, por motivos que até hoje não foram esclarecidos.
Alguns exemplos mais clássicos disso são jogos como Skyrim, BioShock e Bayonetta. Todos sofreram grandes problemas de adaptação no PS3, por conta da difícil estrutura de produção do console da Sony. Isso acarretou em jogos com bugs, gráficos piores e até mesmo defeitos que quebravam o “savegame” do jogador, como foi no caso de Skyrim.
Usado para a saúde
Graças ao poder de seu hardware, o PS3 também foi usado por uma boa causa. Por meio do aplicativo Folding@home, lançado pela universidade de Standford, o console podia ser usado para ajudar no processamento para cura de doenças diversas.
Funcionava assim: enquanto não estava jogando, o usuário poderia deixar o PS3 ligado com o Folding@Home rodando. Assim, via Internet, o console ajudaria com seu poderoso processamento, via computação em nuvem, as pesquisas realizadas pela universidade. O serviço foi descontinuado em 2012, após contribuir com mais de 100 milhões de horas de processamento, somando todos os usuários.
Revisões e mais revisões
Como sabemos, o PS3 ganhou revisões diversas de seus modelos ao longo dos anos. O primeiro console, apelidado de “PS3 Fat”, pesava até sete quilos e era enorme, desnecessariamente grande para a estante dos usuários. Além disso, em cima de sua carcaça, o nome “PlayStation 3” era escrito com a mesma fonte usada nos filmes do Homem-Aranha, o qual a Sony detém direitos autorais.
Poucos anos depois, o PS3 abandonou a fonte do Homem-Aranha e foi relançado no modelo Slim, mais fino e pelo menos dois quilo mais leve – além de mais barato. Perto do seu “fim de carreira”, o console recebeu ainda a edição Super Slim, ligeiramente menor e ainda mais leve, e agora com a diferença de ter uma tampa removível por cima de sua carcaça, onde são inseridos os discos dos jogos.
Nascimento da Plus
Foi no PS3 que nasceu a PlayStation Network, a rede de jogos online e venda de games da Sony que é usada até hoje, mesmo no PS4. Porém, foi também no antigo console da Sony que tivemos o nascimento de algo tão importante quanto: o serviço de assinaturas PlayStation Plus.
Com o PlayStation Plus os usuários podiam assinar mensalmente, trimestralmente ou anualmente por uma taxa fica e receber benefícios, como descontos, participação em betas exclusivos e, o mais interessante, jogos gratuitos. O serviço faz sucesso até hoje e é amplamente utilizado no PS4.
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