Pokémon Go ainda não foi lançado oficialmente no Brasil, mas muitos jogadores já estão com o game que usa dados de GPS para exibir monstrinhos no mundo real. E uma das maiores perguntas sobre o jogo é como os locais dos Gyms e PokéStops são escolhidos. Entenda como funciona o processo com casos curiosos.

Pokémon Go tem lançamento suspenso no Brasil e está sem previsão

Como são escolhidos Gyms e PokéStops

A produtora Niantic, explicou que os dados que Pokémon Go utiliza para determinar Gyms e PokéStops são fruto de três anos de trabalho, que começou com base inicial do Google. O buscador oferecia várias informações sobre centenas de milhares de locais históricos, artes públicas, estátuas e comércios.

Entenda como Pokémon Go escolhe locais para posicionar Gyms e PokéStops (Foto: Reprodução/Daily Dot)

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Essa base foi utilizada em um outro game da Niantic, chamado Ingress, o qual também utiliza localidades do mundo real em sua jogabilidade, assim como Pokémon Go. Durante três anos essa lista de locais foi adaptada e usuários eram capazes de enviar suas próprias sugestões para serem adicionadas.

Havia regras para enviar uma sugestão. O local deveria ser seguro, acessível publicamente e ser um trabalho de arte, peça de arquitetura ou um comércio local único. Os locais, então, eram conferidos por uma equipe que avaliava se eles atendiam aos critérios.

Após muitas edições, essa base de dados lapidada é a mesma utilizada em Pokémon Go. A Niantic admite que a lista de locais não está perfeita, como veremos em alguns casos, mas acredita que esteja boa.

Ingress é um jogo com funcionamento semelhante a Pokémon Go, porém com portais e quebra-cabeças (Foto: Reprodução/GameSpot)

Projetado para cidades

Um dos problemas de Ingress que Pokémon Go herdou é que a jogabilidade foi projetada para grandes cidades. Quanto mais afastado dos centros, menos Gyms e PokéStops você encontrará. Isso pode acontecer tanto pelo sistema utilizar locais marcantes que são em menor número em cidades do interior, quanto por haver menos pessoas que jogaram Ingress e portanto não sugeriram localidades.

Não parece haver uma solução rápida para essa questão, pois Ingress fechou as sugestões de novos locais há mais de seis meses. A Niantic afirmou que trabalha em um sistema baseado em votos dos usuários para aceitar novos locais. É possível que essa novidade seja convertida também para Pokémon Go.

Longe dos grandes centros o mapa de Pokémon Go às vezes é bem vazio (Foto: Reprodução/Polygon)

Concentração de PokéStops

Enquanto em alguns lugares há poucos PokéStops, existem outros onde o sistema exagerou ao posicioná-los muito próximos uns dos outros. Esses pontos rapidamente se transformaram nos locais preferidos pelos jogadores e passaram a acumular multidões em busca de capturas.

Um dos pontos que melhor representa essa questão é o

... Central Park em Nova Iorque, Estados Unidos. Por haver muitos PokéStops no local, centenas de jogadores tomaram o parque e fizeram dele uma espécie de quartel-general. A grande quantidade de pessoas concentrada ao ar livre começou a chamar atenção da mídia americana para Pokémon Go como um fenômeno social.

Poké-igrejas

Uma curiosidade que os jogadores talvez já tenham reparado é que há um grande número de igrejas no game. A Niantic não soube responder exatamente qual o motivo para esse número, mas acredita ter relação com a fase de sugestões do game Ingress.

O mais estranho é quando esses locais deixam de ser igrejas, mas continuam registrados no banco de dados da Niantic. Em Massachusetts, nos Estados Unidos, um homem chamado Boon Sheridan percebeu que sua casa, uma antiga igreja, havia virado um Gym e ponto de encontro de treinadores.

Boon Sheridan mora onde costumava haver uma igreja e agora tem um Gym de Pokémon Go em casa (Foto: Reprodução/Games Radar)

Locais inapropriados

Nem todos os locais em que os Gyms e PokéStops foram criados foram boas escolhas, sendo até inapropriados em alguns casos. O primeiro surgiu ainda no dia do lançamento do aplicativo, em uma delegacia na Austrália, a qual postou um aviso em que pedia para não entrarem no local em busca de Pokémon. Eles ainda diziam para ter cuidado com o trânsito: "Esse Sandshrew não vai a lugar nenhum".

Um dos casos mais inconvenientes, no entanto, foi nos Estados Unidos, onde três PokéStops foram gerados no Museu do Holocausto em Washington, um museu dedicado a exibir atos do nazismo. Os jogadores causaram desconforto aos visitantes ao capturar Pokémon no local e o diretor do museu afirmou que pretende remover os PokéStops.

Um Doduo pronto para ser capturado dentro do Museu do Holocausto em Washington (Foto: Reprodução/Eurogamer)

Disputa pela Casa Branca

A ideia de utilizar locais históricos para Gyms causou efeitos adversos curiosos. Alguns Gyms se tornaram mais famosos devido ao local que ocupam, como por exemplo um ginásio na Casa Branca, em Washington, Estados Unidos. A informação começou após um Blastoise dominar o ginásio e alguém perguntar no Twitter: "Ele é seu, Obama?", em referência ao presidente Barack Obama.

Desde então vários jogadores disputam pelo Gym da Casa Branca em uma tentativa de capturá-lo para um dos três times do game. Este é um dos Gyms com maior rotatividade atualmente e a briga se espalhou para outros prédios públicos, como o Senado norte-americano.

A Casa Branca virou um Gym bem disputado de Pokémon Go, com direito a piadas com o Presidente Obama (Foto: Reprodução/Kotaku)

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